Durante encontro nesta segunda-feira(31), representantes do sindicato pediram apoio do deputado por resolução para convênios entre hospitais, laboratórios e clínicas em todo o Estado, além de reivindicar participação deliberativa da CCM nas decisões sobre instituto que cuida da saúde do servidor
por Giovanni Giocondo
Em reunião realizada nesta segunda-feira(31), o diretor de Saúde do Trabalhador do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, e o secretário-geral do sindicato, Gilberto Antonio da Silva, estiveram com o deputado estadual Mauro Bragato(PSDB) para tratar das demandas dos trabalhadores por melhorias urgentes na celebração de convênios e renovação de contratos do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (IAMSPE).
Os sindicalistas cobraram providências em relação ao Iamspe, pois várias cidades do interior do estado estão sem atendimentos, ou há dificuldades em relação a novos convênios com hospitais santas casas e até mesmo para manter os já existentes, além de atrasos para realização de exames, com espera que dura por meses.
O encontro, que aconteceu no escritório do parlamentar em Presidente Prudente, no interior do Estado foi importante para apresentar a lista elaborada pelos membros do sindicato sobre os municípios e regiões paulistas onde os funcionários públicos têm sofrido para conseguir atendimento médico ambulatorial, consultas e cirurgias eletivas, exames de imagem e outros procedimentos envolvendo hospitais, laboratórios e clínicas.
Presidente Prudente, aliás, enfrenta um dos cenários mais incertos no que tange à celebração de contratos entre o Estado e os locais de prestação de serviços em saúde, já que a Santa Casa da cidade ainda não renovou o convênio com o IAMSPE, enquanto os muitos servidores e seus dependentes que vivem na região - notadamente trabalhadores penitenciários - ficaram sem acesso a uma série de atendimentos básicos.
Por isso, os dirigentes pediram atenção especial quanto à manutenção do contrato com a Santa Casa de Presidente Prudente, que atende várias cidades da região, e o deputado salientou que o contrato sairá nos próximos dias porque está em tratativa para assinatura entre o IAMSPE e a Santa Casa do município.
Para atendimento no município, o sindicato também solicita a construção de um ambulatório para atendimento de procedimentos de baixa complexidade que seja exclusivo aos servidores estaduais, aos moldes de uma unidade básica de saúde (UBS) do Sistema Único de Saúde(SUS), e que com o tempo se transforme num hospital do servidor.
Ainda durante a reunião com Bragato, os representantes do SIFUSPESP voltaram a pressionar para que entrasse em vigor uma antiga reivindicação da Comissão Consultiva Mista (CCM) do IAMSPE, que requer do governo estadual uma contrapartida financeira equivalente aos 3% retirados todos os meses da folha salarial dos servidores para custear os serviços, além de participação deliberativa nas tomadas de decisão por parte do instituto - sobretudo para decidir como e em que setores serão investidos os recursos.
“Hoje muito se exige do servidor público. Só existem cobranças, metas e novos desafios, porém não se vê a relevância que nós servidores públicos temos para a população em geral. É preciso investir nos servidores com melhoria de condições de trabalho, salários e principalmente na saúde do servidor porque hoje a maioria está doente e necessita de um cuidado especial. O Sifuspesp sempre esta à frente dessa bandeira pela saúde do servidor, e estará lutando e cobrando das autoridades necessárias porque o Iamspe é nosso”, finaliza Vieira.
Confira o vídeo do diálogo entre os dirigentes e o deputado estadual:
Alterado em 02/06/2020, às 19h32, para acréscimo de informações.
Informação da Diretoria Técnica de Saúde da unidade é que imunizante será aplicado em trabalhadores que receberam e que não receberam a primeira dose. Sindicato tenta apurar se campanha será estendida a outras unidades do Estado
por Giovanni Giocondo
Começou nesta segunda-feira(31) e vai até a próxima sexta-feira, 4 de junho, a nova campanha de vacinação contra a COVID-19 dos servidores da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) que atuam na Penitenciária Feminina de Santana
A informação oficial da Diretoria Técnica de Saúde da unidade - a que o SIFUSPESP teve acesso - inclui os integrantes da Base de Escolta, trabalhadores que já receberam a primeira dose do imunizante, aqueles que não o receberam por fazerem parte do grupo de risco ou que mesmo estando aptos para o trabalho, também não foram vacinados.
O sindicato está apurando mais informações para identificar se a campanha será válida para todas as demais unidades do Estado, onde a imunização começou no dia 5 de abril, mas não foi universal, ou seja, deixou de fora alguns servidores, como aqueles que possuem comorbidades relacionadas à COVID-19.
Para receber a vacina, é preciso fazer o cadastro no site www.vacinaja.sp.gov.br, além de levar a carteira de vacinação e a identidade funcional.
Ainda de acordo com a nota, os frascos da vacina contra o coronavírus só serão abertos quando dez servidores estiverem presentes, com o objetivo de evitar desperdícios.
O autônomo Kaio Souza, que tomou soco de policial militar e que havia se identificado como policial penal, chegou a ser aprovado e nomeado em concurso da SAP, mas não assumiu o cargo. Sindicato quer que SSP adote resolução interna que disciplina procedimentos quando fiscalização de rotina envolver outro profissional da segurança
por Giovanni GIocondo
O SIFUSPESP vem a público para repudiar a atitude do policial militar que agrediu com um soco no rosto o autônomo Kaio Souza, em ocorrência registrada na noite do último sábado(29) em Caieiras, na Grande São Paulo.
O sindicato também considerou graves as ofensas racistas feitas pelo soldado e o tratamento que relegou aos servidores penitenciários, que chamou de “lixos” quando o rapaz tentou argumentar que era agente de segurança penitenciária(ASP). Souza, que é negro, também foi tratado pelo PM de forma depreciativa como “neguinho”.
Após conversar com Kaio Souza nesta segunda-feira(31) e ir até o 26o distrito policial de Caieiras - onde foi registrada a ocorrência, o SIFUSPESP esclareceu que o rapaz foi aprovado em um concurso público para a carreira de ASP em 2013, nomeado, porém não assumiu o cargo, o que fez com a nomeação acabasse tendo cessados seus efeitos.
O sindicato vai encaminhar um ofício à Secretaria de Segurança Pública(SSP) e à Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) para solicitar que qualquer abordagem feita com policiais penais e demais profissionais da segurança pública respeitem o que prevê a resolução SSP 775, de 31 de agosto de 2020.
O documento disciplina os métodos que os policiais militares e civis devem adotar quando o envolvido for outro policial. Entre outras determinações, a resolução determina que o policial militar solicite a carteira de identidade funcional da pessoa abordada e efetue sua conferência nos canais de comunicação da instituição a que se refere.
No olhar do SIFUSPESP, esta ação simples poderia impedir o desfecho violento da ocorrência. “Se fosse verificado que o Kaio não era servidor, o policial poderia prosseguir com a abordagem dentro do que especifica a lei e sem agredi-lo, além de não ofender os policiais penais”, pondera o presidente do sindicato, Fábio Jabá.
Além disso, o documento da SSP estabelece que a conversa entre policiais e cidadãos deve prezar pelos princípios da “dignidade da pessoa humana, da impessoalidade e da legalidade”. “Não é o que um soco no rosto dado sem reação da outra parte e um tratamento racista parecem transparecer”, prossegue Jabá.
Para completar, as ofensas proferidas pelo soldado, ao dizer que “agente penitenciário é tudo lixo” soaram como uma ofensa gratuita a toda a categoria. “Trabalhamos dentro da legalidade, respeitamos a necessidade das abordagens policiais nas ruas, não somos imunes a elas, mas isso precisa acontecer sem ataques e sem violência, respeitando o que o protocolo da secretaria de segurança pública prevê”, esclareceu o sindicalista.
Confira no vídeo abaixo o esclarecimento oficial do presidente Fábio Jabá sobre o caso:
Ouvidor da Polícia Militar condena agressão e racismo
Em pronunciamento oficial, o ouvidor da Polícia Militar de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, condenou a agressão do policial contra Kaio Souza, além de repudiar a possível ocorrência de ofensa racista durante a abordagem, que de acordo com ele, não seguiu os protocolos da PM.
Veja a íntegra da resposta fornecida à imprensa:
"Ao que tudo indica, a versão apresentada pelos policiais militares é inverossímil.
Já fomos procurados pelos cidadãos envolvidos na ocorrência, que estão revoltados, pois foram abordados, desde o início, de forma irregular, sem que os policiais seguissem o protocolo da Polícia Militar.
Na versão dos envolvidos, eles foram chamados de “lixos”, “neguinhos”, entre outros impropérios verbais, e isto gerou indignação e, portanto, justificável reação por parte deles, uma vez que eles poderiam facilmente se identificar aos policiais como pessoas do bem e trabalhadoras (o que de fato são).
Assim sendo, com base no que pudemos apurar até este momento, tudo indica que os policiais praticaram o crime de abuso de autoridade e lesão corporal (com a desnecessária agressão perpetrada por um dos policiais). Além disso, e o mais grave, há sim elementos indiciários do cometimento do crime de racismo por parte dos policiais, uma vez que adotaram conduta neste sentido pelo menos minimamente, ao cometerem a injúria de cunho racial em face dos envolvidos."
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