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Por Flaviana Serafim

Em mais uma medida contra o funcionalismo e marcada pela privataria tucana em SP, o governador João Doria (PSDB) enviou o Projeto de Lei (PL) 529/2020 à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (12), propondo a extinção de diversas empresas, autarquias e fundações no próximo ano. A alegação é a “grave situação fiscal” que requer “ajustes” devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus nas receitas públicas do Estado paulista. 

Entre outros, a medida atinge o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE), que pela proposta sofrerá uma “reestruturação do sistema de contribuição”, na prática a sugestão de um aumento da alíquota paga pelo funcionalismo -  de 0,5% para 1% para cada beneficiário e de 2% a 3% para contribuintes e agregados, percentual variável de acordo com a faixa etária. Além do aumento da alíquota, a “reestruturação” envolve transferir a gestão do IAMSPE para a iniciativa privada. 

“Todas as categorias estão em diálogo para definir as estratégias dessa luta, e a unidade novamente é o essencial para pressionar e impedir que esse projeto seja aprovado. O SIFUSPESP é totalmente contra a proposta, pois já sabemos que a ‘reestruturação’ é outra medida que vai pesar no bolso do funcionalismo sem representar, de fato, uma melhora no atendimento do IAMSPE”, critica Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do sindicato. 

Ainda segundo o dirigente, os sindicatos do funcionalismo estão analisando o PL juridicamente, pois devido à pandemia só projetos urgentes podem ser votados e a proposta do governo estadual fere o direito ao debate popular pelo conjunto dos servidores públicos na Assembleia Legislativa. 

“Nós mantemos o IAMSPE com nossos salários e há anos os recursos das contribuições são desviados para outros fins que não o investimento no próprio instituto. Não falta orçamento, falta aplicação efetiva do recurso. O PL aponta R$ 10 bilhões de déficit nas contas, mas as isenções fiscais a empresas somam R$ 200 bilhões em perdas na arrecadação. E a conta novamente sobra para o funcionalismo?”, questiona Jabá. 

Para implementar uma “gestão pública moderna e eficiente’, o PL 529/2020 pretende acabar com cerca de 5.600 empregos públicos com a extinção ou transferência à iniciativa privada, entre outros, da Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (FURP), que fabrica e fornece medicamentos a órgãos públicos de saúde e assistência social; da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), que realiza estudos, pesquisas, formação e treinamento em cancerologia para diagnóstico e prevenção do câncer; da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU), responsável pelos projetos habitacionais à população de baixa renda.  

Afeta ainda a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A (EMTU/SP), Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), Instituto de Medicina Social e de Criminologia (IMESC), Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP), Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo "José Gomes da Silva"  (ITESP) e Fundação Parque Zoológico de São Paulo

Confira a íntegra do PL 529/2020

por Giovanni Giocondo

 

É com profundo pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento do policial penal Marcos Brunelli, ocorrido nesta quarta-feira(12).

O servidor trabalhava no Centro de Detenção Provisória(CDP) II  de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, e estava afastado da função em virtude de fazer parte do  grupo de risco  para o coronavírus.

A causa mortis não  foi informada, mas Brunelli possuía problemas cardíacos.

A todos os familiares  e amigos do policial penal, o SIFUSPESP expressa seus sentimentos neste momento de luto e oferece todo apoio que  for necessário aos parentes  do servidor.

Com atraso e após pressão do SIFUSPESP, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) finalmente divulgou a promoção por merecimento de 2019 dos policiais penais da carreira de agente de segurança penitenciária (ASP). Apesar de homologado desde maio último, até então a situação era de incerteza e ausência de respostas mesmo com as muitas cobranças feitas pelo sindicato. 

A lista foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (12), um dia depois do Departamento Jurídico do sindicato protocolar ação exigindo que a SAP concedesse com urgência a promoção aos aos 5.688 policiais penais, e reiterando que, por lei, a periodicidade deve ser anual para elevação de classe dos servidores com base nas promoções por merecimento. 

Apesar da divulgação das promoções, a ação judicial do SIFUSPESP prossegue, pois também tem como objetivo fazer com que a SAP cumpra o decreto que determina que anualmente, nos meses de junho ou julho, seja editada a resolução de novos concursos por merecimento e por antiguidade. 

Antes de protocolar a ação, o SIFUSPESP também havia oficiado o Departamento de Recursos Humanos (DRHU) para que informasse sobre a publicação, mas o prazo legal para resposta terminou em 6 de agosto sem resposta, o que levou o sindicato a oficiar também  Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para cobrar a publicação das promoções. 

Confira a listagem publicada no Diário Oficial clicando aqui.

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