Certame prevê a nomeação de 28 novos profissionais para o instituto que atende à saúde do servidor, em 21 especialidades e salário de R$4.476,37. Interessados devem se inscrever em caráter presencial, até o dia 31 de março. Atualmente, déficit de médicos no instituto chega a cerca de 600 servidores
por Giovanni Giocondo
Estão abertas até o dia 31 de março as inscrições para o concurso de médico do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE).
O edital prevê a contratação de 28 profissionais, entre 21 especialidades diferentes, entre elas cardiologia, dermatologia, ortopedia e oftalmologia. As provas acontecem no dia 5 de maio. O salário-base é de R$4.476,37, para atuação em 20 horas semanais.
As inscrições devem ser feitas em caráter presencial, no Núcleo de Planejamento, Seleção e Movimentação de Recursos Humanos do IAMSPE, que fica na avenida Ibirapuera, 981, 4o andar, bairro Indianópolis, na zona sul de São Paulo.
Além da graduação em medicina, o candidato também deverá possuir certificado de conclusão da residência médica na especialidade que escolher, desde que seja credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), ou tenha título de especialista emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB). Também é preciso o registro no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo(CREMESP).
Mais detalhes sobre o edital podem ser conferidos neste link
O diretor de Saúde do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, considera que a abertura do novo concurso pode ser um princípio de mudança de postura por parte da gestão do IAMSPE, já que existe um quadro bastante deficitário atualmente, o que acaba por precarizar muito o atendimento prestado aos servidores e seus dependentes.
Em dezembro, durante depoimento à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp), o superintendente do IAMSPE, Wilson Modesto Pollara, admitiu que faltavam ao menos 600 médicos no instituto, e que tentaria, junto ao governo do Estado, obter autorização para nomear pelo menos um quarto desse efetivo em vacância.
Colegiado que reúne associações e sindicatos demonstra "inconformidade" com situação atual do serviço prestado aos trabalhadores
por redação CCM IAMSPE
A CCM Iamspe (Comissão Consultiva Mista), colegiado que reúne associações e sindicatos representantes dos usuários do Iamspe(Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo), vem por meio desta divulgar nossa inconformidade com a situação que o Iamspe e o HSPE (Hospital do Servidor Público Estadual) têm passado.
Os problemas na demora de marcação de consultas, exames de imagem ou clínicos, cirurgias se avolumam numa quantidade nunca antes vista. É visível a queda de qualidade e a enorme dificuldade no acesso à saúde em toda rede credenciada e no HSPE.
Constantemente somos informados de descredenciamentos, fim de atendimento em Hospitais e demais equipamentos de saúde, sem que ocorra a devida substituição de maneira hábil e satisfatória.
A política de terceirizações no interior do HSPE avança sem resultados satisfatórios, pois as filas e a demora são uma constante, basta vermos a situação do PS (Pronto Socorro), onde usuários são atendidos em macas acumuladas nos corredores. A fila para cirurgias no HSPE se acumulam sem perspectiva de solução ao paciente, além do fechamento da ouvidoria, que hoje funciona apenas de modo virtual.
No interior a situação em determinadas regiões beira o abandono, como em Presidente Prudente. As queixas dos usuários são ouvidas de leste a oeste, norte a sul, sendo os problemas os mais diversos, desde a falta de convênio Hospitalar, de laboratórios de imagem, ou mesmo de clínicas para consultas.
Não podemos esquecer que em outubro de 2020 foi aprovado na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) a elevação das alíquotas de contribuição dos usuários ao Iamspe, resultando num orçamento em torno de 1 bilhão e 600 milhões de reais. E apesar do brutal aumento orçamentário proveniente dos nossos salários congelados, a qualidade/quantidade de atendimento não ocorreu. Devemos lembrar ainda que o Governo do Estado aproveitou-se do aumento da alíquota do usuário, para reduzir para ridículos 4 mil reais anuais a sua contribuição ao Iamspe.
Juntando tudo isso, fica claro para nós, que a atual administração do Iamspe é inoperante, insatisfatória, e que não corresponde às nossas necessidades. O que o Iamspe precisa é uma nova forma de administrar. Com mais democracia e transparência. Com o real comprometimento do Governo do Estado com a saúde de seus trabalhadores, e não apenas nessa espiral de terceirizações sem fim, e sem resultados positivos.
Precisamos que o Governo do Estado participe do orçamento do Iamspe na mesma proporção que a nossa;
Precisamos de um Conselho Administrativo e de um Conselho Fiscal que sejam deliberativos e com a participação do funcionalismo deforma paritária;
Precisamos escolher o Superintendente do Iamspe.
Mais democracia, mais transparência e melhor atendimento!
Déficit no setor de escolta e vigilância supera os 3 mil policiais penais, o que é sinônimo de risco à segurança do sistema prisional paulista, já que servidores são essenciais na contenção de fugas, rebeliões e para executar a função de escolta no interior, atualmente delegada à PM por falta de efetivo. Ato acontece a partir das 9h da manhã, e contará com apoio do SIFUSPESP
por Giovanni Giocondo
Candidatos aprovados no concurso para o provimento de cargos de policial penal da carreira de agente de escolta e vigilância penitenciária(AEVP) de 2014 realizam na próxima sexta-feira(11), a partir das 9h da manhã, em frente à sede da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), uma manifestação em defesa das chamadas urgentes dos candidatos aprovados no certame.
Nesse período de oito anos, nenhum dos homens que ficaram dentro da lista classificatória foram convocados para iniciar o trabalho no sistema prisional. Atualmente, o setor é um dos que mais sofre com o aumento do déficit funcional e o consequente acúmulo de serviço para os servidores que já estão em suas funções.
Dados divulgados pela SAP em abril do ano passado mostram que a vacância de AEVPs em seus quadros na época era de 3.364 policiais.
Importância do papel dos AEVPs na segurança das unidades e da população
O papel dos AEVPs é fundamental na contenção de fugas e vigilância das muralhas das penitenciárias, centros de detenção provisória e também nos centros de progressão penitenciária - onde ainda não são utilizados, apesar das inúmeras denúncias do sindicato sobre arremessos de drogas e celulares, dos casos de rebeliões, tumultos e fugas que têm acontecido nessas unidades em razão da ausência dos policiais penais armados.
Esses trabalhadores também poderão atuar nas escoltas de presos em transferências, audiências judiciais e atendimentos médicos pelo interior do Estado, exercendo uma função que hoje é delegada à polícia militar devido à não implantação dos polos de escolta no interior. Isso permitiria que mais PMs voltassem a realizar o trabalho ostensivo, o que tem como consequência melhoria da percepção de segurança para toda a população paulista.
Como a escolta de presos é, por lei, uma função da SAP, os policiais militares que fazem esse serviço acabam por permanecer em desvio de função, o que acarreta em maiores custos para o Estado e onera o contribuinte.
O ato e as promessas que a SAP precisa cumprir para este e outros concursos
Diretores do SIFUSPESP vão participar do ato, levando faixas em apoio total ao protesto e tentando articular o diálogo com representantes da pasta para tentar estabelecer um cronograma das futuras convocações.
Em agosto de 2021, durante reunião entre assessores de gabinete do secretário Nivaldo Restivo e membros do Fórum Penitenciário Permanente - formado por SIFUSPESP, SINDCOP e SINDASP - a pasta assumiu o compromisso de chamar ao menos aqueles que estavam dentro do número de vagas previsto no edital.
Como a SAP cumpriu o que havia acertado com os sindicatos ao fazer as chamadas dos remanescentes do concurso para agente de segurança penitenciária(ASP) de 2014, e também finalizar a fase de investigação social do concurso ASP 2017, a proposta é fazer pressão para que a promessa feita em relação aos AEVPs também saia do papel.
O SIFUSPESP ainda luta para que os aprovados no concurso para provimento de cargos de psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros integrantes das áreas técnicas e de saúde de 2018 também sejam nomeados, uma vez que o déficit atinge a todas as áreas, sem distinção.
Nesse sentido, o presidente do sindicato, Fábio Jabá, convoca os candidatos dos demais certames a se unirem aos AEVPs, demonstrando para a SAP que o sistema prisional, para ser melhor gerido dentro do que define a Lei de Execução Penal(LEP), precisa contar com um número de servidores condizente com a necessidade de atendimento de uma população prisional gigantesca, bem como para permitir a proteção da sociedade que vive fora dos muros.
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