Hoje se comemora o dia do ASP, esta é uma data que não queríamos mais comemorar, queríamos comemorar o dia 4 de dezembro, o dia do Policial Penal.
Nesta data que celebra aqueles que dedicam suas vidas a proteger a sociedade, garantindo a segurança e a disciplina no lugar em que ninguém deseja estar.
Trabalhando diariamente com aqueles que a justiça decidiu segregar da sociedade, sabendo do perigo de cada plantão e vendo que ressocialização que seria o objetivo de onde trabalham é pouco mais do que uma palavra bonita escrita em tratados jurídicos.
Mesmo trabalhando sem condições adequadas em um ambiente que em nada favorece que a função determinada pela lei que é a de ressocializar e reintegrar indivíduos a sociedade seja cumprida, ainda conseguem fazê-lo.
Sendo cada vez mais difícil garantir a segurança, que é a condição básica para que qualquer outro serviço funcione, os plantões continuam fechando.
Com baixo efetivo, colegas adoecendo pelo estresse, excesso de trabalho e tristeza pela desvalorização continuam garantindo a ordem nas unidades.
Comemoramos o dia de hoje com tristeza e revolta, pelas palavras não cumpridas, a valorização prometida e que não vai vir, o descaso e os prazos que sempre são jogados para um futuro incerto.
A data que deveria ser comemorativa,deixa o gosto amargo de quem foi enganado e mais uma vez esquecido.
Neste 12 de maio desejamos apenas que o Governo Tarcísio cumpra o que prometeu!
Hoje é dia das Mães, neste dia muitas Policiais Penais que são mães não podem receber o abraço dos filhos pois estão de plantão defendendo a sociedade.
Muitas têm que morar longe dos filhos devido a LPT que não funciona, das escolhas de vagas que não foram efetuadas.
Muitas estão preocupadas com os filhos que trabalham em um dos ambientes mais perigosos do mundo, mas com certeza orgulhosas de terem criado pessoas que zelam pelo bem da sociedade. Outras cuidam dos netos enquanto suas filhas, também Mães, defendem o pão de cada dia.
Hoje é dia de lembrar aquelas que nos deram o bem mais precioso, que é a vida. Estejam elas presentes ou ausentes.
Mães que estão conosco sempre, neste mundo ou apenas em nossos corações,pois as Mães são eternas, são parte de nós e sempre nos acompanharão.
Parabéns a todas as Mães, Mães Guerreiras do Sistema Prisional e a aquelas cujos filhos e filhas fazem o sistema funcionar.
Mães são amor, sacrifício, cuidado e compreensão, neste dia o SIFUSPESP em nome de todos os trabalhadores do sistema prisional lhes deseja um Feliz dia das Mães.
Unidade é alvo frequente de criminosos, falta de condições de segurança e baixo efetivo acabam agravando o quadro.
Na noite de sexta-feira 11 de maio, dois “ninjas” acabaram mortos em confronto com a PM após uma tentativa de arremesso frustrada pela equipe do CPP Mongaguá.
Dois indivíduos tentar arremessar mochilas com aparelhos celulares, e diversos objetos além de uma arma de fogo para dentro da unidade.Os Policiais Penais que trabalham na ronda da unidade foram orientados pelos Policiais Penais que se encontravam nas torres de vigilância da unidade e acabaram trocando tiros com os criminosos que se evadiram para a área de mata na parte de trás da unidade, os Policiais Penais acionaram a PM via COPOM que cercou os indivíduos na área de mata, onde ocorreu o confronto resultando na morte dos dois suspeitos.
Ocorrência inédita
A tentativa de arremesso de armas de fogo para dentro de um CPP ainda não tinha sido registrada pela imprensa do SIFUSPESP e representa um fator de alarme, com a protelação por parte do governo da aprovação da Polícia Penal o déficit funcional só se agrava, devido a falta de regulamentação apenas os Policiais Penais da vigilância e escolta tem armas acauteladas o que contribui para a insegurança das unidades , pois o crime organizado sabe deste fato e o leva em conta quando empreende este tipo de ação.
Material aprendido incluía uma arma, celulares e até bebidas devidamente rotuladas pelo tipo
CPP Mongaguá uma das unidades mais perigosas do sistema prisional
Os Policiais Penais que atuam no CPP de Mongaguá são verdadeiros herois, contando com apenas 110 Policiais Penais e uma população de 2089 e contando com apenas três Policiais Penais armados para fazer a segurança de uma área de 13.850,00 m² a unidade é frequentemente palco de ocorrências de segurança. No final do mês passado um ex-detento foi baleado tentando arremessar ilícitos para dentro da unidade, drones, arremessos e ataques de “ninjas” e motins são uma constante na unidade.
Em 2021 o SIFUSPESP solicitou à justiça a interdição desta unidade por falta de segurança, a partir do que foram colocados policiais penais armados na ronda da mesma,porém dado ao número reduzido e falta de estrutura de segurança isso virou apenas um paliativo que não impediu que o CPP Mongaguá continue sendo uma das unidades mais perigosas do Sistema Penitenciário de São Paulo.
O SIFUSPESP mais uma vez parabeniza os herois do CPP Mongaguá e espera que o governo que diz apoiar a segurança pública não os mantenha abandonados como fez até agora.
Sucateamento do sistema coloca todos em risco
O Governo Tarcísio encontra-se próximo de bater o recorde do governo Dória de maior tempo sem reposição de quadro funcional, e atualmente a SAP tem o menor efetivo desde de 2013, ano passado mais uma unidade prisional já foi inaugurada com o quadro de pessoal incompleto, faltam Policiais Penais nas carceragens, muralha e escolta. Faltam profissionais em todas as áreas da SAP: administrativo, saúde e ressocialização. Sendo que nesta última teremos um agravo devido a previsão de exame criminológico para todos os presos que façam jus a progressão de regime.
A atual política do Governo Tarcísio a despeito das promessas é de desvalorização dos profissionais e sucateamento do sistema, contradizendo totalmente suas promessas de fortalecimento da segurança pública, visto que não se combate a criminalidade e o crime organizado sem o fortalecimento do sistema penitenciário.
Mais uma vez alertamos que o atual governo está colocando em risco a segurança do sistema prisional e da sociedade, esperamos que nosso alerta seja ouvido antes que se repitam os terríveis eventos de 2002 e 2006 quando uma série de rebeliões e ataques abalaram a sociedade paulista deixando um rastros de mortes.
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