No últimos sábado e domingo, dias 23 e 24 de Fevereiro, as ocorrências foram diversas, entretanto os trabalhadores penais, utilizando da expertise adquirida no dia a dia, por observação de comportamentos suspeitos, em algumas unidades com auxílio do aparelho de scanner corporal, obtiveram êxito no procedimento de revista.
Ao contrário do que pensa o senso comum, esta não é uma tarefa fácil de ser realizada. Assim como o scanner não substitui o trabalho de inteligência e perspicácia para o cumprimento da operação. Além disso, com a superlotação das unidades, o número de visitantes é absurdo e o déficit funcional é um fator agravante.
Desta maneira, o SIFUSPESP exalta os funcionários do sistema prisional paulista pela realização deste trabalho. Parabéns aos guerreiros!
Segue abaixo os destaques das apreensões:
Franco da Rocha: foi encontrado em meio a fatias de queijo e presunto droga sintética (K4);
Hortolândia: companheira de um detento foi surpreendida com 25 adesivos de LSD na costura da sacola;
Casa Branca: estava com números de celulares e de conta bancária escondidos na calça.
Região Metropolitana de São Paulo
Franco da Rocha
Na Penitenciária II “Nilton Silva”, de Franco da Rocha, a mãe de um sentenciado estava com droga sintética (K4) escondidas em meio a fatias de queijo e presunto, tentou entrar na unidade quando o entorpecente foi encontrado após o recipiente plástico que guardava a comida ter sido revistado pelos agentes de segurança de plantão.
Penitenciária III “José Aparecido Ribeiro”, de Franco da Rocha
Duas visitantes foram flagradas com maconha. Uma delas levava 12 gramas da substância no cós de sua calça, que foi vista através de revista no escâner corporal. A segunda ocorrência do dia foi identificada em maços de cigarro. 44 gramas de maconha estavam escondidas dentro de cigarros.
Centro de Progressão Penitenciária, de Franco da Rocha
A companheira de um sentenciado da unidade foi surpreendida durante revista no escâner corporal com um invólucro contendo entorpecente escondido em sua genitália. Após as imagens do aparelho detectarem um objeto de formato arredondado, a visitante foi questionada e afirmou não carregar nada consigo. Diante do fato foi solicitado o deslocamento da mulher ao pronto socorro local, onde passou por consulta médica e foi constado que portava dois invólucros contendo cocaína.
Diadema
No Centro de Detenção Provisória de Diadema, quatro visitantes foram impedidas de entrar na unidade após terem sido flagradas com entorpecentes. Em três situações as mulheres levavam maconha escondida em suas roupas (na barra da calça ou no top). O quarto flagrante do dia apreendeu 40 comprimidos de ecstasy e uma folha de papel, de LSD. As substâncias estavam todas escondidas na roupa íntima (top) da mulher.
São Bernardo do Campo
No Centro de Detenção Provisória de São Bernardo do Campo, duas visitantes foram surpreendidas com ilícitos escondidos na genitália, observados através das imagens do escâner corporal. A companheira de um sentenciado da unidade levava em seu corpo um invólucro contendo maconha, cocaína, ecstasy e LSD. Já a irmã de um detento do CDP escondia um pacote com micro celular em sua genitália.
Mauá
Os agentes de segurança do Centro de Detenção Provisória de Mauá apreenderam dois invólucros de maconha com uma visitante da unidade. O entorpecente estava escondido no cós do sutiã da mulher e foi visto através das imagens do escâner corporal.
Vale do Paraíba e Litoral
Praia Grande
No Centro de Detenção Provisória "ASP Charles Demitre Teixeira", o CDP de Praia Grande. Enquanto os agentes revistavam os pertences trazidos por uma visitante, foi encontrado um aparelho de telefonia móvel com bateria, um chip e um cartão de memória dentro de uma sacola. A suspeita, de 53 anos, é mãe de um detento do presídio.
Potim
Na Penitenciária II de Potim. Uma mulher foi surpreendida tentando entrar com maconha, o flagrante foi realizado após o trabalho de inspeção dos servidores da unidade prisional. As agentes de segurança observaram um objeto estranho na região pélvica da jovem, de 19 anos, a partir de imagens geradas pelo escâner corporal. A suspeita admitiu que carregava um invólucro com 48 gramas de maconha no corpo, retirado espontaneamente em local reservado. A mulher era companheira de um detento.
Região Noroeste
Álvaro de Carvalho
A Penitenciária “Valentim Alves da Silva” de Álvaro de Carvalho registrou dois flagrantes de visitantes tentando entrar com drogas e material suspeito no último final de semana. O primeiro caso ocorreu quando uma mulher escondeu 117 gramas de maconha na genitália. Após ser questionada, ela confessou a irregularidade e retirou o entorpecente de seu corpo. O outro flagrante resultou na apreensão de anotações suspeitas com uma das visitantes.
Avanhandava
Uma mulher foi flagrada com maconha no corpo durante procedimento de revista pelo escâner corporal da Penitenciária de Avanhandava. Após ser questionada, ela confessou a irregularidade e, em sala reservada, retirou de seu corpo a droga, pesando 50,96 gramas.
Bauru
Agentes de segurança do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru impediram a entrada de um aparelho celular na unidade, em procedimento de revista. O telefone móvel, que continha um chip e cartão de memória, estava na sacola de pertences da visitante. Questionada, a mulher alegou que a sua bolsa, onde estava guardado o aparelho, teria se rasgado. Ela disse, então, que o celular teria caído na sacola sem que ela notasse.
Bernardino de Campos
Uma mulher foi flagrada tentando entrar com uma porção de maconha escondida em sua genitália, na Penitenciária de Bernardino de Campos. A droga, pesando 77,1 gramas, foi descoberta durante procedimento de revista pelo escâner corporal. A visitante foi levada para uma sala reservada, onde, na presença de agentes femininas, retirou espontaneamente o entorpecente.
Cerqueira César
Uma mulher foi flagrada tentando entrar com droga no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César. Ela, que apresentou bastante nervosismo durante o procedimento de revista, escondeu um cigarro de maconha em meio ao maço de cigarros comum, que levava em sua bolsa.
Marília
Agentes de segurança da Penitenciária de Marília aprenderam porções de maconha com uma mulher, durante procedimento de revista pelo escâner corporal. Ela escondia as drogas no cós da calça e no sutiã. Questionada, a visitante disse que receberia R$ 500 pelo transporte do entorpecente, sem, contudo, dizer para quem entregaria a maconha.
Reginópolis
A Penitenciária “Sgto PM Antônio Luiz de Souza” II de Reginópolis registrou dois flagrantes de visitantes tentando entrar na unidade com drogas. O primeiro ocorreu quando uma mulher escondeu maconha em seu corpo. Questionada após ser flagrada pelo escâner corporal, a visitante confessou a irregularidade e retirou o entorpecente de seu corpo. No outro caso, uma mulher tentou acesso ao interior do presídio com duas porções de maconha, também escondidas no corpo.
Ribeirão Preto
Uma mulher foi flagrada ao tentar entrar com maconha no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto. Flagrada pelo escâner corporal, a visitante escondeu a droga no cós da calça. Questionada, ela alegou ser usuária de drogas e justificou a irregularidade dizendo que não conseguiria ficar sem fumar maconha durante todo o período de visita.
Serra Azul
A Penitenciária I de Serra Azul registrou um flagrante ousado de visitante tentando entrar com droga na unidade prisional. A mulher usou “bifes a rolê” como forma de camuflar o entorpecente. Ao todo, os agentes de segurança apreenderam 11 porções de maconha em pedaços de carne, durante inspeção em vasilha de alimento. Os bifes foram costurados com linha preta. A mesma visitante também tentou entrar na unidade com anotações do tráfico e cocaína alojada em um par de tênis infantil.
Região Central
Itapetininga
Penitenciária “Jairo de Almeida Bueno”, de Itapetininga
uma visitante escondia, nas partes íntimas, um invólucro de maconha. Ela foi pega pelos agentes penitenciários após passar pelo escâner corporal, que acusou algo escondido no corpo da mulher.
Penitenciária “Asp Maria Filomena de Souza Dias, de Itapetininga
uma pessoa foi pega pelos servidores tentando levar maconha para o preso escondida dentro do sutiã. No dia seguinte, outra pessoa tentou entrar no dia de visitas escondendo maconha e cocaína no forro da calcinha.
Hortolândia
A companheira de um detento foi surpreendida com 25 adesivos de LSD na costura da sacola, durante o procedimento de revista de alimentos, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Hortolândia. Segundo informações da unidade prisionais, além da droga, agentes encontraram também bilhetes.
Campinas
Uma mulher foi flagrada no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Campinas com 118 gramas de maconha escondidos na genitália. A apreensão ocorreu durante o procedimento de revista, quando agentes perceberam alterações nas imagens feitas pelo escâner corporal. A mulher demonstrou nervosismo e quando foi questionada admitiu que estava com drogas e que pretendia entregar ao companheiro.
Limeira
Uma mulher foi flagrada no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Limeira, quando tentou se desfazer de um pacote de maconha no momento em que passou pelo escâner corporal, mas foi percebida pelos funcionários. A princípio ela negou que estivesse portando algo ilícito, mas os agentes encontraram o pacote que ela havia jogado fora. A visitante admitiu que o material teria como destino o companheiro preso.
Casa Branca
Duas mulheres foram flagradas na Penitenciária ‘Joaquim de Sylos Cintra’, em Casa Branca, durante o procedimento de revista. De acordo com informações da unidade prisional, as imagens feitas pelo escâner corporal mostraram divergências na calça da visitante, que ao ser interrogada pelos agentes disse que estava com números de celulares e de conta bancária escondidos na calça. Em uma segunda ocorrência uma mulher de 32 anos foi flagrada tentando entrar na unidade prisional com 100 gramas de cocaína dentro da genitália. Ela foi encaminhada ao hospital do município para retirada do invólucro.
Região Oeste
Andradina
Na Penitenciária “Asp Anísio Aparecido de Oliveira, uma visitante foi submetida ao escâner corporal durante procedimento de revista e foi pega pelas agentes com maconha escondida em sua genitália. Ao ser questionada pelas servidoras, a visitante entregou espontaneamente a substância.
Flórida Paulista
Na Penitenciária “A.E.V.P Cristiano de Oliveira, duas placas de celular foram apreendidas com uma visitante que levava comida para o companheiro. No dia seguinte, houve nova apreensão de placa de celular com outra pessoa, que tentou esconder o acessório no corpo, mas o escâner corporal flagrou a tentativa de entrada com produto proibido.
Lavínia
Penitenciária II “Luís Aparecido Fernandes”, de Lavínia
Foram feitas duas apreensões com visitantes. Na primeira delas, uma mulher foi pega após passar pelo escâner corporal com um invólucro contendo 1 celular e dez fios de estanho. No dia seguinte, outra mulher que iria visitar o companheiro foi flagrada com celular escondido no corpo.
Penitenciária III “Asp Paulo Guimarães” ,de Lavínia
Foram registradas duas ocorrências. No primeiro flagrante, uma visitante, companheira do sentenciado, tentou entrar na unidade com uma vasilha de plástico com 3 invólucros cheios de droga sintética Ecstasy, somando o total de 300 unidades em formato de comprimidos. A visitante foi questionada sobre o fato e disse que estava trazendo os invólucros a pedido de outra pessoa. Depois, servidoras flagraram uma visitante tentando levar ao filho uma vasilha de plástico de comida com 2 dois invólucros contendo duas placas de aparelho celular. A visitante foi questionada sobre o fato, a qual relatou em depoimento que estava trazendo os produtos a pedido de outra pessoa.
Martinópolis
Na Penitenciária “Tacyan Menezes de Lucena” de Martinópolis, uma senhora foi pega pelas servidoras da unidade tentando entrar na unidade com um invólucro inserido em sua genitália que escondia dois celulares sem carcaça. Na mesma data, uma mulher tentou levar ao companheiro um micro celular escondido em sua genitália.
Pacaembu
Na Penitenciária “Ozias Lucio dos Santos”, foram contabilizados quatro casos de visitantes tentando entrar na unidade com produtos ilícitos. No primeiro registro, uma visitante passou pelos procedimentos de revista no aparelho de escâner corporal foi surpreendida com um aparelho celular. O ilícito estava introduzido em sua genitália. Outra visitante foi surpreendida tentando entrar um invólucro contendo cocaína. O material estava introduzido em sua genitália. Servidores ainda flagraram uma outra mulher com cocaína escondida em sua genitália e uma mulher com documento falso.
Presidente Bernardes
Na Penitenciária “Sílvio Yoshihiko Hinohara, durante procedimento de revista no escâner corporal, duas visitantes foram flagradas com produtos ilícitos. A primeira delas estava com um micro aparelho de telefonia celular escondido em sua genitália. A segunda, carregava maconha em sua calcinha. No dia seguinte, durante procedimento de revista no escâner corporal, outras três visitantes foram pegas com maconha na região do quadril.
Riolândia
Na Penitenciária “João Batista de Santana”, uma visitante, companheira de um sentenciado foi surpreendida com um celular introduzido em sua genitália. No mesmo dia , outra visitante de preso foi flagrada com celular, introduzido em sua genitália.
Nova Independência
No CDP Nova Independência, uma mulher foi surpreendida pelas servidoras que observaram em suas roupas alguns números de telefones escritos.
Leia a matéria:
Evento acontece nesta quarta-feira no PEMANO
O Departamento Jurídico do SIFUSPESP promove nesta quarta-feira, 27/02, na área social do Centro de Progressão Penitenciária(CPP) Dr. Edgar Magalhães Noronha, o PEMANO, em Tremembé, um atendimento coletivo e gratuito para servidores interessados em debater e sanar dúvidas sobre readaptação funcional. Não é necessária inscrição prévia. O PEMANO fica na Rodovia Amador Bueno da Veiga km 138 s/n, bairro Una.
Entre os temas que serão tratados está a necessidade de ser percebida a incidência do adicional insalubridade nos vencimentos do funcionário, além de casos em que há direito a indenização por dano moral em virtude do não afastamento do trabalhador de atividades que provocaram o seu adoecimento ou falta de capacidade para o exercício da função.
Participarão o coordenador do Departamento Jurídico do SIFUSPESP, Dr. Sergio Moura, além do presidente do sindicato, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, da coordenadora da sede regional do Vale do Paraíba, Sonia Ponciano, da diretora de base Cristina Duarte e da psicóloga Cíntia dos Santos Monteiro.
O atendimento será feito entre as 9h e às 14h, com intervalo para coffee break. Ocorrerá também no local a fala de Fábio Jabá para esclarecer dúvidas e explicar as ações do sindicato relativas à campanha salarial e de condições de trabalho, como também a luta contra a privatização do sistema, entre outros assuntos.
Também será feito atendimento para compra, encaminhamento para liberação, porte de armas e treinamento de tiro, que ficará a cargo da Sniper Nascimento, empresa parceira do SIFUSPESP.
As orientações da equipe de advogados são fundamentais para que os servidores readaptados possam coletar provas e dar início aos procedimentos de comprovação de seus prejuízos devido ao não cumprimento, pela unidade, da readaptação conforme atestada e definida pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado(DPME).
Dúvidas sobre o atendimento podem ser resolvidas pelos telefones: 12 99772-7036 / 12 3631-4603 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Procuradoria da Suíça identificou que Paulo Preto fez repasse financeiro “a pessoas ligadas à facção criminosa”. Preso na terça-feira, engenheiro disse em tom de ameaças que valores em contas no país europeu “não são só dele”.
O ex-diretor de obras do Departamento Rodoviário S.A(Dersa) do governo de São Paulo Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, foi acusado de ter pago propinas ao Primeiro Comando da Capital(PCC).
De acordo com a Procuradoria de Justiça da Suíça, em comunicado oficial encaminhado à Justiça brasileira em agosto de 2017, Paulo Preto teria feito repasses de “comissões ocultas” a pessoas ligadas à mais poderosa facção criminosa do país.
A revelação foi feita na última terça-feira, 19/01, após o operador do PSDB ser preso pela terceira vez, agora na esteira da Operação Lava-Jato, sob acusação de ter participado de operações de lavagem de dinheiro da empreiteira Odebrecht que somaram, segundo a Polícia Federal, R$132 milhões de reais. Em clara ameaça a cardeais tucanos, Paulo Preto disse que o dinheiro “não é só dele”.
Os valores teriam saído de quatro contas em nome da offshore Groupe Nantes, controlada pelo engenheiro e identificadas pelos órgãos de fiscalização do país europeu após um pedido de cooperação internacional feito pelo Ministério Público Federal brasileiro no processo que investiga desvios de verbas de obras do Rodoanel, empreendimento tocado pela Dersa e que teve a Odebrecht como concorrente.
Apesar de não ter revelado os nomes das pessoas que seriam as destinatárias desses valores nem os motivos pelos quais Paulo Preto abasteceu o PCC com “comissões ocultas”, a acusação feita pela Justiça Suíça é gravíssima e coloca em evidência os riscos aos quais o sistema prisional paulista está sendo submetido ao longo da última década com a ligação comprovada do operador financeiro do PSDB com a facção criminosa.
Para os trabalhadores penitenciários, que têm enfrentado com muita coragem a criminalidade dentro e fora das unidades prisionais e que jamais contaram com apoio concreto das inúmeras gestões tucanas para investimentos no setor - desde a valorização salarial e de melhoria de condições de trabalho até o apoio logístico, em estrutura e inteligência para o combate às facções - a notícia é triste e estarrecedora.
Estes dados já haviam sido divulgados desde 2017 por autoridades da Suíça. Para que um tipo de documento desse seja informado para autoridades brasileiras, foi passado previamente por uma das melhores equipes de auditoria financeira e contra crimes dessa natureza, uma vez que a reputação da Suíça, como país neutro e com muito prestígio no âmbito da segurança bancária. Outra questão a ser considerada, para aqueles que dominam as características de crimes de lavagem de dinheiro, as características do caso, podem levar a crer que se trata de uma única conta de concentração e redistribuição de dinheiro para diferentes organização operando em conjunto.
Histórico de Paulo Preto complica o PSDB
O engenheiro Paulo Preto é suspeito de ser o principal organizador de esquemas de pagamento de propina, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro para o PSDB quando foi diretor da Dersa na gestão de José Serra(2007-2010). Ele também atuou como diretor de relações institucionais no governo Geraldo Alckmin, entre 2005 e 2006.
Paulo Preto já havia sido preso outras duas vezes, em abril e maio do ano passado. Na ocasião, ficou detido 36 dias e, sentindo-se abandonado pelo partido, chegou a ameaçar o PSDB de fazer uma delação a fim de revelar segredos que o livrariam da prisão.
Na última terça, o engenheiro disse que as contas rastreadas pelos suíços tinham “outros titulares” que poderiam ser o agora ex-presidente da Investe SP do governo João Dória, Aloysio Nunes, e também José Serra. Foi Aloysio Nunes, quando era secretário da Casa Civil do governo Serra, que indicou o engenheiro ao governador para atuar na Dersa.
A ligação de Aloysio Nunes e Paulo Preto ultrapassa os limites da administração pública. A filha do engenheiro e a esposa do tucano fizeram juntas um empréstimo para que o cacique do PSDB pudesse comprar um apartamento no bairro nobre de Higienópolis, região central de São Paulo, em 2010. O caso foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo.
Secretários de Dória se afastam para proteger a imagem do governo e defenderem-se da Lava Jato
Nomeado presidente da Investe SP pelo governador João Dória, também do PSDB, Aloysio Nunes se retirou do cargo logo após ser alvo de um mandado de busca e apreensão por parte da Polícia Federal e do MPF em sua casa, também na terça.
A revelação de que Paulo Preto teria enviado um cartão de crédito oriundo das contas suíças em favor de Aloysio durante a estadia do tucano em um hotel em Barcelona, no Natal de 2007, caiu como uma bomba no colo do ex-ministro de Relações Internacionais do governo Michel Temer. Apesar do escândalo, ele não foi preso.
O agora ex-presidente da Investe SP, responsável por captar investimentos para o governo paulista, é o segundo secretário de Dória e ex-ministro de Temer a pedir licença da função para se defender das acusações que pesam por parte da Polícia Federal e do MPF no âmbito da Operação Lava-Jato.
O outro caso é o de Gilberto Kassab, nomeado por Dória secretário da Casa Civil, mas que ainda em dezembro solicitou afastamento por tempo indeterminado da função. Ele é investigado pela Procuradoria-Geral da República(PGR) sob suspeita de receber dos empresários Joesley e Wesley Batista, da JBS, R$350 mil em espécie por mês, de 2010 a 2016, em vantagens consideradas indevidas para uma empresa da qual era sócio.
Ainda restam na gestão Dória mais quatro ex-integrantes dos ministérios de Temer. O principal deles é Henrique Meirelles, atual secretário de Fazenda e Planejamento, entusiasta do congelamento dos salários do funcionalismo e um dos artífices da pretensão de Dória de privatizar as unidades prisionais com a justificativa de torná-las mais eficientes.
Privatização cria oportunidade para o crime organizado
O temor dos trabalhadores penitenciários é que a série de acusações graves contra nomes fortes do PSDB envolvidos em operações ilegais com dinheiro público e sua ligação com o PCC possa reforçar as teses de que o crime organizado possui controle sobre políticos tucanos e que o futuro do sistema prisional seja insustentável caso a facção assuma o comando das unidades a partir do processo de concessões das penitenciárias a empresas.
Entenda porque em: http://sifuspesp.org.br/noticias/6338-faccoes-ameacam-seguranca-nacional
http://sifuspesp.org.br/noticias/6338-faccoes-ameacam-seguranca-nacional
O princípio da impessoalidade administrativa é previsto constitucionalmente e prevê regras e condução dos bens e funções públicas de forma desvinculada a qualquer forma que possa beneficiar um ator privado. Nesse sentido, a maior eficiência do Estado deve passar por mecanismos de proteção do erário público e no caso da administração penitenciária, deve preocupar-se com questões de segurança pública. Nesse cenário, mecanismos de propaganda pública devem se preocupar somente em fazer de forma eficiente a informação de como os projetos públicos estão sendo pensados, e abrir para o debate da sociedade as questões importantes.
Não é o que está passando com a questão da privatização do sistema penitenciário, sobretudo, quando aqueles que conhecem o sistema encontram indícios fortes da possibilidade de infiltração do crime organizado e de aproximação e fusão entre PCC e Comando Vermelho. Lutaremos até o fim contra o discurso vazio de que privatizar é inevitável. Nosso compromisso é contra o crime organizado e em favor de toda a sociedade brasileira.
Links relacionados: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/02/paulo-preto-fez-ameacas-a-tucanos-e-afirmava-ter-socios-na-conta-da-suica.shtml
(matéria do Valor Econômico): https://www.pressreader.com/@nickname11256375/csb_i3q5c6XMEY7mkn4REOwcRhYm8vhPXijb5Y1545uMImA48VWZV1Z4r-0cI-OEzv2c
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Por:Luiz Marcos Ferreira JR.
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