Por Flaviana Serafim
O SIFUSPESP esteve presente em uma série de atos públicos no litoral paulista, em mobilizações unificadas com sindicatos de trabalhadores portuários, de petroleiros, de professoras e também em solidariedade aos grevistas dos Correios.
Nesta sexta-feira (28), a direção de base participou de dois atos públicos. Um foi em apoio à greve dos Correios, com presença num piquete em diálogo com os trabalhadores em frente a uma das agências, em Caraguatatuba.
O outro, realizado em frente à Secretaria Municipal de Educação, foi o “Sim para a vida, não à volta as aulas presenciais” devido à pandemia, mobilização que também pautou o embate contra as terceirizações, as privatizações, a desnacionalização e a retirada de direitos trabalhistas.
Além dos SIFUSPESP, o ato público contou com a participação dos metalúrgicos de São José dos Campos, da ArtSind da APEOESP na cidade, da Corrente Proletária na Educação e do Coletivo pela Educação Pública.
Na quinta-feira (27), o SIFUSPESP prestou apoio ao movimento dos trabalhadores portuários de São Sebastião, que estão em greve por tempo indeterminado devido à falta de negociação de campanha salarial por parte da Companhia Docas de São Sebastião. Como parte do protesto, foram barradas mais de 50 carretas com carregamento de milho e houve ainda o bloqueio de um navio atracado.
Como membro do Fórum de Sindicatos do Litoral Norte, o SIFUSPESP acompanhou a greve dos doqueiros que reivindicam reajuste, manutenção do acordo coletivo, cumprimento do dissídio de 2018 e 2019, e a não privatização da Companhia Docas.
No início do mês, em 7 de agosto, participou ainda do ato nacional “Dia de luto, dia de luta”, em defesa da vida e do emprego em meio ao cenário da pandemia de coronavírus que já vitimou mais de 100 mil pessoas no país. A manifestação foi realizada no Terminal Almirante Barroso (TEBAR - Petrobrás).
Gestora do transporte de 32 milhões de habitantes, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo está no alvo do projeto de extinção do patrimônio público defendido por João Doria. O fim da EMTU não vai economizar recursos, mas população será afetada com fim dos serviços prestados
Por Flaviana Serafim
Com a justificativa de reduzir um déficit de cerca de R$ 10 bilhões nas contas públicas do Estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) deu início a mais um pacote de maldades que afeta o funcionalismo e toda a população com a extinção ou privatização de dezenas de empresas e autarquias públicas, como propõe no Projeto de Lei (PL) 529/2020 enviado à Assembleia Legislativa (Alesp).
A sanha em dar cabo ao patrimônio público é tamanha que Doria também quer extinguir até empresas autossuficientes e cujo funcionamento é independente dos cofres públicos, como é o caso da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP).
Controlada pelo governo estadual e vinculada à Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos (STM), a EMTU atua em 134 municípios paulistas, atende 32 milhões de habitantes, sendo responsável por fiscalizar e regulamentar o transporte metropolitano de baixa e média capacidade em cinco Regiões Metropolitanas (São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Litoral Norte, Sorocaba e Vale do Paraíba).
Concursada em regime celetista e há 26 anos na EMTU, a trabalhadora Lomas Alcalai Camargo atualmente representa os empregados como Conselheira de Administração, e pontua a relevância da empresa. Ela ressalta que a luta frente ao PL 529/2020 é para provar aos deputados da Alesp que a extinção da EMTU não vai gerar nenhuma economia, pois a empresa é autossuficiente, e a população que depende dos serviços será afetada negativamente.
Com o slogan “Não deixem a mentira destruir este patrimônio construído com tanto sacrifício!”, os trabalhadores e as trabalhadoras divulgaram um manifesto à população e outro manifesto contra a extinção da EMTU e em defesa dos usuários do transporte público, voltado aos deputados estaduais, entregue ao presidente da Alesp, Cauê Macris, neste 17 de agosto.
Além da gestão das linhas metropolitanas, a EMTU presta outros serviços essenciais principalmente à população mais vulnerável. Entre eles, o Passe Livre aos estudantes de baixa renda, o SEC - Serviço Especial Conveniado, mais conhecido como Ligado, que tem vans adaptadas com transporte porta a porta para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, e é realizado num convênio com a Secretaria Estadual de Educação, que custeia o serviço.
Segundo Lomas, “não somos só uma gestora das linhas metropolitanas, mas sim de serviços públicos essenciais à população mais carente, como o serviço Ligado, que tem 95% de aprovação. O convênio com a Secretaria de Educação garante a inclusão de estudantes, crianças e adolescentes com autismo, síndrome de Down e outras dificuldades de mobilidade, além da carteira do passageiro especial aos adultos com deficiências, entre outros serviços”.
Sobre os desafios deste embate contra a entrega do patrimônio público, a conselheira alerta que o projeto de Doria trata de muitos assuntos importantes em caráter emergencial, “o que atrapalha para que cada item seja estudado profundamente, como o motivo e seus impactos à população, visto que não há nenhuma documentação que demonstre que ocorreram tais estudos com relação às extinções”.
Ainda de acordo com Lomas, o projeto não demonstra planejamento, pois os serviços elencados acima não têm vislumbre de continuidade e cabe ao Executivo decidir o que é essencial. A meu ver haverá a precarização dos serviços públicos, quanto à informação, encarecimento e até a supressão dos mesmos”, conclui.
A EMTU em números
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo atende 134 municípios e 32 milhões de habitantes, o que representa 68% do total de 45 milhões de habitantes das Regiões Metropolitanas do estado onde a EMTU atua. Atende ainda 19.791 instituições de ensino.
A gestão de 926 linhas de transporte em operação envolve 6.042 veículos da frota do sistema regular, 19.500 veículos de fretamento e 532 do sistema LIGADO. Tem 501 empregados, 309 terceirizados, 92 estagiários e 17 aprendizes, e o nível de satisfação dos usuários é superior a 95%.
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Servidoras voltavam de carro do trabalho quando foram atingidas por outro veículo em avenida da cidade do interior paulista
por Giovanni Giocondo
Duas policiais penais ficaram feridas após um carro invadir a contramão e atingir de frente o veículo em que elas estavam em Mogi Guaçu, no interior do Estado. O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (26).
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, a condutora do outro automóvel também teve diversos ferimentos. As três foram encaminhadas para atendimento na Santa Casa da cidade e não correm riscos.
As policiais penais retornavam do trabalho na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu quando aconteceu a colisão. Enquanto uma das servidoras já foi liberada, a outra permaneceu em observação por ter batido a cabeça, mas passa bem.
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