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Como prometido, o SIFUSPESP após convidar toda categoria,  fez-se presente na audiência que ocorreu na Associação Recreativa Esportiva dos Funcionários da Penitenciária de Presidente Venceslau

 

O SIFUSPESP esteve presente no dia 18 deste mês em audiência pública sobre a Proposta de Lei Orçamentária Estadual para 2019, realizada em Presidente Venceslau. O encontro ocorreu na Associação Recreativa Esportiva dos Funcionários da Penitenciária de Presidente Venceslau.

Após o sindicato estimular nossa base a comparecer e estabelecer diálogo direto com representantes do Governo Estadual para poder indagar e propor em favor de nossa categoria e de sua região, nosso tesoureiro-geral Gilberto Antônio esteve no encontro e pode apresentar muitas preocupações de nossa categoria, bem como nossas maiores dificuldades no que diz respeito a reivindicações políticas perante o Governo do Estado de São Paulo. Dirigindo-se a mesa e aos presentes, falou em nome dos funcionários do sistema penitenciário e destacou alguns pontos:

 

  1. Superlotação do sistema com déficit de 20 a 30 por cento em qualquer unidade, trabalhando-se com o dobro da capacidade (mais de 200% da capacidade é padrão de superlotação) é sempre difícil manter as condições de segurança.
  2. Saúde dos Servidores - precisamos que o governo implante 2% sobre a integralidade nos parece fundamental, ademais faltam médicos cadastrados no interior. O iamspe sofre muito problema fora da capital, Wenceslau (Santa Casa), Cidade de Prudente e Dracena reclamam o Iamspe em boas condições de funcionamento. Veja mais em:<https://sifuspesp.org.br/noticias/1940-240613audiencia>
  3. Data base e baixa remuneração em comparação a outros estados - Destacou o problema de uma data base dos servidores do Estado de São Paulo, tendo em vista que possui o quarto pior salário sendo o Estado mais rico do País. O que leva a uma perda de funcionários públicos no estado.
  4. Aposentadoria da categoria e Lei Orgânica - Aposentadoria do trabalhador penitenciário, possui um problema, se ele quando se aposenta não tem 5 anos no último nível de carreira alcançada, acaba tendo uma redução em seus recebimentos. Precisamos fazer uma Lei Orgânica urgente que contemple esta pauta.
  5. Bônus - No ano de 2014, ocorreu um acordo depois de uma greve  que não foi cumprido pelo governo do Estado. O atual governador abriu uma linha de diálogo que nos permite avançar na pauta, mas exige atenção de nossos representantes. O bônus não é uma coisa bem vista pela categoria, mas é o mínimo que podemos obter neste momento, diante de uma situação precária.

 

Veja o vídeo da fala do Tesoureiro do SIFUSPESP:

 

Conforme anunciamos em textos anteriores, durante todo o mês de junho ocorrerão audiências públicas sobre a Proposta de Lei Orçamentária para 2019. Veja mais em:

<http://www.sifuspesp.org.br/noticias/5576-audiencias-publicas-em-diferentes-cidades-debaterao-orcamento-estadual-para-o-ano-que-vem>

 

Convidamos a todos que sigam acompanhando e participando das atividades. As próximas audiências seguem nos seguintes locais:

 

20/06/2018 Câmara Municipal de Taubaté 10h00

21/06/2018 Câmara Municipal de Registro 10h00

25/06/2018 Câmara Municipal de Guarujá 18h00

26/06/2018 Assembleia Legislativa do Estado de SP 14h30

28/06/2018 Câmara Municipal de Ubatuba 18h00

29/06/2018 Câmara Municipal de São José dos Campos 10h00

29/06/2018 Câmara Municipal de Bragança Paulista         19h00



Avaliação do SIFUSPESP

Gilberto Antônio, tesoureiro do SIFUSPESP, afirmou que: "muitos de nossa categoria e de outros setores sindicais estranharam nossa posição em convocar a participação de todos nestes debates. Nós acreditamos em um processo de politização de nossa categoria através da participação".

Gilberto Antônio também fez um convite a todos: "Participe, nossa categoria tem alcançado respeito pela postura e atuação de muitos companheiros e companheiras de trabalho. Nosso sacrifício tem obtido resultados, muitas portas estão sendo abertas por nossa organização e pelo apoio de muitos". E lembre-se, o sindicato somos todos nós, unidos e organizados.



Segundo Raquel Dodge, procuradora-geral da República, o sistema penitenciário brasileiro é pouco discutido, estudado e sofre com má gestão política. MP se mostra interessado nas alterações feitas por Temer.

 

“O sistema prisional não está na agenda política do país”, foi o que disse a procuradora-geral da República e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Raquel Dodge, durante abertura do Seminário Internacional de Execução Penal, em Brasília, que teve início segunda-feira, 18/06 e segue até quarta-feira (20/06).

 

Durante o Seminário, Dodge apontou algumas das principais dificuldades pela qual passa o sistema prisional brasileiro, segundo sua visão e suas críticas foram amplamente divulgadas pela grande imprensa.

 

Entre os problemas citados estariam a má gestão dos recursos destinados ao sistema prisional já que a maior parte dos Estados acaba não utilizando adequadamente os recursos do FUNPEN (Fundo Penitenciário Nacional), a medida que o mesmo possui sobras anuais. Também a falta de coordenação e integração entre autoridades foi apontada, assim como anos de ausência de diagnóstico, com o Executivo definindo políticas públicas a partir de dados sempre defasados. Defende aqui o SUSP e o realocamento de recursos proposto por Temer em medida provisória.

 

A procuradora-geral propôs que a mudança estaria no “trabalho conjunto, de diálogo entre Ministério Público e Judiciário”. Para ela, o sistema prisional que não recupera o apenado e encarcera mal é um problema do país inteiro. Aqui aponta para um novo modelo de gestão (que pode ser privatizado) e demonstra interesse em disputar parte do sistema com o Executivo.

 

Análise da Conjuntura

Existe um esforço do Governo Federal, por meio da Medida Provisória 841/2018, que tramita na Câmara dos Deputados e tem como objetivo transferir recursos arrecadados pelas loterias federais para o Ministério da Segurança Pública. As verbas também sairiam dos Ministérios da Cultura e do Esporte para o Sistema Único de Segurança Pública, o Susp, que virou lei na última semana.

 

A estimativa é que os repasses, neste ano, sejam de R$ 800 milhões de recursos das loterias esportivas.Também existe um interesse de que empresas estrangeiras estejam presentes na realização de estudos preliminares para implementação de modelo de comunicação interna entre os diversos órgãos da segurança pública previsto pelo SUSP, para “embolsar” uma parte desse valor. O que acontece em nível federal é similar ao processo de políticas públicas ou análise feito por um grupo americano, dono de empresas privatistas na área da segurança, encaminhado pelo governo do Estado do Amazonas.

 

A parte disso, a imprensa brasileira tem ampliado em três níveis, desde o ano passado, a questão penitenciária.

  1. Por meio de novelas e séries tem estimulado a percepção da existência do sistema penitenciário, humanizando ou vulgarizando certas relações internas do sistema prisional, tirando da realidade. Assim, coletivamente, é criado um pensamento de determinadas necessidades e existências “baseadas no real”, mas fantasiosas. Analisando a segurança pública como carro chefe, não apenas da agenda do governo, mas das campanhas eleitorais, isso é perigoso.
  2. Existem críticas de longo prazo, como o da procuradora-geral da República Raquel Dodge, assim como de outros setores, que é um senso comum: a ideia de que o sistema penitenciário é um caos, que não ressocializa ninguém, de que é necessário que se faça algo, com a observação de que nunca é feito qualquer apontamento exato do que se fazer.
  3. Existem estudos, trabalhos de lobbies paralelos propondo a estimulação das APACs e de modelos de gestão de unidades que não ficam puramente na mão do Estado e que facilitam a privatização de setores ou de unidades inteiras. O próprio Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido por Dodge, apresenta uma cartilha de implementação de APACs para os estados, o que mostra que as críticas têm objetivos da busca da aceitação do pensamento da privatização. Se o sistema está perdido e nada há o que se fazer, qual a solução apresentada?
  4. O que se percebe é que não apenas o Susp, assim como a própria formação do novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, MP 821/2018, aprovado às pressas, nesta terça-feira, 19/06, sem nenhuma discussão ou palavra de nenhum dos senadores, estão sendo realizados sem a participação da sociedade civil, sem órgãos de classe. Isso pode representar um risco da utilização desses valores para a construção de unidades prisionais com a iniciativa privada. Inicialmente no espaço federal, mas com modelo de privatização, selecionando presos, para confirmar o lobby de ampliação de modelos de privatização, porque construção de presídios a partir daí é negócio que rende lucros.
  5. Se as organizações dos trabalhadores não se atentar para este momento, deixará aqueles que estimulam a precariedade do sistema para fazer negócios como única voz na condução da nova política de segurança pública, incluindo a questão carcerária. "Se os trabalhadores do sistema não forem ouvidos, verdadeiramente o sistema não muda", aponta Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP.

 

O Diretor de base de nosso sindicato Rogério Grossi, editor do blog Agente de Luta e colunista do Portal Sifuspesp, esteve em Brasília esses dias e confirma nossa análise. Veja o vídeo a seguir:

 

 

É com pesar que o SIFUSPESP lamenta o falecimento do agente de segurança penitenciária(ASP) João Batista de Almeida Neto. O servidor morreu em decorrência de um acidente automobilístico registrado neste domingo, 17/06, na SP-258, que liga os municípios de Itararé e Itapeva, no interior do Estado de São Paulo.

Almeida Neto tinha 69 anos e era aposentado do serviço de ASP. Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual, ele teria perdido o controle de seu veículo e batido de frente com um caminhão que seguia na direção contrária, morrendo na hora. O motorista do caminhão não sofreu ferimentos.

O SIFUSPESP se solidariza com a família e os amigos do ASP neste momento de imensa tristeza e se coloca à disposição para prestar o apoio necessário a todos.

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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