CDP IV de Pinheiros está sem água desde sábado.A unidade também ficou sem energia. Rede não suportou a superlotação e o gerador teve que ser acionado.
O Centro de Detenção Provisória (CDP) IV de Pinheiros, na Capital Paulista, está com o fornecimento de água e energia comprometidos desde sábado. Na manhã de domingo, dia de visitas na unidade, o gerador apresentou problemas e só conseguiu ser acionado hoje, mas a falta de água persiste.
A unidade está superlotada, operando com praticamente o dobro da sua capacidade. São 566 vagas, mas, segundo a própria Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), abrigava, na sexta-feira, 1.092 presos. “A falta de água é recorrente no CPD IV porque a estrutura física não comporta essa superlotação. As condições de higiene no local são insalubres e a situação está à beira do caos, mas esse problema acontece em outras unidades superlotadas”, afirma Fábio Jabá, presidente do Sindicato.
A Unidade é considerada “de trânsito”, por ser destinada a receber presos que necessitam de atendimento médico na capital e por receber as custódias da Cracolândia. “Além da superlotação, esses presos doentes enfrentam as péssimas condições sanitárias provocadas pela constante falta de água e eletricidade e, para piorar a situação, faltam policiais penais para manter a unidade funcionando de forma minimamente adequada. Neste domingo a unidade conta com 12 servidores para cuidar e uma população de quase 1.100 presos e fazer a triagem dos visitantes. É uma situação absurda”, afirma.
Governo foi alertado
O SIFUSPESP entregou um relatório com os principais problemas do sistema prisional para a equipe de transição do Governo Tarcísio e para o Coronel Streifinger.
Não fomos levados a sério, pelo fato do Secretário desconhecer as complexidades do Sistema Prisional e pelo governo ter a ilusão de que é fácil gerir o maior sistema prisional da america latina.
A prova de que o Governo não sabe o que faz é prometer a contratação de 1100 Policiais Penais após a regulamentação, somente a reposição de pessoal do ano de 2023 será maior que isso, quando o concurso for chamado o déficit de mais de 15 mil servidores já terá chegado a mais de 17 mil.
Governo mentiu
As recentes declarações do Governador Tarcísio de que a Polícia Penal só receberá reajuste em 2024 é prova da desonestidade do governo na negociação, em reunião com o Sindasp o próprio Coronel confirmou que a regulamentação não virá esse ano.
O que podemos fazer?
Frente ao quadro de precariedade e desrespeito da atual administração, só nos resta a mobilização.
Cabe lembrar que devido a piora das condições de trabalho e falta de efetivo, não devemos nos arriscar a assumir mais de um posto, devemos zelar pela nossa segurança pessoal e da unidade prisional. A atual forma de trabalho, com o acúmulo e desvio de funções está inviabilizando a segurança das unidades.
A agressão e fuga acontecida no CR de Birigui pode acontecer em qualquer unidade. O servidor ainda corre o risco de ser punido pois ao aceitar o desvio ou acúmulo de função o servidor assume o risco caso algo der errado. A corregedoria, o diretor ou a chefia não vão proteger o servidor caso algo de errado ocorra.
Proteger sua integridade física e sua carreira só é possível seguindo a lei.
O SIFUSPESP alerta a todos os servidores a cumprirem apenas as tarefas que lhes são incumbidas na lei de criação do cargo e detalhadas no Decreto de Criação de sua unidade prisional.
Orientamos que qualquer irregularidade deve ser lançada no livro ata , e formalizada em um comunicado de evento, sempre em duas vias.
Tais atitudes além de protegerem o servidor também serão usadas como provas nas ações que serão impetradas pelo SIFUSPESP.
O Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá e o Tesoureiro Alancarlo Fernet estiveram na unidade para apoiar os trabalhadores:
Hoje, durante a participação do Governador Tarcísio de Freitas no Programa Pânico, na rádio Jovem Pam, após o Sr. Samy Dana questionar o governador sobre a Polícia Penal falando “Muitos reclamando aqui” foi interrompido por Emílio Surita e em seguida por Daniel Zukerman que emendou “o Guarda Jujuba” , ao que Emílio repetiu “o Guarda Jujuba” , “o guarda Jujuba é um inferno” passando por uma série de brincadeiras e deboches.
Quando Samy Dana retornou a pergunta, a questão da Polícia Penal foi deixada de lado.
Para aqueles que não sabem, a Polícia Penal é a carreira mais perigosa da segurança pública e a segunda mais perigosa do mundo.
Além do deboche em tons homofóbicos, e do descaso com uma das funções mais importantes da segurança pública, tais atitudes demonstram ignorância e despreparo, além de uma clara tentativa de desviar de um assunto que impacta toda a sociedade.
Mesmo com o viés humorístico do programa , que jamais pode ser confundido com jornalismo ou debate sério, a depreciação e o desprezo demonstrado pela equipe do programa contribui para a invisibilização de um dos aspectos mais importantes da segurança pública em nosso estado.
Devemos esclarecer aos integrantes de tal programa que graças aos Policiais Penais que arriscam sua vida e deterioram sua saúde no dia a dia das unidades prisionais, é que eles podem dormir tranquilos pois não acontecem fugas e rebeliões nos presídios paulistas.
Devemos lembrar que o descaso para com o sistema prisional resultou no “Salve Geral” de 2006 que parou a cidade de São Paulo.
Devemos lembrar que os profissionais humilhados e desmerecidos pelos integrantes do programa sob o sorriso complacente do Sr.Governador, são os mesmos que com apenas 3 ou 4 homens garantem a segurança em unidades com mais de mil detentos.
Os mesmos que são caçados pelo crime organizado e que tem sua expectativa de vida reduzida para meros 45 anos devido ao excesso de trabalho e estresse.
O Departamento Jurídico do SIFUSPESP já está tomando as medidas legais cabíveis contra os responsáveis por essa humilhação, mas a maior resposta deve ser da categoria, através de nossa mobilização.
Operação Legalidade é nossa arma
Embora saibamos que as mídias amigas do governo vão sempre tentar ocultar e atacar a nossa luta, graças a total falta de condições impostas pelo descaso governamental para com as condições mínimas de funcionamento das unidades prisionais, hoje é muito fácil mostrar o quanto somos importantes e necessários.
Nossa única tarefa é fazer estritamente o que manda a lei, zelar com afinco pela segurança das unidades prisionais não assumindo mais de um posto, parando de executar tarefas que não estão na lei de criação do cargo e exercendo nosso papel de garantir a segurança e disciplina nas unidades prisionais.
Respeitar direitos e garantir a segurança
Amanhã é dia de visita nas unidades prisionais, devemos lembrar que os escaners só devem ser operados por pessoas do mesmo sexo da pessoa que está sendo vistoriada, que a revista do “Jumbo” deve ser feita com todo o cuidado e atenção, que se houver dúvidas não devemos nos furtar de repetir a inspeção de raio x.
Devemos por dever de ofício ,garantir a segurança das unidades mesmo que devido a falta de pessoal isso acarrete atrasos na entrada dos visitantes, que devem ser tratados com toda cordialidade e por isso não devem ser apressados durante o procedimento.
A nota abaixo foi enviada a todos os orgãos de imprensa:
Nota de repúdio ao programa Pânico da Jovem Pan
O SIFUSPESP repudia a declaração criminosamente homofóbica dos integrantes do programa Pânico, da Jovem Pan, que, na edição desta sexta-feira (06/10), classificaram os policiais penais do estado de São Paulo como ‘guardas Juju’, numa referência ao personagem do humorístico ‘A Praça é Nossa’, interpretado pelo ator Roberto Marquis.
As falas dos integrantes, proferidas durante a entrevista do governador Tarcísio de Freitas, são uma nítida tentativa de desqualificar uma profissão fundamental para a segurança pública. A Polícia Penal, a mais perigosa entre as profissões da segurança pública, é a responsável por garantir a segurança nos presídios superlotados do Estado de São Paulo.
Diariamente, policiais penais lidam com cerca de 200 mil presos, a maior população carcerária do Brasil. Estamos falando de uma categoria que, por causa das péssimas condições de trabalho, resultantes do sucateamento das unidades, do deficit de servidores, que têm hoje o menor efetivo dos últimos 10 anos, e do estresse inerente à função, tem uma expectativa de 45 anos, contra a média nacional de 77 anos, conforme atestou pesquisa da USP.
As declarações homofóbicas dos integrantes do programa desrespeitam não somente os policiais que sacrificam a saúde para atuar no sistema, mas também todos aqueles que perderam a vida por cumprirem sua função e por lidarem diretamente com o crime organizado.
A Polícia Penal exige respeito!
Vídeo do Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá sobre a ofensa:
Amanhã o Governador Tarcísio de Freitas vai participar do Programa Pânico na rádio Jovem Pam ao meio-dia, visto que infelizmente nenhuma promessa relacionada a SAP foi cumprida, está é uma boa oportunidade de cobrarmos o governador sobre o reajuste da Polícia Penal, a Lei Orgânica (que agora ele fala que só virá ano que vem) e o motivo de não ter colocado um secretário que tivesse conhecimento técnico sobre a pasta.
O SIFUSPESP convoca todos os policiais penais a entrarem nas redes da produção, direção e dos apresentadores do programa e enviarem a seguinte pergunta:
Governador Tarcísio, porque apesar das promessas, os Policiais Penais não foram incluídos no reajuste das polícias?Sua administração não teve a capacidade técnica de entregar o projeto de regulamentação da carreira a tempo, prejudicando quase 30 mil policiais que hoje amargam o 25º pior salário do Brasil e pela primeira vez tiveram seus salários defasados em relação às demais polícias. O fato de ter colocado um secretário que não conhece a pasta em que atua atrapalhou?
Hoje temos o menor efetivo dos últimos 10 anos, e falta desde comida até pessoal, armamento e munição para a segurança dos presídios, foi falta de planejamento ou de vontade política?
A pergunta pode ser enviada por esses canais:
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