Defesa dos direitos trabalhistas, da democracia, da Petrobras e da reforma política são as principais bandeiras Dia do Trabalhador (a) em 2015
Organizações dos movimentos sociais, estudantil e sindical, entre as quais a Central Única dos Trabalhadores, promovem ato conjunto em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora no 1º de Maio (sexta), a partir das 10h, no Vale do Anhangabaú, centro paulistano.
As principais bandeiras que marcam o evento em 2015 são a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política (saiba mais no http://migre.me/pDtji)
A programação tem início às 10h, com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural com a rapper Pame’lloza e Grupo Mistura Popular.
Os shows começam a partir às 13h, com Alceu Valença, Leci Brandão, Rappin Hood, GOG, Thobias da Vai-Vai e Elizeth Rosa. Haverá, ainda, espaço de convivência e alimentação, além de unidades móveis de atendimento e outros serviços à população.
As organizações participantes se concentrarão a partir das 9h na Praça da República, Largo do Arouche, Estação da Luz e Pátio do Colégio, de onde sairão em caminhada até o Vale do Anhangabaú.
Entre as entidades engajadas neste 1º de Maio, além da CUT, estão as centrais CTB e Intersindical, e movimentos do campo e da cidade: Central dos Movimentos Populares (CMP), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Marcha Mundial de Mulheres, Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e União Nacional dos Estudantes (UNE).
Em defesa dos direitos trabalhistas e da democracia – Neste 1º de maio, os movimentos reforçam a pressão contra o Projeto de Lei 4330/04, que retira direitos trabalhistas históricos ao permitir a terceirização sem limites, em todas as funções de qualquer empresa e setor.
Também continua a mobilização contra a Medida Provisória (MPs) 664 e 655, que, respectivamente, muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. No lugar de uma política de ajuste fiscal que penaliza a classe trabalhadora, gerando emprego e recessão, as entidades defendem a taxação das grandes fortunas, primeiro passo à reforma tributária no Brasil.
Outro embate é pela manutenção do estado democrático de direito, contra a onda golpista em curso, que, se for vitoriosa, trará retrocessos a toda a sociedade brasileira.
Combate à corrupção e defesa da Petrobras – Para as organizações, o combate à corrupção deve ser feito por meio de uma reforma política que, entre outras mudanças, proíba o financiamento empresarial de campanha eleitoral. Sem o essa medida, o sistema político do país continuará seguindo os interesses das empresas que financiam as campanhas eleitorais e não os interesses da população.
Os movimentos reforçam, ainda, a luta em defesa da Petrobras, alvo de ataques por aqueles que querem enfraquecer o patrimônio brasileiro com o intuito de privatizá-lo, transferindo os recursos do pré-sal – que devem ser investidos em saúde e educação – à iniciativa privada.
SERVIÇO
Dia do Trabalhador e da Trabalhadora
Data: 1º de Maio de 2015
Horário: A partir das 10h
Local: Vale do Anhangabaú, centro paulistano – Metrô Anhangabaú (Linha 3-Vermelha)
Texto: Flaviana Serafim – CUT São Paulo
Artes: CUT Nacional
Um agente de segurança penitenciária (ASP) foi agredido, ontem (24/04), no pavilhão 7 da Penitenciária de Osvaldo Cruz, após o “bate chão”, na liberação dos sentenciados para o banho de sol. O agressor aproveitando que o ASP estava de costas a caminho para a "ratoeira" desferiu golpes na região abdominal. Somente nesta semana, este é o terceiro caso de agressão a um ASP no estado de Sâo Paulo.
O preso foi contido por funcionários e encaminhado para o pavilhão disciplinar. 11 presos que dividiam a cela com o agressor foram encaminhados para a Presidente Venceslau. A penitenciária, que tem a capacidade para 844 detentos, abriga quase o dobro de presos, com população carcerária de 1542 sentenciados.
Os representantes do Sifuspesp, Fábio Jabá (diretor de formação), Gilberto Antonio da Silva (coordenador regional de Presidente Venceslau) e Riomar Evangelista (coordenador regional de Mirandópolis) ao chegarem na unidade, encontraram os funcionários revoltados, pois foram informados pela direção da unidade de que não haveria tranca, nem atuação do GIR na unidade.
“A informação da direção da unidade causou estranheza, já que estes são procedimentos que devem ser realizados nestes casos”, releva o diretor de Formação. O Sifuspesp tentou realizar uma reunião na unidade, mas os ASPs de folga, que vieram prestar solidariedade, foram impedidos de entrar pela direção de disciplina. Então, partiram para a frente da penitenciária, onde fizeram uma reunião com os funcionários do Turno I e Turno III, na qual ficou definida uma pauta de melhorias de condições de trabalho na unidade.
Os funcionários reivindicam a automação das portas da celas; brete nos pavilhões celulares, escolar, de trabalho e cozinha, evitando o trânsito de presos na galeria; tela de proteção em cima dos pavilhões, evitando o arremesso de contravenções; saída de emergência em todos os setores (hoje existente somente na gaiola 4); e o fechamento da gaiola da cozinha.
A pauta de reivindicações dos funcionários, inclusive a tranca e a presença do GIR, foi encaminhada pelo Sifuspesp para o coordenador das Unidades Prisionais da Região Oeste (Croeste), Roberto Medina. O coordenador garantiu a presença do GIR, e que haverá tranca de 15 dias no raio. “Se não houvesse a nossa intervenção, do Sifuspesp e dos funcionários, não teríamos a garantia de tranca e da presença do GIR, procedimentos que são de rotina”, conta Fábio Jabá.
Caso o GIR não apareça na segunda-feira na unidade, o Sifuspesp promete parar a unidade, até que o procedimento de rotina e a palavra da SAP sejam cumpridos. “Realizar uma blitz na unidade sem a presença do grupo de intervenção rápida é deixar nossos colegas, mais uma vez, vulneráveis aos ataques dos presos”, afirma o coordenador do Sifuspesp, Riomar Evangelista.
Na segunda (20/04), um preso agrediu dois ASPs na Penitenciária de Iperó, unidade com capacidade para 1851 presos e que tem quase 3 mil detentos. Para Jabá, “as agressões tem relação direta com o descaso da SAP em relação às condições de trabalho dos funcionários, que trabalham em todo o sistema prisional com a superpopulação carcerária, déficit funcional, além de péssimas condições de trabalho”. “O funcionário que tem de lidar com o preso no dia a dia que acaba pagando pela má gestão da SAP”, completa o diretor de Formação.
'Closeup' e 'Tsunami' são procurados pela morte de diretor do CDP (Foto: Divulgação/SSP)
O Centro de Detenção Provisória de Praia Grande passou a se chamar “ASP Charles Demiltre Teixeira”, em homenagem ao agente assassinado brutalmente em uma emboscada no dia 21 de agosto do ano passado. Charles era querido pelos funcionários do CDP por sua firmeza na relação com os detentos. Ele deixou mulher e quatro filhos.
A Secretaria de Segurança Pública chegou a oferecer R$ 10 mil reais por informações, por meio do disque denúncia (181), para quem desse informações para a prisão de Dionatan Lucas da Silva (o Closeup) e Cássio Guedes (o Tsunami), identificados como autores do crime.
No período do final de março do ano passado até começo de abril deste ano, 10 ASPs e AEVPs foram assassinados brutalmente no estado de São Paulo. Até o momento, nenhum autor do crime foi preso.
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