Representantes do SIFUSPESP estiveram na unidade para prestar apoio às servidoras, que ficaram bastante abaladas com o ataque, que as deixou com hematomas e escoriações no rosto. Diretor de Disciplina da unidade já pediu transferência da sentenciada para o RDD, enquanto sindicato cobra automação das celas, que já foi recusada pela SAP sob o argumento de que prédio é tombado pelo patrimônio histórico do município de São Paulo
por Giovanni Giocondo
Em um ataque de extrema violência, uma presa agrediu duas policiais penais da Penitenciária Feminina de Santana nesta terça-feira(29). A ocorrência foi registrada quando uma das servidoras fazia o trabalho de rotina na verificação das galerias, momento em que a sentenciada bateu nela com uma estaca de madeira feita com um cabo de vassoura. A diretora de plantão, ao dar apoio à funcionária, também recebeu vários golpes.
Ambas tiveram ferimentos no rosto, o que inclui hematomas e escoriações, e estavam muito abaladas após conseguirem se desvencilhar da agressão, que só foi possível graças ao auxílio de outras trabalhadoras da unidade.
A presa foi contida e isolada, enquanto o diretor de Disciplina da penitenciária já encaminhou à Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) um pedido para que a Justiça autorize a transferência da sentenciada para o Regime Disciplinar Diferenciado(RDD). Há relatos internos de que ela já era considerada de alta periculosidade e tinha histórico de outras agressões contra servidoras em outras unidades por onde passou.
Foi lavrado um boletim de ocorrência sobre o caso, além de elaborada a Notificação de Acidente de Trabalho(NAT). As duas vítimas também fizeram exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
A coordenadora da sede regional do SIFUSPESP em São Paulo, Maria das Neves Duarte, e o coordenador da sede de Sorocaba, Wanderley Rosa Júnior(foto abaixo), compareceram à unidade para oferecer apoio total e irrestrito do sindicato na recuperação das duas funcionárias.
Com cuidado e sensibilidade, eles conversaram sobre a ocorrência, e colocaram a estrutura do Departamento Jurídico à disposição das policiais penais, bem como as orientaram a buscar apoio psicológico com profissionais de saúde mental indicados pelo sindicato.
Preocupam ao SIFUSPESP as condições de segurança oferecidas pelo prédio que sedia a PFS, tombado em 2019 pelo patrimônio histórico do município de São Paulo. Este impedimento legal para a alteração do espaço externo foi uma das justificativas apresentadas pela SAP para não fazer a automação das celas, que se instalada, dará mais segurança e vai colaborar para a prevenção de agressões semelhantes às cometidas hoje, sem comprometer a estrutura, tampouco a fachada do edifício.
Ato volta a acontecer em frente à SAP em nova tentativa de pressionar Restivo a fazer as nomeações. É a quarta vez neste mês que os candidatos aprovados no certame se encontram, o que demonstra que estão cada vez mais fortes e próximos de serem convocados, sempre com apoio total do SIFUSPESP, que convoca todos os futuros policiais penais para a manifestação
por Giovanni Giocondo
Em uma demonstração de força, união e perseverança, pela quarta vez neste mês de março, os candidatos aprovados no concurso público para provimento dos cargos de policial penal da carreira de agente de escolta e vigilância penitenciária(AEVP) de 2014 vão se reunir nesta quarta-feira(30), para um protesto que reivindica nomeações imediatas dos milhares de homens que aguardam pela chamada do certame.
O ato acontecerá em frente à sede da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) em São Paulo, a partir das 8h30 da manhã. É a segunda manifestação do grupo agendada para ser realizada no mesmo local. O objetivo é nítido. Pressionar o secretário Nivaldo Restivo a fazer as chamadas dos AEVPs e suprir o déficit gigantesco de cargos no setor, que já beira as cerca de 4 mil vagas, de acordo com dados da própria SAP.
Ciente da sua contribuição fundamental ao movimento dos candidatos, o SIFUSPESP vai mais uma vez apoiar a manifestação com a presença de seus diretores, além de auxiliar na confecção de cartazes e no fornecimento de alimentos e água para os manifestantes. O sindicato também deve pleitear uma reunião com assessores de gabinete da SAP para tentar obter um cronograma das futuras nomeações.
Para o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, a segurança das unidades prisionais e da população paulista está em jogo quando o governo decide não fazer as convocações do AEVPs apesar de existirem recursos previstos no orçamento estadual destinados exclusivamente ao investimento no trabalho desses servidores. “O sindicato não admite mais falta de diálogo e de transparência sobre quando e em que condições vão acontecer essas chamadas. São oito anos de angústia, que precisam acabar”, frisa o sindicalista.
De acordo com o portal da Transparência, desde 2016, o Palácio dos Bandeirantes reserva R$12 milhões ao ano para cumprir uma lei estadual que trata dos valores carimbados quando cada secretaria abre um concurso público, mas a SAP não os utiliza sem apresentar justifica, enquanto o montante despendido com o desvio de função de mais de 6 mil policiais militares que fazem escoltas de presos pelo interior chega a R$80 milhões a cada 12 meses.
Lotado no CDP 2 de Osasco, Fabio de Carvalho tinha 39 anos e estava próximo a uma empresa, quando suspeito o atingiu com um disparo na cabeça na madrugada desta terça-feira(29). Crime tem características de execução, já que nem a arma, tampouco os documentos e o celular do servidor foram levados. Diretores do SIFUSPESP estão prestando apoio aos familiares e acompanhando a liberação do corpo no IML
por Giovanni Giocondo
Criminosos mataram a tiros o policial penal Fábio de Carvalho na madrugada desta terça-feira(29), no bairro Jardim São Daniel, em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. Ele tinha 39 anos, morava com a família no município de Cotia, e era lotado no Centro de Detenção Provisória(CDP) 2 de Osasco.
O servidor estava próximo a uma empresa localizada na estrada da Gabiroba, quando levou um tiro na cabeça. De acordo com as informações do boletim de ocorrência, registrado como homicídio, Fabio chegou a ser socorrido por policiais militares, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco após dar entrada no Hospital Geral de Carapicuíba.
O SIFUSPESP apurou que o crime aconteceu quando um suspeito que estava escondido atrás de um caminhão chamou pelo nome do policial penal e efetuou o disparo, sem chance de defesa para a vítima.
Um vizinho ouviu o tiro e chamou a polícia, que verificou que Fabio tinha na cintura sua arma de porte pessoal, além dos documentos e do telefone celular. O fato de o autor do disparo não ter levado os pertences do servidor pode colaborar com a tese de que o crime foi premeditado e tem características de execução.
O presidente do sindicato, Fábio Jabá, e o coordenador da sede regional de Sorocaba, Wanderley Rosa Júnior, estão em Carapicuíba prestando apoio aos familiares e aos colegas do servidor, além de aguardar a liberação do corpo, que está no Instituto Médico Legal(IML). Natural do município de Monte Castelo, o servidor deve ser sepultado em sua cidade natal.
O SIFUSPESP também oficiou a Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) para que a pasta tome ciência do caso e adote as providências de praxe quando do registro de casos semelhantes envolvendo servidores do sistema prisional.
Todos os desdobramentos do crime, inclusive a busca pelo suspeito de fazer o disparo, serão informados pelo sindicato assim que houver atualizações da investigação feita pelo Instituto de Criminalística(IC) da Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública(SSP).
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