O suicídio é reconhecido mundialmente como um problema de saúde pública, pois representa uma das principais causas de morte no mundo todo. Diante disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu em 2003 que o dia 10 setembro seria o dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) criaram a Campanha Setembro Amarelo em 2015.
Na perspectiva do SIFUSPESP, os riscos aos quais os Policiais Penais estão submetidos todos os dias, a sobrecarga laboral e os salários incipientes, aliados aos conflitos familiares e a problemas financeiros muito comuns na categoria, colaboram de maneira decisiva para que guerreiros e guerreiras percam seu chão, sua base, sua estrutura, e infelizmente tomem a decisão de tirar a sua vida, como se esta atitude colocassem fim aos problemas.
Não há dados oficiais sobre o número de registros de suicídio entre Políciais Penais em São paulo , mas o sindicato tem tido com frequência acesso a diversas ocorrências onde, até para preservar a dor dos familiares e por princípios éticos, evita fazer a divulgação.
Estado não cumpre ou regulamenta as leis
A Lei 14.531, de 2023, que prevê ações de apoio à saúde mental e de prevenção ao suicídio para profissionais de segurança pública.
Infelizmente até o momento não vimos quaisquer das medidas apresentadas na lei serem implementadas em nossa secretaria. As ações tomadas foram implementadas apenas para constar, e até mesmo o CQVIDAS tem sofrido um desmonte por falta de pessoal.
A Lei Federal corre o risco de repetir a Lei estadual Nº 12.622 de 2007 que Instituiu o Programa de Saúde Mental dos Agentes de Segurança Penitenciária, jamais foi regulamentada, e perderá sua validade com a transformação da carreira
O que vemos é que a proposta de Lei Orgânica em nenhum momento cita a proteção da saúde psíquica dos Policiais Penais, ao contrário,cria mecanismos disciplinares que devem agravar o assédio e a insegurança piorando a saúde mental, mostrando que o governo não se preocupa com os servidores.
Frente ao descaso do governo, ser o ombro amigo de alguém pode salvar vidas.
Quando uma pessoa está em crise, ela se sente sozinha e isolada. Se alguém se aproximar e oferecer ajuda, ela pode se sentir mais confortável em compartilhar seus sentimentos.
É importante que o "ombro amigo" esteja disponível para ouvir sem julgar ou dar conselhos. A pessoa que está em crise precisa sentir que é ouvida e compreendida.
Aqui estão algumas dicas para ser um "ombro amigo":
- Ofereça sua ajuda de forma sincera e genuína.
- Escute com atenção e empatia.
- Não julgue ou dê conselhos.
- Deixe a pessoa saber que você está lá para ela.
CVV uma ferramenta de apoio
Uma das ferramentas desenvolvidas pela campanha Setembro Amarelo é o Centro de Valorização da Vida(CVV). A organização atende a qualquer pessoa que solicite auxílio, por telefone ou chat, 24 horas por dia, em um movimento de escuta que cria um ambiente solidário e de cuidados, certamente responsável por preservar muitas histórias e fazer com que elas continuem em frente.
O acesso pode ser feito pelo site www.cvv.org.br ou pelo número 188. As ligações são gratuitas e estão disponíveis 24 horas por dia.