Por Flaviana Serafim
Os concursados da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) completam nesta quarta-feira (11) o terceiro dia do acampamento na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), montado na segunda (9) como forma de resistência e pressão por chamadas já. Eles prometem que só sairão do local depois da publicação de nomeações no Diário Oficial ou do compromisso formal do governo estadual com o cronograma de convocações
Entre outras atividades do dia, a principal foi a participação dos concursados na reunião da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, da Alesp. Com faixas e cartazes, eles ocuparam o plenário José Bonifácio da Alesp e dialogaram com diversos deputados membros da comissão.
Como resultado, o Delegado Olim (PP), presidente da Comissão, se comprometeu a tratar do problema da falta de nomeações e do déficit de funcionários. Com o posicionamento de outros deputados favoráveis à luta dos concursados, Olim garantiu que vai convocar o secretário coronel Nivaldo Restivo (SAP) para dar explicações sobre a situação aos parlamentares. Segundo a previsão do parlamentar, a audiência seria no início de abril.
“Há concursados aguardando convocação desde 2014, muitos deixaram seus serviços por conta da investigação social, perderam o emprego e nada de chamadas. Já cobramos o líder do governo, Carlão Pignatari, já falamos com a Casa Civil, fizemos protestos, já fizemos de tudo. Isso é um descaso”, criticou a deputada Adriana Borgo em sua fala durante a reunião.
O deputado Luiz Fernando (PT) disse que recebeu uma comissão de policiais penais denunciando o déficit de funcionários no sistema prisional paulista e insistiu em se reunir com Restivo antes da convocação da Alesp, pontuando: “É preciso ficar claro: ou vamos denunciar o coronel Restivo e vamos à imprensa, ou vão enrolar”.
Em resposta sobre a convocação de Restivo, a deputada Adriana Borgo disse que o secretário da SAP “é bastante receptivo, mas o problema é o governador. Há um rumor de virar as cadeiras por conta do Marcola e não tem efetivo nenhum. São quatro funcionários por cadeia com população carcerária com mais de mil detentos, isso não existe ”, completou a parlamentar.
Também favorável à luta dos trabalhadores penitenciários e dos concursados, a deputada Isa Penna (PSOL) reforçou seu apoio, alertando para os problemas de saúde e a pressão da precariedade sofrida pelos servidores.
“Esses profissionais são submetidos a níveis de estresse absurdos e são trabalhadores que precisam ter suporte na hora de enfrentar alguma situação como as que vem acontecendo pelo Brasil. Esses concursados precisam ser chamados, até porque têm esse direito adquirido”, concluiu.
Colabore com o acampamento dos concursados
Para manter a luta no acampamento de resistência, os concursados contam com a solidariedade da categoria por meio de doações na conta bancária abaixo e também com doações de alimentos, cobertores e colchonetes diretamente na Alesp. Os dados para depósito ou transferência bancária são:
Caixa Econômica Federal
Agência 4132 - Operação 013
Conta poupança 00016005-0
Risomar Dias Costa
CPF 113.112.248.82
Por Redação - SIFUSPESP
O policial penal Samuel Correia Lima, do Centro de Detenção Provisória de Mauá, vítima de assassinato no último dia 9, em Santo André, foi sepultado na tarde desta terça-feira (10).
A cerimônia fúnebre foi marcada por tristeza, comoção, e reuniu dezenas de familiares, amigos e parentes de Lima, além da presença de policiais penais do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) que prestaram homenagem ao servidor. De joelhos, os membros do GIR rezaram juntos na homenagem de despedida ao policial penal (confira o vídeo).
Lima foi assassinado na segunda-feira (9) por dois homens de motocicleta que chegaram efetuando diversos disparos dentro de uma loja de material de construção da Rua João Caetano, no centro de Santo André, no ABC paulista. O policial penal não resistiu e morreu no local.
Os tiros também atingiram duas mulheres, uma na perna e outra no braço, mas os disparos foram superficiais e as vítimas estão bem, segundo informações da Polícia Militar.
Além da perícia feita no local, toda a Polícia está empenhada na investigação e descoberta dos assassinos.
O texto do projeto de lei complementar e da lei orgânica estarão em pauta nas próximas reuniões
Por Redação - SIFUSPESP
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) prorrogou por mais 60 dias as atividades do grupo de trabalho (GT) criado em janeiro para a regulamentação da Polícia Penal no Estado de São Paulo.
Entre as atividades realizadas até o momento, foi elaborado o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual e, por meio de subgrupos, debatida e delineada a reorganização do organograma da SAP.
As reuniões semanais continuam e, partir de agora, estarão em pauta no GT a elaboração do texto com os projetos de lei complementar e também da lei orgânica que contemplará todas as carreiras do sistema prisional paulista.
Presidido por Luiz Carlos Catirse, secretário executivo da SAP, o GT da Polícia Penal é integrado por técnicos e por representantes do Fórum Penitenciário Permanente, formado pelo SIFUSPESP, SINDASP e pelo SINDCOP.
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