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Considerando que grande parte de nossa categoria optou por votar em Jair Bolsonaro para Presidente da República, com a vitória de João Dória muitas pessoas de nossa categoria passaram a indagar e buscar resposta no SIFUSPESP, para o indicativo de opções e bandeiras de luta com objetivo de manter direitos e obter garantias e novos direitos. No entanto parte dos nossos acabou apostando em França e outra parte em Dória, uma vez que o candidato tucano acabou recentemente declarando apoio, melhorias de condições de trabalho e mais contratações em nosso setor. 


Novo momento político e social no Brasil
Há no cenário no entanto, na sociedade civil, um claro indicativo em favor do politicamente incorreto, de mecanismos fora da lógica convencional e de formalidades. Mas com interesse de gerar soluções com resultado e sem riscos.

Neste cenário, com uma ação inesperada no ano passado, passamos a ser respeitados por nossa coragem, caráter e força. Neste momento, também ocorreu a abertura da consciência de luta e organização dentro de nossa categoria, porque recém empossada em uma eleição histórica, a nova diretoria do SIFUSPESP, Lutar para Mudar, iniciou um processo de maior consciência na categoria que passou a entender que os resultados e conquistas não são mágicos, mas fruto de organização e leitura da realidade por parte das corporações.

Por isso é que o SIFUSPESP, avaliando a conjuntura e atuando de forma estratégica, travou lutas, sempre explicando cada passo a sua categoria, travou muitas lutas mas ainda não conseguiu obter com sua categoria vitórias consolidadas. Mas por hora estamos recuperando materialmente nosso sindicato, sua imagem e respeitabilidade junto a categoria, e iniciando o sentido de organização e tarefas estrategicamente pensadas junto com o diálogo direto com todos. Até este momento avaliamos bem esse processo. E depois destas eleições nasceu uma esperança e visão clara de modernização do sistema em diversos setores de nossa categoria, isso temos certeza.

O que conquistamos e o que devemos fazer?
Nessa eleição, acabamos obtendo a ampliação de nosso reconhecimento social (viramos tema de debate nacional e regional, também séries e filmes), de apoios declarados e de maior força para exigir, só não avançamos mais porque nossos sindicatos separados, dividem nossa categoria e temos que unificarnos de uma vez, em um sindicato único para proteger todos os trabalhadores penitenciários. Consideramos importante, buscar novamente os sindicatos e propor um processo de unificação sindical.

Afinal, a vida é feita de altos e baixos, mas a capacidade de identificar nosso adversário, identificar nossas fraquezas e fortalezas, permite gerar formas de negociação e adaptação mesmo em momentos de maior pressão.

Fortalezas temos agora no avanço em nossa consciência política, que levou a apresentação de diversas candidaturas dentro de nossa categoria e que levou a outros candidatos a apoiar causas de nossa categoria. Este passo foi importante. Assim que identificamos na Figura do Major Olímpio um ponto de diálogo que tem forte vínculo com o governo federal que deve comandar os destinos nacionais a iniciar-se no próximo ano. Major Olímpio tem orientado um diálogo de modernização e criação de amplos mecanismos de inteligência para integrar um sistema de segurança pública que inclua todas as polícias, e nós temos propostas neste sentido que passa pela valorização do sistema penitenciário existente.


União da segurança pública como bloco, contra o crime organizado, por ordem e paz social
O próximo Ministro do Exército a comandar a instituição militar deverá ser um militar comprometido com metas de organização territorial e inteligência. E todos sabemos que esse objetivo só ocorrerá se estivermos preparados para um conflito com o crime organizado que agora inicia uma grande fusão no território nacional, para criar uma grande multinacional do crime.

Nesse cenário, considerar como alternativa simples e dura: privatizar o sistema prisional em parte ou no todo, selecionando presos com foco em metas de produção econômica nas unidades privadas, guarda muitos problemas. Todos os casos de prisões privadas no Brasil significaram maior custo para o Estado comparado às unidades públicas. Portanto, no mínimo, há que se considerar um meio termo, que favoreça os trabalhadores do sistema penitenciário para compor uma burocracia mais treinada, com apoio psicológico constante em cada unidade, com forte sentido de organização e disciplina a exemplo do GIR e de alguns órgãos e ações de coordenadorias e unidades que pelo esforço das equipes de trabalho produzem alternativas que deveriam passar a ser regra no sistema penitenciário.

Por isso produzimos durante as eleições um documento para dialogar com a sociedade brasileira e com as candidaturas que estavam em disputa, considerando pontos de vista presentes nos dois lados. Não desejamos que a implementação de capital privado, sem definir princípios claros e sem buscar evitar que o crime organizado venha infiltrar-se nos negócios de empresas privadas penitenciárias no Brasil é um risco a soberania nacional. Risco maior, entregar ao crime organizado indiretamente a definição sobre a vida das pessoas. Para evitar isso temos que investir na modernização de nosso sistema já existente. Sucatear o sistema público corresponde a um risco muito grande para a segurança da sociedade paulista e brasileira. Saberemos levar esta informação para todos. 

 

Plataforma de Lutas
Agora devemos buscar construir uma plataforma de lutas e apresentar nossas idéias com a finalidade de buscar apoio para um modelo de gestão penitenciária que não destrua o que já temos, e sim aproveite a cultura de trabalho e conhecimento que nossa categoria possui, para mapear e criar um plano com outras forças para enfrentar de verdade o crime organizado. Esperamos que não se faça opção por um modelo privado que destrua o que já temos, mas opções que aproveitem todo nosso corpo técnico-profissional de trabalhadores penitenciário, e que aproveite esse ponto de partida para integrar imediatamente ao SUSP - Sistema Único de Segurança Pública, de modo a compor um núcleo de defesa de nossa categoria, a defesa da PEC da Polícia Penal e a criação de uma Lei Orgânica com diálogo com a sociedade civil e militar ao final para produzir modelos que ajudem o Brasil a ser um lugar mais seguro. 

União deve ocorrer por parte de todos através de nosso sindicato, pela participação da categoria, para definir formas de diálogo com estas forças políticas e para estarmos prontos para agir com todas nossas armas. Vamos participar ainda mais de nosso sindicato!

Muitas lutas virão, uma já se anuncia, devemos lutar para que uma reforma da previdência não nos atinja de forma que não considere nossas condições de saúde, stress e periculosidade, além de desconsiderar nossa média de vida.

 


Protegendo o investimento e erário público
Que os negócios públicos tenham de fato ganho econômico e social em favor da sociedade, sem riscos nos seus investimentos.

Que o caráter de liberdade para propor projetos e melhorar os sistemas de administração, que alguns entendem como empreendedorismo dentro do setor público possa ocorrer mesmo, seguindo princípios de oportunidade e condições. A categoria penitenciária nunca teve uma oportunidade para mostrar seu valor em alto nível.

Baseado nesses princípios que correspondem ao que a maioria do eleitorado aprovou, vamos dialogar, com estratégia e organização, formando uma cadeia de informação, seja como for, para combater a influência do crime organizado na sociedade, o que por hora fazemos sem recursos suficientes e que esperamos, com fé em Deus, que possamos realizar pela organização, diálogo e luta.

Muitas soluções alternativas foram dadas por liberais diferentes da destruição de empregos. No período da consolidação da Ford como empresa, os empresários, para abrir novos postos de trabalho buscaram incentivar, por exemplo, que o Estado facilitasse a aposentadoria de trabalhadores mais velhos, para abrir novos postos de trabalho.

O governante que souber aproveitar e investir no sistema público penitenciário, mesmo com colaboração público-privada poderá colher bons frutos e entrar na história, aquele que não o fizer pode entrar na história, mas por motivos ruins.

 

Nós já provamos e somos capazes de mais, e garantimos, vai ter luta.

Com maior unidade, com sindicato único, com articulação a outros sindicatos, com projetos legislativos para garantir direitos. Com diálogo com novos senadores e deputados e com o executivo nacional e estadual, se assim estiverem dispostos. Aqui estaremos, unidos.

 

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Una-se a luta, filie-se.

 

Integrantes do sindicato dialogaram com servidores sobre cuidados com a saúde física e psíquica

 

Integrantes do SIFUSPESP participaram nesta semana da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho(SIPAT) realizada no Centro de Detenção Provisória(CDP) IV de Pinheiros, em São Paulo. A comitiva foi formada pela psicanalista Veridiana Dirienzo, que presta assessoria ao sindicato, além do presidente Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá.

No evento, que foi encerrado nesta sexta-feira, 26/10, e contou com a presença de 150 servidores das quatro unidades prisionais da zona oeste da capital paulista, foram debatidos temas relacionados à saúde física e psíquica dos trabalhadores penitenciários, além de palestras motivacionais e debates sobre as dificuldades enfrentadas pelos servidores para obter maior bem estar e qualidade de vida no seu dia a dia.

Em sua apresentação, a psicanalista do SIFUSPESP ressaltou o vínculo entre o adoecimento psíquico como um mal estar social que atinge a coletividade dos trabalhadores. Na opinião de Veridiana Dirienzo, essa conjuntura pode estar relacionada às condições insalubres e à falta de estrutura existentes nas unidades prisionais.

“As doenças que atingem os servidores não são isoladas porque partem de problemas comuns entre todos os que trabalham no sistema. Elas começam por atingir o organismo no seu aspecto fisiológico, com casos de diabetes e problemas cardíacos, por exemplo, para em seguida acarretar outros casos ainda mais graves ligados ao aspecto psíquico do ser humano, tais como o tabagismo, o alcoolismo e a depressão”, explicou.

A psicanalista pontuou cada uma dessas doenças e suas origens, esclarecendo que é possível com a parceria do SIFUSPESP lutar por um espaço de trabalho melhor, que tem como denominador comum a busca desse bem estar e saúde para todos. Na exposição, ela também mostrou um vídeo em formato de animação para ilustrar os dramas que envolvem a depressão, que foi bastante elucidativo para todos os presentes.  "Um cachorro preto chamado depressão" pode ser acessado neste link: https://www.youtube.com/watch?v=93QIRxdSeDQ&feature=youtu.be

Já o presidente do sindicato, Fábio Jabá, que atua há 18 anos como funcionário do sistema, contou aos colegas sobre sua trajetória dentro das unidades prisionais paulistas, mostrando como a união dos trabalhadores em torno da entidade pode ser fundamental para o alcance de melhor qualidade de vida para a coletividade. Ele participou de uma mesa de debates ao lado dos diretores dos CDPs I, II, III e IV de Pinheiros.

No olhar de Jabá, a realização do Sipat e a presença do SIFUSPESP no evento colabora para o acesso dos servidores a informações que muitas vezes permanecem distantes das preocupações dessas pessoas em seu cotidiano.

“Quando conversamos com os funcionários a respeito de temas que fazem parte de sua realidade mas com os quais eles não têm o costume de se atentar, certamente avançamos no sentido de dar força à categoria e garantir esse espaço de diálogo. Intensificar essa integração é muito interessante para o fortalecimento de outras ações”, reiterou.

No olhar do presidente do SIFUSPESP, o trabalhador penitenciário apesar de ter de ser uma “rocha” no que se refere à sua resistência diante das dificuldades do dia a dia, também precisa ser “água do rio”, ao desaguar falando sobre os seus problemas, desabafando, fazendo a limpeza do próprio ser e dos companheiros.

Jabá também agradeceu à oportunidade concedida pelos diretores-gerais dos CDPs de participar do evento enquanto parceiro do sistema prisional. “Desde que assumimos a direção do SIFUSPESP, em abril de 2017, a ideia da gestão é ser propositivo e estabelecer parcerias com o objetivo de resolver os problemas pelos quais todos nós passamos”, reiterou.

É com pesar que o SIFUSPESP traz a triste notícia do falecimento do Agente de Segurança Penitenciária (ASP) Paulo Roberto Costa, 48 anos, conhecido como Paulinho. O fato ocorreu nesta sexta-feira, 26/10.

Paulinho trabalhava no Centro de Detenção Provisória(CDP) de São José do Rio Preto, e recuperava-se de um acidente de moto ocorrido em setembro, quando saía do trabalho. Restabelecia-se bem, respondendo ao tratamento, entretanto sofreu uma embolia pulmonar e faleceu.

Deixa companheiros de trabalho, amigos e familiares, a quem muito respeitosamente, o sindicato presta condolências e deixa os mais sinceros pêsames.

Aos que desejarem prestar a última homenagem ao ASP, breve traremos informações sobre local de velório e enterro.

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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