Na madrugada de sábado para domingo, sete presos fugiram da Ala de Regime Semiaberto da Penitenciária I de Mirandópolis, segundo as informações os presos serraram as grades de um dos pavilhões do semiaberto.
Após serrarem as grades os presos pularam o alambrado e se evadiram para uma área de mata nas proximidades.
Dos sete fugitivos quatro são de Andradina e os restantes de Itanhaém, São Paulo e Presidente Venceslau.
Os presos que fugiram foram identificados como:Abiner Augusto Garcia Silva,Andriws Nunes Machado,Brunno Ferreira Mendes,Carlos Welton Brito Silvestre,Leonardo Ardenghi Da Costa,Leonidas Fernandes Da Silva e Lucas Matheus Ferreira De Oliveira.
A Ala de regime Semiaberto da PI de Mirandópolis tem capacidade para 516 detentos e atualmente tem uma população de 778.
O quadro de pessoal da unidade está extremamente defasado e não há Policiais Penais em número suficiente para cobrir todos os postos.
Este incidente reforça a análise feita pelo SIFUSPESP de que o sucateamento do quadro de pessoal e das instalações prisionais que vem sendo implementado pelo Governo Tarcísio e pela atual gestão da SAP coloca a sociedade em risco.
Este ano houveram 4 tentativas de fuga em unidades de regime fechado, o número de agressões e princípios de motins tem crescido, refletindo a fragilização da segurança das unidades prisionais.
Cabe lembrar que o cancelamento de um concurso público no ano passado sob o pretexto de que a Polícia Penal seria regulamentada em breve causou o maior déficit funcional da história da SAP.
A redução de verbas imposta pelo Governo Tarcísio piorou o fornecimento de itens básicos para a população carcerária e as condições de manutenção das unidades.
A somatória de baixo quadro de pessoal com péssimas condições materiais é uma receita para o desastre no sistema prisional e o SIFUSPESP já vem alertando isso ao atual governo desde antes de sua posse.
Neste momento a regulamentação da Polícia Penal, abertura imediata de concursos para todas as áreas e valorização dos trabalhadores é a única forma do governo reverter a situação dramática em que se encontra o maior sistema prisional da América Latina.