Devido a falta de efetivo, um incidente disciplinar leva a intervenção do GIR na unidade e termina com 21 presos removidos.
Na manhã de domingo (01) presos da cela 7 do raio 8 não se apresentaram para a contagem, apesar da indisciplina a visita de domingo aconteceu normalmente, após a saída dos visitantes os presos voltaram para a cela e foram comunicados de que seriam encaminhados ao pavilhão disciplinar.
Ao serem comunicados da punição, os presos começaram a desafiar os Policiais Penais proferindo ameaças, xingamentos e afirmando sua aliança com o PCC (Primeiro Comando da Capital) .
Foi ordenado o recolhimento dos pesos de garrafa PET usados no banho de sol e neste momento as demais celas do raio 8 se juntaram à indisciplina, batendo as grades e proferindo desafios a autoridade dos Policiais sendo necessário solicitar aos Policiais Penais da muralha cobertura para aquele setor da unidade. Três presos foram identificados como as principais lideranças da indisciplina.
Na manhã de ontem a unidade passou por uma Blitz geral e o GIR foi convocado à unidade tendo atuado até às 18 h e removendo um total de 21 presos.
Fruto da indisciplina generalizada foi registrado um boletim de ocorrência, e comunicado de evento para que os presos responsáveis sofram as devidas sanções disciplinares.
Falta de Pessoal ameaça a segurança
A falta generalizada de pessoal operacional ameaça cada vez mais a segurança das unidades prisionais.
68% das unidades de regime fechado tem população acima do índice máximo de lotação recomendado pelo CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária) , que é de 137%, a proporção de presos por Policial Penal é quase o dobro do recomendado, fato este reconhecido pelo Tribunal de Contas do Estado e o deficit de Policiais penais acima de 30% do efetivo.
Esse quadro de superlotação e deficit torna as unidades cada vez mais inseguras, pesquisa feita pelo Sifuspesp com policiais penais de 102 unidades mostrou que, nos cinco primeiros meses de 2024, ocorreram 203 agressões, um aumento de 276% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 54 agressões. A pesquisa apontou a existência de 67 servidores feridos no período. Houve registro de agressões em 69% das unidades pesquisada