compartilhe>

Presos apontados como responsáveis pelo assassinato de Alexandro Galvão foram transferidos neste domingo, dia marcado por sepultamento do trabalhador e protesto de colegas por mais segurança nas unidades prisionais do Estado.

 

A polícia civil do Amazonas indiciou três presos pelo homicídio qualificado do agente penitenciário Alexandro Rodrigues Galvão, de 36 anos, morto no último sábado, 01/12, dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim(COMPAJ) em Manaus.

A audiência de custódia aconteceu neste domingo, e responsabilizou Arley de Oliveira Silva, Bruno Coelho Costa e Adriano Souza pelo crime covarde cometido contra o trabalhador.

Outros nove detentos apontados como suspeitos do assassinato prestaram depoimento.

Todos foram transferidos para o Instituto Penal Antonio Trindade(IPAT), também em Manaus, e estão sob o Regime Disciplinar Diferenciado(RDD).

Ainda neste domingo, o corpo de Alexandro foi sepultado após grande manifestação dos agentes penitenciários amazonenses pelas ruas da capital, em protesto por mais segurança para as unidades prisionais do Estado.

O vice-presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Amazonas(SINSPEAM), Antonio Santiago, defendeu a abertura de concurso público e o fim dos contratos firmados entre o governo do Estado e a Umannizare - empresa que administra unidades prisionais na capital e no interior - como única saída para garantir a segurança dos funcionários.

“Para o Estado e para quem comanda o sistema prisional, a vida dos funcionários das penitenciárias do Amazonas não vale nada. Somos tratados como reféns pagos pelo Estado e não custodiadores dos apenados”, afirmou Santiago.

No olhar do sindicalista, os trabalhadores - tanto terceirizados quanto servidores públicos -  não têm o mínimo de segurança para trabalhar, já que faltam equipamentos e estrutura de toda ordem.

“O que vemos é que em vez de investir no sistema e nos servidores, o governo deixa as unidades na mão das facções criminosas. Mas nós trabalhadores não vamos perder a coragem. Faremos valer nossos direitos e contamos com o apoio da categoria em todo o Brasil para enfrentar esse problema”, reiterou.

 

O COMPAJ é terceirizado e está sob gestão da empresa Umannizare desde 2014. Em janeiro de 2017, 58 presos foram mortos por rivais dentro da unidade em um dos maiores massacres da história do sistema prisional brasileiro.





Uma mulher foi flagrada, ao tentar entrar com um pacote suspeito de substância análoga a  cocaína escondido na genitália no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Americana. neste domingo (02/12)

A droga foi encontrada por agentes penitenciários auxiliados pelo aparelho de scanner corporal, durante a resista de rotina. Ao ser questionada, confessou portar o pacote. Ela mesma o retirou.

Também foi instaurado Procedimento Disciplinar para apurar a cumplicidade do preso que receberia a suposta droga, bem como as medidas administrativas com relação a visitante.

 

Fonte: CidadeON Campinas

Foto: Divulgação

Leia a matéria:

https://www.acidadeon.com/campinas/cotidiano/regiao/NOT,0,0,1390166,mulher+tenta+entrar+no+cdp+com+cocaina+escondida+na+vagina.aspx


SIFUSPESP lamenta a morte de funcionário ocorrida em mais uma rebelião no Compaj/AM, assassinado por grupo de presos rebelados

 

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP) lamenta o assassinato de um trabalhador penitenciário ocorrido na tarde deste sábado (01/12) durante rebelião que acontece no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, conhecido como Compaj, em Manaus/AM. Segundo informações de fontes não divulgadas, nesta data, a Facção do Norte estaria em comemoração, o que traz a preocupação da possibilidade de motins em outras unidades no Estado.

 

O Compaj tem sido palco de inúmeras rebeliões e fugas, citando aqui o massacre ocorrido em janeiro de 2017, com cerca de 60 mortos e mais de 130 foragidos. Administrado pela empresa Umanizzare, ou seja, sendo uma das unidades prisionais terceirizadas do Estado, a situação do Compaj não parece ter melhorado independente de acordos contratuais e promessas políticas.

 

Cerca de 80% dos presídios amazonenses são administrados pela Umanizzare, empresa investigada por corrupção e que encontra-se em dívida com o Estado devido a quebra de contrato ocorrida mais de uma vez por má administração. No entanto, a empresa ao invés de punida, continua recebendo pela prestação do péssimo serviço prestado para a segurança pública e sistema penitenciário do Estado e em dívida com o povo do Amazonas.

 

A morte de mais um trabalhador penitenciário no emblemático Compaj, “um Carandiru Amazonense no quesito tragédia humana”, é a cruel mostra da realidade das condições de trabalho, da péssima estrutura e da absoluta falta de controle sob a situação das facções criminosas nas unidades penitenciárias. A perda de uma vida parece ser única “prestação de contas” capaz de chamar a atenção da imprensa e de obrigar o Estado a manifestar-se, ainda que burocraticamente com uma nota de lamento.

 

No início do primeiro semestre deste ano, o governador Amazonino Mendes anunciou recentemente um projeto que custou 5 milhões aos cofres públicos com o objetivo solucionar os problemas do Sistema Prisional do Estado do Amazonas: Firmou contrato com a Empresa de Consultoria do ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, o escritório internacional em consultoria de Segurança Pública Security & Safety, com a promessa de tirar a Segurança Pública do Amazonas do caos.

 

Giuliani atualmente faz contato com o futuro governo do Brasil com intenções privatista nos mais diversos setores. Outros países da América Latina também têm sido procurados pelo empresário. O México, entretanto, é o exemplo de um país que recentemente fechou as portas para a consultoria norte americana, já que após um período de experiência com ela teve os índices de violência aumentada, assim como maior descontrole no seu sistema penitenciário. O momento pede de cuidado e atenção para que nem os trabalhadores e nem a população sirvam de massa de manobra ou estejam à mercê do crime organizado ou do lobby privatista.

 

Os trabalhadores em unidades privadas tem um treinamento e experiência menor para enfrentar a dinâmica penitenciária. São mal remunerados e submetidos às mesmas condições de violência frente à ameaça do crime organizados que vitimiza presos, trabalhadores penitenciários e a sociedade. E que neste sábado vitimou mais um de nossos companheiros de trabalho. O SIFUSPESP se solidariza com a família da vítima e lamenta que a sociedade não entenda ainda que somos aqueles que enfrentamos o crime organizado diariamente, em silêncio, e que muitas vezes, cobram nossas vidas por isso!           

 

O sindicato somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!



O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

Fique por dento das notícias do sistema! Participe de nosso canal do Telegram:https://t.me/Noticias_Sifuspesp