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O trabalho de agentes de segurança penitenciária (ASPs) e de agentes de escolta vigilância penitenciária (AEVP) do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Diadema resultou em impedimento de entrada de celulares e  entorpecentes na unidade prisional, neste sábado, 06/04.

 

Uma das apreensões aconteceu quando um AEVP visualizou a tentativa de arremesso de ilícitos e o ASP da ronda daquele turno teve êxito em interceptar o arremesso de aparelhos celulares por um dos muros do CDP.

 

Outra apreensão ocorreu no procedimento de revista no horário de visitas, com ajuda de scanner corporal. A companheira de um detento foi flagrada tentando adentrar a unidade prisional com entorpecentes.

 

Parabéns ao excelente trabalho realizado pelos servidores do CDP de Diadema!

O evento realizado pelo Dep. Carlos Giannazi visa construir uma agenda de debates e ações para aproximar organizações que por décadas jamais imaginaram-se unidas por um propósito comum.

 

No dia 15 de abril, às 19h, no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do Estado será realizada a Audiência Pública Contra a Privatização do Sistema Penitenciário. SIFUSPESP, MP Transforma, IBCCRIM, Rede de Justiça Criminal, Defensoria Pública, Amparar, Fórum de Segurança Pública, Prof. Roberto (FE/USP), Camila Nunes Dias UFABC, Ferreira Júnior (UNESP/Univ. San Martín), Deputado Federal Luís Flávio Gomes (a confirmar) junto ao Deputado Estadual Carlos Giannazi(PSOL/SP) apresentarão diversas visões sobre a questão do Sistema Penitenciário, mas todos CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA.

 

Lutar sozinho, sem apoio, com os mais próximos sem ter um objetivo comum leva ao fracasso. Sabendo disso, desde que a diretoria do SIFUSPESP Lutar para Mudar iniciou seu mandato, começamos um processo de mudança da cultura política de nossa categoria.

 

Antes nossa categoria repetia alguns bordões claros:

  1. Nossa categoria é desunida;
  2. Somos invisíveis à sociedade;
  3. Todos os sindicatos não servem para nada;
  4. Devemos realizar desfiliação em massa (o que gerou movimentos organizados que estimulavam isso, mas que depois demonstraram interesse em criar associações ou substituir sindicatos);
  5. Que não há nenhuma luta que não seja o aumento salarial (sem perceber inclusive que se trata de uma luta, e que não é um presente do Estado).

 

Ainda sofremos pressões e críticas. Mas temos certeza que o quadro de cultura política mudou, com diversas estratégias do SIFUSPESP, que os outros sindicatos diziam que era loucura ou não servia para nada e que agora correm atrás (um exemplo disso era nosso alerta sobre o perigo das privatizações dois anos antes de ocorrer). Não vemos mal nisso, mas uma forma de divisão de nossa categoria que ainda não superamos é não termos um SINDICATO ÚNICO, e como somos o SIFUSPESP Lutar para Mudar, não desistiremos disso.

 

Agora vemos nossa categoria:

  1. Percebendo e apoiando ações em conjunto, ainda que existam infiltrados que buscam criar conflitos para prejudicar;
  2. Somos conhecidos na sociedade: com trabalho constante, de longo prazo como: as ações de Brasília, as ações de comunicação e guerra de comunicação, manifestações de rua com apoio de toda a categoria, diversos atos políticos de articulação na Alesp, com o governo do Estado, relatórios de estudos, melhoria de nossos serviços administrativo-jurídico e de convênios levaram a sermos observados, objeto de matérias constantes favoráveis e contra. Viramos série de TV, documentários, mais estudiosos começaram a prestar atenção no tema, os grandes programas como Câmera Record e Fantástico, e muitos outros tiveram que passar dar visibilidade de nossa versão. Mas ainda falta, e seguiremos trabalhando estrategicamente, sem mágica, com trabalho contínuo;
  3. O SIFUSPESP conseguiu por meio de ações mais do que fazendo discursos vazios, estimular o debate, unidade, nova cultura política, sentido de luta, e visão estratégica para que cada um de nossa categoria haja de forma consciente, perceba a necessidade de luta e atue em um projeto pensado para proteger nossa categoria antes de tudo;
  4. Conquistamos o respeito da categoria e as filiações voltaram, sem iscas como ações judiciais mágicas, greves feitas com acordo debaixo dos panos com o governo, com diálogo constante e direto na base. Hoje os outros sindicatos, observam nossas pautas e acabam pouco a pouco se articulando a elas. O último exemplo foi o evento que realizamos com o mandato do Deputado Carlos Giannazi, Chamada Já;
  5. Temos feito o encaminhamento de nossa pauta salarial com pressão e apoiada por toda a categoria, pressionando para que construamos condições políticas que levem ao governo ceder. E alertamos, muito antes do perigo da Privatização.

 

Mas um dos desafios mais difíceis para darmos verdadeira visibilidade positiva para nossa categoria é ampliar nossa união de objetivos comuns com outros setores da sociedade. Inclusive aqueles que tem pautas que parecem não nos favorecer. Neste sentido é que o SIFUSPESP já tendo realizado alguns eventos, inclusive um encontro internacional com agentes penitenciários americanos, agora inicia um trabalho de articulação de pautas políticas com outros setores sociais e por isso aceitou participar da Audiência Pública.

 

Agora damos um novo passo, aceitamos o convite do mandato do Dep. Carlos Giannazi, para tentar construir uma agenda comum com organizações que por décadas jamais imaginaram-se unidas por um propósito comum.


Por isso pedimos que toda a categoria e a sociedade civil sintam-se convidados e compareçam a Audiência Pública CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO. Será no dia 15 de abril, às 19h, no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do Estado. A Assembléia Legislativa fica localizada na Av. Pedro Álvares Cabral, 201 - Paraíso, São Paulo, em frente ao Ibirapuera.

Por:Luiz Marcos Ferreira JR.

SIFUSPESP faz balanço positivo da iniciativa, a primeira que reuniu mulheres em debate exclusivo sobre posição do gênero nas unidades prisionais

 

Um primeiro e importante encontro de muitos e um grande passo no árduo e longo caminho para debater a situação do feminino e seus problemas específicos dentro do sistema prisional moldado por homens e para os homens.

Foi com essa sensação que as dezenas de trabalhadoras presentes no evento “Mulher Penitenciária em Debate”, realizada na última sexta-feira, 29/03, avaliaram seu protagonismo em um movimento político fundamental e inédito apoiado pela gestão “Lutar para Mudar”, do SIFUSPESP.

Por meio de discussões, exposições de temáticas e dinâmicas de grupo, dezenas de mulheres se uniram em prol de um objetivo em comum que foi trazer à tona situações de desgaste dentro de sua realidade de trabalho.

Conforme relata Veridiana Dirienzo, psicanalista e assessora do SIFUSPESP responsável pela organização do evento, “enfrentar um mundo estruturado sob a égide do machismo e do patriarcado é um grande desafio” e essas mulheres iniciaram essa luta muito bem “ao falar abertamente sobre esse espaço de opressão dentro do ambiente prisional, do qual são vítimas constantes”, ressaltou a psicanalista.

Além da assessora do SIFUSPESP, funcionárias do sindicato, agentes de segurança penitenciária, oficiais administrativos, assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras e outras profissionais do sistema prisional paulista debateram temas como o assédio moral e sexual no dia a dia, a distância das mulheres em relação a seus filhos, e até mesmo a solidão que atinge centenas de servidoras lotadas na capital.

“Essa solidão se manifesta com uma vida de ir ao trabalho na penitenciária e voltar à república onde elas moram, sem uma atividade diferente, longe de suas famílias e amigos, porque muitas vezes as mulheres são  parceiras de trabalho, moram juntas mas não têm um sentimento de comunhão, nada mais próximo, mais íntimo, o que aumenta ainda mais esse sentimento de isolamento vivenciado por elas, esclarece Veridiana Dirienzo.

“A temática do encontro teve entre outras propostas expor a discussão sobre o que é ser mulher, elevar essa construção social de ser mulher, ambas explicitadas no varal que possuía as fotos das mulheres que lutaram pelas causas feministas ao longo da história. Então o que faz uma mulher de tempos em tempos? O que é ser mulher hoje e o que era em outra época?” questiona a psicanalista.

Um encontro político. E a partir dessa linha do tempo do que é ser uma mulher,  houve o ensejo para que fossem pensadas ações concretas. Uma das demandas principais trazidas pelas trabalhadoras, de que é preciso pensar em um encontro ou encontros que não fossem ocasionais do dia ou do mês da mulher, como foi o caso deste primeiro.

“O SIFUSPESP acredita que este primeiro evento será o start de muitas outras ações, inclusive dialogando com o governo do Estado, com a Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) e outros atores sociais. Nós saímos desse encontro já com alguns encaminhamentos para que esse grupo de mulheres tome força e comece a, dentro do sindicato, pensar em questões específicas para o feminino e o trabalho na penitenciária. É o primeiro passo para muitas ações que ainda virão”, finaliza Veridiana Dirienzo.

Leia mais sobre a situação da mulher penitenciária na Coluna da Veridiana: http://sifuspesp.org.br/noticia/colunas/coluna-da-veridiana

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