Hoje se comemora a independência de nosso país , e 7 de setembro de 1822 as margens do rio Ipiranga deixavamos de ser uma colônia.
Não estamos mais sob o jugo de estrangeiros que tinham o único interesse de explorar nossa terra.
Nestes 202 anos com todos os percalços e divergências internas nos mantemos como um país soberano.
Longe da visão deturpada de que a independência foi conquistada apenas com o grito do Ipiranga, intensas batalhas foram travadas contra aqueles que tinham interesse de manter o Brasil sob o jugo da coroa portuguesa.
Quando olhamos a história de nosso país podemos fazer uma analogia com nossa secretaria. Embora sejamos hoje a segunda maior força de segurança do estado de São Paulo não somos comandados por um Policial Penal.
Enquanto todos os outros estados da federação garantiram direitos e prerrogativas a seus policiais penais, São Paulo contempla seus policiais penais apenas com obrigações, deveres e penalidades.
Comparativamente com a história de nosso país parece que nossa secretaria é uma colônia e os Policiais Penais suditos sem direitos,sujeitos a opressão de tiranos estrangeiros, cujo único objetivo é nos manter submissos e amedrontados.
Infelizmente ainda temos em nosso meio indivíduos e entidades que cooperam com aqueles que querem manter os policiais penais sob esta tutela, ainda temos pessoas que ativamente ajudam a desmobilizar a categoria e a perseguir colegas que levantam sua voz.
Se quisermos mudar esta situação não bastará um grito, teremos muitas batalhas pela frente, e um grande aprendizado em termos de união e espírito de corpo.
A luta do SIFUSPESP tem sido além de garantir direitos e melhorias salariais tem sido de forjar esta união entre os trabalhadores do sistema prisional e evitar que intenções privatistas e interesses inconfessáveis se apoderem do sistema prisional; por isso nossos dirigentes são perseguidos.
Quando um governante ou um dirigente tem que recorrer a censura e a intimidação, este é o primeiro sinal de que começa a perder a força moral para comandar.
Os policiais vão reforçar a segurança, porém falta infraestrutura
Foi publicada hoje a transferência de 23 AEVPs para o CPP Franco da Rocha, a medida traz um aumento da segurança da unidade, mas o número de Policiais Penais e as condições de trabalho deixam muito a desejar.
A guarda armada em todos os CPPs sempre foi uma reivindicação dos SIFUSPESP, mas ao contrário do que tem sido feito, sempre reivindicamos condições apropriadas de trabalho e infraestrutura que garanta a segurança dos profissionais como torres adequadas.
O CPP Franco da Rocha é uma unidade com diversos problemas de infraestrutura e que teve sua desativação e reforma solicitada pelo judiciário.
Devido às falhas gravíssimas encontradas após a reforma do CPP do Butantã que acarretaram em duas fugas consecutivas e um motim, a SAP tomou a decisão de reverter a transformação da unidade em semiaberto masculino e transferi-los para Franco da Rocha, fazendo a população subir para 2314 presos . Isso em uma unidade que tem 1738 vagas e gravíssimos problemas de estrutura.
Falta de policiais tem se agravado
Com uma média de 300 policiais penais a menos a cada mês, fruto de aposentadorias, falecimentos e exonerações a SAP deve perder mais de três mil e quinhentos Policiais Penais até o fim do ano.
Hoje é impossível reforçar a segurança em qualquer unidade sem sobrecarregar os Policiais Penais da unidade que cede pessoal, no caso dos 23 AEVPs serão 23 a menos na Base de Escolta de Santana. É o famoso cobertor curto em que atender uma necessidade significa desguarnecer outro setor.
Enquanto isso os remanescentes do Concurso de AEVP 2014 seguem acampados em frente à ALESP reivindicando serem contratados, com a perspectiva de abertura de novo concurso apenas em 2025 e com o maior déficit da história da Secretaria estes concursandos representariam um pequeno alívio e permitiriam o reforça na segurança da maioria dos CPPs.
Abaixo a publicação no Diário Oficial
https://www.doe.sp.gov.br/executivo/secretaria-da-administracao-penitenciaria/resolucao-de-05-09-2024-202409051281248567410
Em vídeo gravado no dia (05) de ontem na cidade de Pacaembu, o Presidente da ALESP, Deputado André do Prado declarou que deve pautar o PLC 37/2024 na próxima sessão do Colégio de Líderes da Assembleia na próxima terça-feira.
Segundo a fala do Deputado a regulamentação da Polícia Penal deve ser votada daqui 10 ou 15 dias.
Levando-se em conta as declarações de Prado, a próxima semana será crucial para o futuro dos Policiais Penais. Caso o Projeto seja pautado para as sessões de terça ou quarta-feira o mesmo deverá passar pelo congresso de comissões, caso contrário deverá ir direto para o plenário da casa, sendo que os deputados deverão votar cada emenda de forma separada.
Como todos sabem o projeto apresentado não garante nem os direitos e prerrogativas básicas para os Policiais Penais e caso seja votado da forma que está São Paulo criará a primeira polícia sem direitos ou prerrogativas do país.
Nem mesmo o acautelamento de armas está previsto no texto do governo.
Frente a esta situação o SIFUSPESP convoca a categoria a comparecer a ALESP na terça feira dia 10 de setembro para juntos com o sindicato pressionar para que o projeto seja pautado esta semana e os direitos e prerrogativas básicas sejam garantidos na nova lei.
O SIFUSPESP sempre esteve à frente na luta pela criação da Polícia Penal no Estado de São Paulo, tendo sido fundamental o seu papel na aprovação da PEC 02/2022 que ocorreu após intensa mobilização e de um acampamento em frente à ALESP que durou mais de 40 dias.
Mobilização, pressão da base, negociações e profundo embasamento teórico e jurídico sempre foram a marca da atual gestão do SIFUSPESP.
Porém o que mais nos orgulha é o compromisso sagrado de sempre falar a verdade para a categoria, jamais vender ilusões e soluções mágicas, sempre alertamos e chamamos a categoria a se mobilizar para garantir os seus direitos.
Neste momento crucial que deve definir o futuro de todos os Policiais Penais do Estado de São Paulo, quem vai virar o jogo e garantir que tenhamos os direitos básicos como Policiais seremos nós mesmos, pois o Sindicato somos nós.
No processo de discussão da Polícia Penal de São Paulo o SIFUSPESP tem sido a linha de frente desde o início. Seja apresentando diagnósticos e propostas ao governo, seja preparando um conjunto completo de emendas e pareceres jurídicos para os deputados ou denunciando as mazelas do sistema prisional e chamando a mobilização da categoria.
Mesmo com nosso Presidente Fábio Jabá afastado, devido a saúde abalada, por seus esforços incessantes em prol da categoria, Não podemos parar.
Por isso o SIFUSPESP convoca a categoria, nesse momento crucial para o futuro de todos os Policiais Penais chamamos a todos a estarem juntos conosco dia 10 na ALESP a partir das 11 horas, contamos com todos.
Abaixo o vídeo do em que ao lado do Vereador João Parra de Pacaembu o Deputado fala da tramitação
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