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Quatro policiais penais foram atacados por um grupo de detentos quando tentavam retirar o celular avistado com um dos presos. Atualmente, o plantão noturno do CPP têm dois servidores na portaria e quatro na carceragem para uma população de mais de 2.300 presos

 

Por Redação SIFUSPESP

Quatro policiais penais foram agredidos durante a madrugada desta segunda-feira (28) no semiaberto do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Franco da Rocha. Eles descobriram que havia um preso com celular numa das celas e quando foram retirar o aparelho acabaram atacados por um grupo de detentos. 

O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e os policiais penais da escolta que estavam na unidade atuaram imediatamente para garantir a segurança. Por isso, nesta manhã está ocorrendo um blitze no CPP para retirada de lideranças de facções criminosas, cerca de 20 presos da unidade. 

Assim com em outras unidades prisionais, o CPP de Franco da Rocha é afetado pelo grave déficit de servidores, problema que a direção do SIFUSPESP tem denunciado quase que diariamente ao governo estadual e à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), sem que medidas concretas tenha sido tomadas até o momento - sendo a mais urgente a chamada dos que passaram nos concursos da SAP e que aguardam nomeação. 

Para se ter ideia da gravidade do quadro, o plantão noturno do CPP de Franco da Rocha têm atualmente dois servidores na portaria e quatro na carceragem para uma população de 2.316 presos onde as vagas são para 1.738, quase 35% a mais do que a capacidade da unidade prisional.  

A direção do SIFUSPESP acompanha o caso e está apurando outras informações que serão divulgadas assim que possível. 

“Enquanto a SAP e o governo de João Doria (PSDB) seguem de braços cruzados, cresceram as tentativas de fuga, as agressões e outros incidentes porque a população carcerária está atenta ao déficit de funcionários. A falta de servidores está ainda maior porque muitos se aposentaram e a pandemia levou a afastamentos do grupo de risco, fora os que ficaram doentes, infectados pelo coronavírus. O que a SAP e o governo Doria estão esperando para fazer chamadas?”, questiona Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do sindicato. 

Entre outras unidades, o déficit de servidores também provocou tentativa de fuga na Penitenciária Feminina da Capital (PFC) neste final de semana, e as duas detentas foram impedidas graças à ação rápido dos policiais penais. No momento do incidente, havia apenas três policiais penais de muralha no alambrado na unidade. 

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