Na tarde de hoje(11/11) por volta das 14 horas um Policial Penal foi ferido por estilhaços de vidro após um preso quebrar o vidro da gaiola com um soco.
Os presos estavam saindo para o trabalho, durante este procedimento os presos saem sem algemas.
O preso que feriu o guarda se aproveitou do momento que os outros saiam para atendimento e correu até a gaiola desferindo um forte soco no vidro, que se estilhaçou e feriu o policial, que sofreu cortes no braço.O vidro foi instalado para permitir o uso de ar condicionado naquele posto de trabalho.
Segundo informações obtidas pela imprensa do SIFUSPESP o preso aparentava estar drogado no momento da agressão.
Segundo um relatório de inspeção da 6ª RAJ datado de 05/09 o CPP possui 131 Policiais Penais para uma população de 1459 presos, ou seja a proporção de Policiais para presos é de mais de 11 presos por Policial Penal, mais do dobro recomendado pelo CNPCP, a unidade tem capacidade para 1080 presos.
A escassez de pessoal é um dos fatores críticos para o aumento das agressões nas unidades prisionais do estado, visto que impacta diretamente a capacidade de manutenção da segurança e disciplina.
Mais uma vez a falta de segurança nas unidades de regime semiaberto vitimiza os Policiais Penais, na semana passada um policial penal foi agredido por um preso do semiaberto na PFC quando o Policial tentou apreender um celular em posse do mesmo.
O SIFUSPESP está buscando maiores informações sobre o estado de saúde do Policial agredido.
Preso abriu as algemas e se evadiu dos Policiais Militares.
Na quarta feira dia 06/11 Policiais Penais do CDP de Taiúva impediram a fuga de preso recapturado pela Polícia Militar.
A transferência estava ocorrendo na garagem da unidade próximo ao acesso de visitantes, e portanto fora da área de tiro dos Policiais Penais da muralha.
Quando os PMs abriram a parte traseira da viatura para retirar o preso o mesmo se evadiu, correndo em direção à subportaria.
A subportaria do CDP Taiúva normalmente é guarnecida apenas por uma Policial Penal feminina,porém naquele dia a mesma se encontrava acompanhada de outro Policial Penal pois estava ocorrendo a recepção do “jumbo” entregue pelos visitantes.
O Policial Penal conseguiu dominar o fugitivo e o devolveu à custódia dos militares.
Foi constatado que o preso tinha aberto as algemas enquanto estava no interior da viatura da PM, o que facilitou sua tentativa de fuga.No momento da fuga o preso ainda se encontrava sob a responsabilidade dos PMs.
A entrega de recapturados diretamente nas unidades prisionais é regulada pela Resolução Conjunta SSP/SAP nº 03, de 21 de junho de 2024, porém a mesma não estabelece procedimentos padronizados para a transferência, neste caso o fato da transferência ter ocorrido numa área externa foi determinante para a tentativa de fuga.
A entrega de presos na parte externa das unidades prisionais fragiliza a segurança do processo de transferência e cria riscos desnecessários aos policiais.É fundamental que a SAP e a SSP padronizem o procedimento de forma a evitar que incidentes deste tipo voltem a ocorrer.
No dia de ontem (06/11) um policial penal flagrou um preso com falando em um micro celular durante o procedimento de revista.Foi ordenado que o preso entregasse o aparelho, o mesmo se negou e agrediu o Policial com uma cabeçada e uma mordida no braço.
Outros integrantes da equipe da unidade partiram em auxílio ao Policial agredido contendo o agressor e confiscando o celular.
Outros presos tentaram impedir a ação dos Policiais Penais que conseguiram conter o princípio de motim sem o uso de força.
Como já havia sido alertado pelo SIFUSPESP a unidade não possui estrutura adequada de segurança para um semiaberto masculino e sua proximidade com o parque da juventude só piora a situação.
Conforme informações obtidas pela imprensa do sindicato, o Parque da Juventude está servindo de base para os “ninjas” que buscam arremessar ilícitos para dentro da unidade.
O parque foi construído no terreno da antiga casa de detenção do Carandiru e faz divisa com a unidade prisional.
Arremessos, problema crônico nos semiabertos
As unidades de regime semiaberto são alvos constantes da ação de “ninjas” que tentam arremessar ilícitos para dentro das unidades, sendo os casos mais críticos a Pemano de Tremembé e o CPP de Mongaguá.
Em diversas ocasiões os “ninjas” já efetuaram disparos contra policiais penais que tentavam impedir suas ações.
Localização da unidade causa preocupação
Devido ao fato da unidade prisional fazer divisa com um espaço público, com grande circulação de pessoas e que abriga uma ETEC, a ação dos Policiais Penais na segurança externa fica prejudicada, pois nessas circunstâncias o emprego de armas de fogo para conter os criminosos gera risco às pessoas que transitam pelo local.
Improvisos prejudicam a segurança
Atualmente a Penitenciária da Capital, abriga 501 presos de regime semiaberto, parte dos quais estava no CPP Butantã, que foi reinaugurado sem as condições de segurança adequadas, o que resultou em um série de fugas e um motim.
A falta de segurança obrigou a SAP a transferir provisoriamente os presos para Franco da Rocha até que as presas da PFC fossem transferidas para o Butantã para que fosse feita a troca.
Embora a unidade de Santana possua muralhas, ao contrário da maioria dos semiabertos, suas deficiências estruturais e sua proximidade com equipamentos públicos fragiliza sua segurança e traz riscos aos Policiais Penais e à população ao redor,em especial ao frequentadores do Parque da Juventude e aos estudantes da ETEC de mesmo nome.
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