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No lugar de se retratar, jornalista fala em “se a carapuça serviu” para desqualificar o direito de reação da categoria, em outro vídeo onde novamente sobra polêmica e falta apuração

 

Depois do vídeo “monstros contra monstros” no dia 30 de julho, no qual Rachel Sheherazade ofende, generaliza e acusa sem provas os e as agentes penitenciários de todo o país, agora, na madrugada deste 6 de agosto, a jornalista deixou a emenda pior que o soneto. 

Em outras palavras, no novo vídeo Sheherazade tenta remendar as declarações anteriores usando a parábola bíblica do joio e do trigo, porém, em nenhum momento a jornalista faz o que se esperava dela: uma retratação perante à categoria pela generalização que difama a todos e a todas nós agentes penitenciários de todo o Brasil. 

Ao contrário, acreditem: neste segundo vídeo, Sheherazade repete os mesmos erros do primeiro: usa exceções como exemplo, como se fossem regra, e novamente generaliza a atuação dos agentes. De modo covarde, ela fala em “se a carapuça serviu...” para desqualificar o justíssimo direito da categoria de reagir ao sentir sua honra e imagem atacadas dessa forma leviana.

Novamente convidamos a categoria a respeitosamente se manifestar no YouTube https://youtu.be/ozhsArmTOQo, negativando o vídeo com “Não gostei” e clicando em “Denunciar”, que aparece ao lado “Salvar” à direita da tela. Escolha a opção “Conteúdo de incitação ao ódio ou abusivo” e em seguida o item “Estimula ódio ou violência” e acrescente seu comentário. Também pelo Twitter https://twitter.com/RachelSherazade citando @RachelSherazade e na página do Facebook https://www.facebook.com/rachelsheherazadejornalista/

Infelizmente, como em todos os segmentos profissionais, os honestos, que são maioria, pagam injustamente pela desonestidade dos corruptos que são exceção e não a regra, mas isso não importa para Rachel.  

Por isso, ressaltamos nosso repúdio à jornalista, que será processada pelo SIFUSPESP e pela Federação Nacional Sindical dos Servidores Penitenciários (Fenaspen), assim como farão os sindicatos da categoria em todo o país. Além das medidas legais cabíveis que estão sendo tomadas, estivemos em reunião com o SBT nesta segunda (5), onde fomos recebidos pela direção e exigimos que seja emitida uma nota esclarecendo que a posição da emissora não tem nada a ver com as declarações da jornalista. 

Sheherazade é joio, não o “trigo dourado” do jornalismo

Neste segundo vídeo, Sheherazade ressalta que apura a notícia, mas não o fez novamente, talvez por interesse e não por incapacidade, já que a verdade dos fatos derrubaria os argumentos da jornalista. Outra vez, Rachel não esclarece nem explica que os “maus exemplos” que ela cita são majoritariamente, maciçamente, em presídios privatizados onde sequer há servidores concursados!

No caso de Altamira, o sistema prisional se manteve de forma totalmente precária até o último dia 3 de agosto, quando pela primeira vez na história do Pará tomaram posse mais de 400 agentes concursados. Antes, eles eram contratados via CLT, mas sem estabilidade e com salários baixíssimos - os menores do país.

Em unidades marcadas por massacres, como no Amazonas e Roraima citados por Sheherazade, o trabalho do agente público - por lei, de responsabilidade exclusiva do Estado - foi terceirizado e transferido a empresas que só visam ao lucro, o que resulta na contratação de profissionais que tanto não recebem preparo adequado para essa tarefa de natureza tão séria, como não têm salário minimamente compatível, nem uma perspectiva de carreira e estabilidade como no caso do agente público concursado - como também é lei. 

A corrupção existe, sim, Rachel Sheherazade, mas nesse quadro de exceção completa que é o da terceirização da custódia dos presos, sempre combatida por todos e todas nós.

Por que a jornalista ignora tudo isso e não explica a realidade ao seu público? O que dizer da enorme arrogância de Sheherazade ao se considerar o trigo dourado do jornalismo brasileiro, quando ignora a checagem de dados e o próprio código de ética de sua profissão? 

Visibilidade à custa da honra e da imagem dos agentes 

Além da difamação dos agentes num canal do YouTube assistido por milhões de pessoas no país inteiro, como profissional Sheherazade ainda fere vários itens do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros

No Art. 6º, sobre os deveres do jornalista:
II - divulgar os fatos e as informações de interesse público” e “VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão”. No Art. 7º, o mesmo código afirma que o jornalista não pode: “II - submeter-se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos acontecimentos e à correta divulgação da informação” e “V - usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime”.  

Será mesmo que a Rachel é assim tão amadurecida quanto afirma? O que vemos é que, como jornalista, Sheherazade não tem capacidade de separar o joio do trigo e a história da profissional, acessível e conhecida por todos, é prova disso. 

Como joio e trigo misturados, Rachel dança ao vento conforme a “música” que rende mais visibilidade, mais acessos e, consequentemente, mais monetizações, ora vacilando em “vamos lançar a ‘campanha adotem um bandido”, ora em “monstros contra monstros”. 

Ao buscar visibilidade com muita polêmica e apuração rasa, o que Sheherazade faz é mostrar que é o joio do jornalismo brasileiro e não o “trigo dourado”. Que siga em sua estratégia baixa, mas não à custa da imagem e da honra dos agentes penitenciários. Isso nós não vamos permitir. 


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