Na noite de ontem aconteceu uma rebelião e fuga no CR de Birigui, um Policial Penal foi feito de refém e ferido pelos sentenciados rebelados.
Em uma ocorrência atípica e que demonstra como a falta de pessoal e estrutura está degradando as condições de segurança das unidades prisionais do Estado de São Paulo ocorreu uma rebelião no CR de Birigui.
Segundo relatos, ontem por volta das 23:30h presos da cela disciplinar começaram a gritar pedindo auxílio dos Policiais Penais pois um deles estaria passando mal.
Quando um Policial Penal foi prestar auxílio ao preso que estava deitado no chão da cela, foi rendido por outro com o uso de espetos de aço,ao tentar recuar o Policial foi empurrado batendo a cabeça na grade e sofrendo ferimentos no crânio.
Mesmo com o Policial Penal de refém e ameaçado de morte os presos não conseguiram que a grade de contenção fosse aberta, ato contínuo algemaram o Policial Penal, quebraram o cadeado do setor de convivência e escalaram o muro do pátio de visita e fugiram.Os três presos envolvidos na rebelião conseguiram fugir e não foram recapturados até o momento do fechamento dessa matéria.
O Policial Penal tomado de refém foi socorrido pelos colegas de trabalho, e encaminhado ao pronto socorro da cidade, onde recebeu sete pontos na cabeça, e passou por tomografia.O Secretário Geral do SIFUSPESP Gilberto Antônio entrou em contato com os Policiais Penais para verificar se os mesmos precisam de auxílio após o incidente, segundo seu relato apesar do Policial agredido ficará em observação por 12 horas devido ao ferimento
CR de Birigui funciona como um semiaberto
Um dos motivos da ocorrência, além da falta de pessoal ( hoje Birigui conta com menos de 30 funcionários), é a utilização da unidade para fim distinto da que foi planejada, atualmente o CR de Birigui não funciona como um CR e sim como um semiaberto o que acaba gerando riscos para os funcionários e a sociedade.
Para se ter uma do déficit, na noite de ontem a unidade operava com apenas 3 policiais penais para 351 presos em uma unidade com capacidade para 214.
A estrutura física e funcional dos CRs, foi planejada para internos de baixo potencial ofensivo ,selecionados por um rigoroso processo de triagem, para garantir que o perfil criminológico e psicológico dos sentenciados fosse adequado a uma unidade de baixa segurança. Porém não é o que acontece em Birigui, pois a unidade passou a operar como um semiaberto normal, com os mesmos problemas de não separação de perfil criminológico, acarretando risco a segurança, visto que a unidade não possui apoio armado ou estruturas de segurança adequadas ao novo perfil populacional.
Em fevereiro deste ano um preso do CR já tinha rendido uma servidora e roubado seu carro ,usando o veículo para arrebentar o portão da unidade e fugir.
Desmonte dos CRs vai na contramão de uma boa política prisional
Os CRs são um modelo de unidade destinado a presos de baixo potencial ofensivo e alta probabilidade de ressocialização, o que teoricamente torna essas unidades mais baratas e mais seguras em sua operação, porém tal modelo vem sendo abandonado.
Segundo matéria do site Jota ,dedicado a assuntos jurídicos : “Os CRs são compatíveis com as garantias nacionais e internacionais de direitos humanos para os detentos, obtêm taxas de reincidência criminal muito mais baixas e seu custo de operação é muito menor que o das prisões convencionais.”
Apesar do modelo bem sucedido, a escassez de vagas de semiaberto tem levado o Estado de São Paulo a transformar essas unidades em CPPs disfarçados, gerando riscos de segurança e perda dos benefícios trazidos por essas unidades.
Se um dos objetivos do sistema prisional é devolver à sociedade um cidadão ressocializado estamos caminhando no caminho inverso.
Agressões e incidentes disciplinares estão aumentando
O SIFUSPESP tem observado um aumento no número de agressões e incidentes disciplinares nas unidades prisionais do estado, em nossa avaliação a falta de pessoal e condições materiais nas unidades prisionais do estado tem ligação com esta tendência,conforme já havíamos alertado.
Caso o Governo não tome providências corremos o risco de aumento de ocorrências deste tipo.
A corrida “Asas para Isabela acontece em prol da Isabela, uma garotinha de 13 anos que tem paralisia cerebral e realiza desde os 3 anos, um tratamento de altíssimo custo no Chile, chamado Cuevas Medek Exercises e que a ajuda a ser cada vez mais independente.
Aos dez dias de vida, Isabela já enfrentou uma cirurgia cardíaca, e o diagnóstico de paralisia cerebral veio em seguida.
Além de realizar o tratamento em Ribeirão Pires, Isabela já fez mais de 70 semanas de tratamento intensivo no Chile com o criador do método Ramon Cuevas.
A próxima edição, que conta com apoio da Prefeitura de Ribeirão Pires e de várias empresas da região, está marcada para acontecer em Ribeirão Pires, no dia 26 de novembro de 2023 com largada prevista para às 8 da manhã, no complexo Ayrton Senna.
Haverá a modalidade “caminhada” para todos os públicos e idades e também opções de corrida de 10 e 5 km, com troféus para os 5 primeiros colocados nos 10 e 5 km masculino e feminino. Serão também premiadas as equipes esportivas e as empresas que tenham o maior número de inscritos.
As inscrições já estão abertas pelo site “Inscreva Fácil” e também podem ser feitas presencialmente em alguns pontos da cidade de Ribeirão Pires ou diretamente com a organização do evento em https://asasparaisabela.com.br.
O lote promocional tem valor de R$ 70,00 e além de ajudar no tratamento Cuevas Medek, que a Isabela faz lá no Chile, cada inscrito ganhará uma camiseta dry-fit , uma sacochila, número de peito e chip, além de brindes que por ventura possam ser doados pelos patrocinadores do evento. No dia da prova são oferecidos também medalha de participação, água e frutas a todos os inscritos. Existem as modalidades de participação presencial ou virtual, então todo mundo pode aderir e ajudar nesta causa, independente da distância que esteja!
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Inscreva-se, patrocine, convide os amigos, ajude a divulgar! Toda e qualquer forma de ajuda é muito bem vinda!
Maiores informações podem ser obtidas diretamente com a organização do evento, através do whatsapp (11) 99807-7722 ou do email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Abaixo o vídeo de divulgação:
O Governo tem 4 dias para provar que sua palavra tem valor e que respeita a Polícia Penal
Ontem dia 26 de setembro o SIFUSPESP enviou um ofício para o Secretário Chefe da Casa Civil Arthur Lima pedindo a confirmação da reunião que ficou agendada para este mês visando a apresentação do projeto da Lei Orgânica e o índice de reajuste.
Como todos sabem desde maio, quando em uma atitude inédita na história recente do estado, o governo deixou de lado a Polícia Penal quando do reajuste das polícias, o SIFUSPESP imediatamente chamou uma manifestação em frente à ALESP, e a partir daí é que o governo nos chamou para negociar.
A SAP sempre teve seus reajustes salariais igualados com os da SSP, a questão da regulamentação da Polícia Penal não seria um empecilho à concessão do reajuste se existisse a vontade política de fazê-lo.
Infelizmente após três reuniões na Casa Civil sem que nada de concreto nos fosse apresentado, só podemos declarar que agora é o Governo que tem que mostrar sua capacidade de cumprir suas promessas. Ainda há tempo, faltam quatro dias para o fim do mês, porém este é o prazo final.
Em nosso meio a palavra vale a vida
Logo após a última reunião na Casa Civil o SIFUSPESP passou a realizar assembleias nas unidades prisionais para ouvir a categoria, afinal um sindicato sem sua base não é nada.
Um sindicato não ouve suas bases, é como uma árvore com raízes podres, seca e morre. Quando nosso futuro está em jogo precisamos estar unidos e organizados, e a melhor forma de unir e organizar as pessoas é ouvi-las, entender suas necessidades, problemas e sonhos.
Fazendo isso percebemos que ninguém nas unidades prisionais em que realizamos assembleias aceita esticar o prazo, pois afinal o Governo deu sua palavra e palavra se cumpre.
Operação legalidade é cada um fazer sua parte
Fazer o que manda sua função com responsabilidade e em cumprimento às leis e regulamentos é nossa obrigação como Policiais e Servidores públicos, observar uma irregularidade sem comunicá-la é prevaricar, não cumprir as normas e regulamentos, é falta funcional.
A Operação Legalidade é não aceitar contar dois raios, é se recusar a fazer acompanhamento em hospitais,é cada um fazer a sua função e nada a mais.
Temos que mostrar para o governo o que estamos ajudando a SAP esconder há anos: que faltam funcionários e que os que restam estão cansados e se sentindo humilhados e desvalorizados.
Se todo o dia o plantão fecha sem problemas, é porque trabalhamos por 2 ou 3, fazemos “tudo” nas unidades e muitos ainda se desdobram nos “bicos”, pois caso contrário com o atual salário as contas não fecham. Ou seja, acabamos com nossa saúde para ajudar o Estado e por conta disso o Estado entende que do jeito que está, está bom, pois continuamos fechando as 12 horas de plantão sem problemas.
Está na hora do Estado entender que o Sistema Prisional paulista está a beira do colapso e para isso nós temos que fazer somente o trabalho que nos é designado por lei, nada a mais nada a menos.
Abaixo o vídeo do Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá:
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