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Durante a noite de ontem aconteceu um motim na penitenciária de Avanhandava.

As informações iniciais são que durante uma blitz de rotina no raio 6 da unidade causou um atraso na distribuição da alimentação.

Devido ao procedimento as celas estavam trancadas, foram liberados 2 presos para fazer a distribuição da alimentação, um dos presos insistiu em proceder a faxina do raio alegando que no sábado ocorreria visita. O preso foi informado que não haveria faxina devido a execução da blitz.

Quando do retorno dos presos para a cela, os dois presos se recusaram a entrar e chamaram os demais para sair, mais dois presos saíram da cela.

Após os comandos do Policial Penal, dois dos presos se entregaram para serem conduzidos ao pavilhão disciplinar enquanto os dois restantes incitaram o restante da população.

O sistema de automação da unidade não oferece segurança adequada, obrigando os funcionários a fazerem o fechamento manual dos ferrolhos de forma a aumentar a segurança.

Os presos das celas 3, 4 e 6 conseguiram êxito em forçar as portas das celas e saíram para o pátio.

A célula de intervenção da unidade conteve o motim até a chegada de mais de 100 homens do GIR da coordenadoria que normalizaram a situação.

Nenhum funcionário foi feito de refém ou se feriu durante o incidente. No sábado e domingo seguindo as ordens do Secretário Marcelo Streifinger haveŕa visita normal e somente o raio amotinado não receberá visitas.

Avanhandava tem atualmente 1181 presos e uma capacidade de 811. Além da automação possuir problemas de projeto que a torna mais frágil, os funcionários reclamam da falta de pessoal com funcionários tendo que cobrir mais de um posto o que fragiliza a segurança.

Outra queixa é do grande número de atendimentos sem os procedimentos de segurança adequados.

Segundo os funcionários é comum vários presos circularem na galeria para atendimentos sem a quantidade necessária de Policiais Penais no acompanhamento.

Avanhandava reflete a situação do sistema prisional de São Paulo: redução no fornecimento de itens essenciais o que eleva a tensão nas unidades, superlotação, baixo número de funcionários e alto número de atendimentos, e instalações inadequadas.

Na segunda-feira o GIR retornará a unidade para completar os procedimentos de segurança e disciplinares com a remoção e transferência dos amotinados.

 

Operação legalidade garante sua segurança

Como temos dito, perante a redução de segurança das unidades devido a falta de pessoal. Assumir mais de um posto de trabalho coloca em risco a vida do funcionário e dos colegas.

Todos tem que ter consciência de que a Operação Legalidade é uma necessidade de sobrevivência e segurança.

Não assuma mais de um posto, diga não ao acúmulo e desvio de função e relate todas as irregularidades no livro ata.

Executar os procedimento seguindo estritamente a Lei e as regras de segurança é o único meio de garantir a segurança de todos.

Atualização: 18:00h O tesoureiro do SIFUSPESP Gilberto Antônio e o Diretor Riomar estiveram na unidade e trazem mais detalhes:

Abaixo vídeo sobre a rebelião

 

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