Departamento Jurídico do SIFUSPESP quer entrar como interveniente-assistente na solicitação com o objetivo de fornecer dados e auxiliar em vistorias, visando a proteger integridade física de servidores. Documento aponta aprofundamento na falta de policiais penais como fator de risco para a segurança da unidade, que está com quase 3 mil presos e é seguidamente alvo da invasão dos chamados “ninjas”, que transportam drogas, celulares e até armas para entregar aos detentos.
por Giovanni Giocondo
O SIFUSPESP solicitou entrada como interveniente-assistente em pedido efetivado pelo Ministério Público Estadual (MP-SP) junto à Vara de Execuções Criminais de Taubaté, que requer providências da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) para suprir o déficit funcional no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Edgard Magalhães Noronha de Tremembé, também conhecido como PEMANO.
O pedido feito no último dia 26 de outubro alega que há risco para a segurança da unidade prisional em virtude da falta de servidores suficientes para efetuar a custódia dos presos e, simultaneamente, ter de se desdobrar para impedir que criminosos conhecidos como “ninjas” invadam o perímetro do CPP para trazer drogas, celulares, armas e outros objetos ilícitos e entorpecentes durante a noite, com o objetivo de entregá-los aos detentos.
No documento, o MP alega que o efetivo funcional já reduzido na unidade tem sido ainda mais aprofundado com o afastamento dos policiais penais que fazem parte do grupo de risco para o coronavírus, além daqueles que têm entrado com pedido de aposentadoria. O PEMANO é conhecido por ter em seu efetivo muitos servidores de idade avançada, que estão prestes a encerrar seu trabalho dentro do sistema por terem atingido os requisitos mínimos para requerer a aposentadoria.
De acordo com o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, essa redução no quadro de pessoal deixa um vácuo não preenchido por novos servidores, já que são dois anos de governo Doria e gestão Restivo à frente da SAP e nenhuma nova nomeação foi feita no Estado. “Agora contamos com a colaboração do Ministério Público para que seja tomada alguma ação por parte da SAP e esse déficit seja suprido”, afirma o sindicalista.
A Coordenadoria de Unidades Prisionais do Vale do Paraíba e Litoral (Corevali) e a Diretoria do CPP de Tremembé receberam inclusive pedidos de informação e de vistoria por parte da juíza corregedora da Vara de Execução Criminal de Taubaté, Sueli Zeraik.
O coordenador do Departamento Jurídico do SIFUSPESP, Sergio Moura, explica que, na posição de interveniente, o sindicato pode colaborar com a Justiça por meio de fornecimento de informações trazidas por parte de servidores, entre outras possibilidades, como a de pedir a intervenção da unidade prisional.
“Estamos colocando a entidade à disposição para prestar informações, eventualmente participar de diligências e vistorias, fazer esclarecimentos de natureza técnica sobre a segurança. Nossa disponibilidade é uma ferramenta que a Justiça terá para construir a sua convicção e verificar os fatos e providências a serem tomadas. Também podemos pedir que estas sejam complementadas dentro de um parâmetro que preserve a segurança e integridade física dos funcionários”, esclarece Moura.
CPP está à beira do colapso
O PEMANO possui atualmente uma população de 2.983 presos, para uma capacidade de 2.672. Além da grande quantidade de sentenciados, a unidade prisional está espalhada por uma vasta área às margens da rodovia Amador Bueno da Veiga, em Tremembé, fator que notadamente dificulta o bloqueio à incursão dos criminosos.
“Para completar, não há no CPP a figura do policial penal agente de escolta e vigilância penitenciária, o AEVP, que poderia prevenir e, em caso de necessidade, reprimir as tentativas de invasão e mesmo as recentes fugas que têm tido registro no local em virtude da falta de funcionários suficientes na segurança”, pondera o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá.
Denúncias sobre déficit podem ser replicadas em outras unidades
O presidente do SIFUSPESP reitera que o Departamento Jurídico pretende ter a mesma atitude em todas as unidades prisionais paulistas que apresentarem déficit. “Para isso, precisamos da comprovação da falta de servidores, como forma de provocar a Justiça e o Ministério Público a se posicionarem”, completa.
Jabá lembra que é o próprio trabalhador quem deve nos auxiliar nessa função, como fizeram os policiais penais do CPP de Tremembé. “Foi essa união da categoria, com o objetivo de melhores condições de trabalho para todos, que permitiu que o pedido de providências fosse adiante”, reitera.
Confira a íntegra do pedido aqui e acompanhe o trâmite judicial neste link
Devido ao aumento no número de casos de coronavírus e de internações em razão da doença, governo do Estado decidiu não flexibilizar atividades econômicas e manteve inalteradas fases em que se encontram regiões no chamado “Plano São Paulo”. SIFUSPESP mantém atendimento à distância para seus associados, enquanto afastamento de servidores da SAP que integram grupo de risco deve continuar
por Giovanni Giocondo
O governo de São Paulo decidiu prorrogar até 16 de dezembro o o estado de calamidade pública e a quarentena em todo o Estado, com o objetivo de reduzir o avanço da pandemia do coronavírus. A decisão tem como base o aumento no número de internações - com média móvel de 1.000 neste domingo (15) - alta de 18% em relação à semana epidemiológica anterior. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
Alegando “cautela” durante a coletiva desta segunda-feira (16), o governador João Doria (PSDB) afirmou que não haverá qualquer flexibilização nas atividades econômicas, conforme vinha acontecendo paulatinamente desde julho no Estado. Até o momento, aconteceram 40.576 óbitos confirmados em São Paulo que tiveram como causa o coronavírus, entre os 1.169.377 casos desde o primeiro registro, em março.
O afastamento dos servidores penitenciários que possuem comorbidades e fazem parte do grupo de risco para a COVID-19 deve ser prorrogado mediante resolução interna da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que deve ser publicada entre esta terça e quarta-feira no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Simultaneamente, também deve ser tornado público o decreto que prorroga a quarentena.
Enquanto durar a pandemia, o SIFUSPESP continuará fazendo à distância o atendimento de seus associados para todas as demandas, sejam elas administrativas, de seu departamento Jurídico ou da imprensa, assim como o diálogo com os diretores.
Para qualquer solicitação, basta enviar uma mensagem pelo Whatsapp (11) 94054-8179. O associado que precisar de contato direto com os advogados também pode fazê-lo pelo whatsapp, em qualquer um dos números abaixo, enviando mensagem para :
São Paulo: (11) 94054-8179
Araraquara: (16) 97400-7882
Avaré: (14) 97400-6790/ 16 99765-4345
Baixada Santista: (13) 98219-1139
Bauru: (14) 99777-7779
Campinas: (11) 97878-7415
Franco da Rocha: (11) 99869-4639
Itapetininga: (15) 99810-3303
Mirandópolis: (18) 99172-1592
Presidente Prudente: (18) 99794-0582
Presidente Venceslau: (18) 3272-3312
Ribeirão Preto: (16) 99393-9954
São José do Rio Preto: (17) 98172-0855
Sorocaba: (15) 3211-1838
Vale do Paraíba: (12) 99772-7036
Direção e Comunicação em plantão
A diretoria do SIFUSPESP segue de plantão e à disposição de toda a categoria, assim como o Departamento de Comunicação, Envie sua mensagem para o Whatsapp (11) 99222-9118, ao e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou ainda na página do sindicato no Facebook: www.facebook.com/sifuspespsindicato.
Por Redação SIFUSPESP
Na última sexta-feira (13), os policiais penais do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá, no litoral paulista, frustraram a tentativa de arremesso de ilícitos feita por um homem não identificado.
De uma das torres de vigilância, um dos policiais penais flagrou o momento do arremesso, o alarme de segurança foi acionado e outros policiais penais foram até o local. O sujeito não identificado acabou fugindo ao se esconder na área de mata que fica no entorno no CPP, mas com a apreensão do pacote, os policiais penais impediram a entrada de 46 celulares, além de 28 baterias, seis carregadores e quatro fones de ouvido.
Os itens apreendidos foram encaminhados para registro de Boletim de Ocorrência no 2º Distrito Policial de Mongaguá. A direção do CPP abriu procedimento disciplinar para apurar o envolvimento de detentos que receberiam os ilícitos.
Segundo dados da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a população carcerária do CPP é de 2.153 detentos onde a capacidade é para 1.640, o que representa 31% a mais que o total de vagas, situação que, aliada ao déficit no quadro de funcionários, coloca em risco a segurança dentro e fora da unidade prisional.
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