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Alerta é do deputado Carlos Giannazi(PSOL) sobre maquiagem feita no orçamento para falta de valorização do funcionalismo, que pode omitir tendência à terceirização

 

Em um momento de crise econômica deflagrada em diversos Estados do Brasil, casos evidentes do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo, São Paulo parece continuar a navegar em um mar de tranquilidade.

Não é o que alega o governo da unidade da federação com o maior orçamento do país, perdendo apenas para a União, e à frente até de países sul-americanos, como a Argentina e o Chile. Para 2017, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) aprovou um orçamento de R$206 bilhões para a máquina estatal paulista, um montante R$4 bilhões inferior a 2016.

Essa queda na arrecadação, aliada à falta de repasses do governo federal para o Estado, são fatores que têm sido utilizados pelo governo Geraldo Alckmin para justificar a falta de investimentos, o que passa pela não valorização dos servidores públicos, sendo que muitos deles, como os funcionários do sistema prisional, estão sem aumento desde 2014.

Mas para o deputado estadual Carlos Giannazi(PSOL), que tem estudado com afinco a formação do Orçamento Estadual e participado das comissões que o discutem, falta ao governador transparência para mostrar aos servidores públicos e a todos os paulistas o destino de boa parte do dinheiro disponível nos cofres do Palácio dos Bandeirantes.

“Em primeiro lugar, não procede a informação de que o Estado de São Paulo corra qualquer risco de chegar a um patamar econômico tão baixo tal qual vem acontecendo com outros Estados brasileiros nos últimos anos. Essa queda na arrecadação é um valor ínfimo diante das receitas. O que falta na verdade, na minha opinião, é falar realmente para onde os recursos públicos estão sendo destinados e a que interesses estão servindo”, explica.

De acordo com Giannazi, para 2017, Alckmin autorizou uma desoneração fiscal da ordem de R$15 bilhões para empresas devedoras de tributos no Estado. “Essa escolha por deixar de arrecadar impostos para servir ao que exige o grande empresariado é, na minha opinião, o principal fator que leva o Estado a alegar não ter recursos para investir na saúde, na educação e na segurança, além da geração de empregos”, ressalta.

Outro destino comum dos recursos do Estado é o pagamento da dívida pública e seus juros, nos mesmos moldes da União. Verba para instituições financeiras e rentistas seguirem com seus ganhos e seus lucros enquanto a população paga a conta da “crise”. “Por outro lado, a dívida passiva do governo com servidores e com a população em geral, incluindo aí os precatórios, não está sendo paga para poder sustentar esses privilégios”, informa.

Para o deputado, este é o modus operandi do PSDB desde que assumiu o governo paulista, no início dos anos 1990 - política de arrocho salarial, falta de valorização de servidores, sucateamento dos serviços públicos e enormes concessões à iniciativa privada. “Nesse cenário, apenas a luta e a união do funcionalismo podem garantir que se obtenha o tão sonhado reajuste e se evite uma conjuntura ainda pior em um futuro próximo”, alerta.

Na opinião de Giannazi, esse cenário caótico, da terceirização irrestrita, pode ser a consequência da falta de mobilização dos servidores. “O que vemos hoje é um déficit profundo de funcionários em diversos setores, a rara existência de novos concursos e, consequentemente, a queda da qualidade nos serviços prestados à população”, esclarece.

“Por esse motivo, é preciso batalhar contra essa política antes que o Estado estenda a terceirização a setores essenciais e este seja um caminho sem volta e prejudicial a todos os que dependem do bom funcionamento das unidades prisionais, dos postos de saúde e hospitais, das escolas e das universidades”, finaliza.

 

 

 

O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual(IAMSPE) realiza na próxima sexta-feira, 29/09, a partir das 8h30 em São Paulo, o 8º Seminário Temático Estadual de Promoção e Proteção à Saúde, que tem como objetivo a Prevenção ao Suicídio e integra a programação do Setembro Amarelo.

O evento, que também entregará o 5º Prêmio Prevenir, acontecerá no Auditório do Centro Integralidade do IAMSPE, que fica na avenida Ibirapuera, 1215, na zona sul da capital paulista, próximo ao Parque Ibirapuera.

Ao longo da programação, serão feitos uma série de diálogos e exposições sobre o tema. Pela manhã, o voluntário do Centro de Valorização à Vida, Tino Perez, fala sobre “O papel da sociedade na conscientização e prevenção do suicídio”.

A seguir, fará sua exposição a Dra. Emanuelle Garmes, responsável pelo Pronto-Socorro Psiquiátrico do IAMSPE, com a discussão “A experiência do serviço de psiquiatria do Hospital do Servidor Público Estadual.

Na parte da tarde, o Dr. Neury José Botega, professor titular do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp), que é especialista em depressão e seus impactos sobre a saúde, prevenção ao suicídio e autor de diversos livros na área, vai debater a “Epidemiologia do Comportamento Suicida”.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas apenas através do preenchimento do formulário disponível neste link: Inscrições. Outras informações podem ser obtidas pelo site: www.iamspe.sp.gov.br

 

 

Na próxima quarta-feira (27/09) a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pode votar o Projeto de Lei do Senado (PLS) 513/2013, do senador Renan Calheiros (PMDB). O PLS em pauta altera a Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/1984) e pretende contribuir para a diminuição da superlotação das penitenciárias brasileiras.

O PLS 513/13 prevê o impedimento da ultrapassagem da capacidade máxima de presos por unidade prisional. Se aprovado, toda vez que um estabelecimento penal atingir sua capacidade de lotação será realizado mutirão para verificação da situação legal dos presos e possibilidades de liberações.

Caso, ainda assim, o problema da superlotação do estabelecimento persista, os detentos que estiverem mais próximos de terem suas penas cumpridas serão liberados antecipadamente .O projeto ainda prevê mais de 200 alterações na LEP.

Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo(SIFUSPESP), Fábio Ferreira César, o projeto em questão deve ser visto e discutido com cautela.

 

“É necessário sim que seja feita uma revisão criminal em todos os processos de menor ou de maior dano. Existem pessoas que já cumpriram o mínimo legal para permanecer em reclusão. Entretanto, as leis para crimes mais graves precisam ser mais severas”, afirma.

 

 

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