SIFUSPESP orienta homens nomeados a buscar ajuda do sindicato em virtude da data da convocação não aparecer no site do departamento. Prazo para realizar exame se encerra no dia 2 de outubro
por Giovanni Giocondo
Um erro interno do Departamento de Perícias Médicas do Estado(DPME) atrapalhou o agendamento da perícia de pelo menos 30 remanescentes nomeados a partir do concurso para o provimento de cargos de agente de segurança penitenciária(ASP) de 2014. Eles deverão reagendar a data de suas perícias, e poderão contar com ajuda do SIFUSPESP.
O problema aconteceu após esses candidatos realizarem o cadastro no site do departamento, que tinha prazo para ser finalizado até o último dia 13 de setembro. Após esse período, o DPME teria de fazer a convocação de cada um para a realização da perícia, e enquanto isso os candidatos deveriam providenciar os exames obrigatórios.
Ocorre que o DPME não publicou as convocações de todos em seu site, fazendo-o apenas no Diário Oficial do Estado, o que fez com que esses 30 nomeados perdessem a data agendada para a perícia. Felizmente, é possível reagendar a data sem haver prejuízo para a futura posse.
Esse reagendamento para aqueles que não compareceram à perícia, no entanto, só pode ser feito até o dia 2 de outubro, já que o prazo legal para esse procedimento é contado até 30 dias após a nomeação, que aconteceu no dia 2 de setembro. Só haverá possibilidade de fazer a perícia após esse período caso o prazo de posse tenha sido prorrogado.
Quem perdeu a data da perícia e está com dificuldades para o reagendamento pode entrar em contato com o SIFUSPESP pelo whatsapp no número: (11) 99339-4320.
A assessoria de imprensa do SIFUSPESP entrou em contato com a Secretaria Estadual de Orçamento e Gestão, que responde pelas demandas do DPME, mas não havia obtido retorno até o momento do fechamento desta matéria.
Lotado na Penitenciária II de Guareí, Michel Mikhael vive em Itapetininga e sofreu imensas perdas materiais após sua residência ser alvo de um incêndio criminoso na madrugada desta segunda-feira(20)
por Giovanni Giocondo
O policial penal Michel Mickael teve sua casa incendiada de forma criminosa na madrugada desta segunda-feira(20) em Itapetininga, no interior paulista. Além de ter sua residência danificada e móveis consumidos pelas chamas, ele também teve seu carro completamente destruído pelo fogo.
A polícia investiga o caso, mas ainda não há informações sobre o paradeiro do suspeito do delito. Mais informações sobre a ocorrência estão neste link.
Lotado na Penitenciária II de Guareí, onde atua há 13 anos, Michel tem três filhas - todas crianças, além da esposa, que felizmente não se feriram no incêndio porque não estavam em casa. No entanto, seu salário como trabalhador do sistema prisional não é suficiente para custear os prejuízos materiais causados pelo fogo, além de simultaneamente fornecer a sustentação básica de sua família.
Por esse motivo, o SIFUSPESP se solidariza com o servidor e vem a público para pedir a toda a categoria que o auxilie financeiramente para que, mesmo aos poucos, ele possa recuperar seus pertences e cuidar de seus entes queridos enquanto aguarda a resolução do caso.
Para colaborar, basta enviar qualquer quantia para o PIX:
Celular: (15)998315747
Michel Mickael
Foto do carro do policial penal
Relatos feitos ao SIFUSPESP dão conta de que pacientes com câncer e problemas cardíacos esperaram até 30 horas para receber medicação no último domingo(19) dentro do pronto socorro, que teria sido terceirizado. Enquanto fichas médicas desaparecem, pessoas desmaiam, idosos ficam amontoados em macas, gritam de dor e entram em convulsão em um ambiente caótico e cruel, marcado pelo desprezo do governo do Estado pela vida
atualizado às 11h04 de 22/09/2021
por Giovanni Giocondo
Amparado por sua filha, uma policial penal que atua em São Paulo, o aposentado Manoel(nome fictício), de 87 anos, teve uma arritmia cardíaca e às 9h da manhã deste domingo(19) deu entrada no pronto socorro do Hospital do Servidor Público Estadual do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE), que fica na zona sul da capital.
Do momento em que o atendimento foi “iniciado” até o homem receber a medicação indicada e, sem opção de continuidade do tratamento, ser transferido a um outro centro médico de apoio na Mooca, na zona leste da cidade, passaram-se mais de 30 horas.
Todo esse período de espera ele passou sentado em uma desconfortável cadeira das muitas espalhadas pelo saguão do hospital, cujo atendimento precário se prolifera para muitos outros casos de pacientes graves ou não, mas que certamente pioram devido à ineficácia da estrutura e dos recursos humanos disponíveis no local.
“É complicado contribuir compulsoriamente com o IAMSPE e não ter um retorno dessa contribuição quando mais precisamos”, avalia a policial penal, que fez um relato assustador sobre o que observou acontecendo no pronto socorro enquanto acompanhava o pai.
"As fichas médicas da maioria dos pacientes desapareceu. As prescrições medicamentosas, mesmo após terem sido ministradas pelos médicos, deixavam de ser efetuadas por seus auxiliares, gerando desespero dos pacientes e seus acompanhantes", conta a policial penal sobre a situação de colapso do hospital, onde era possível "assistir a desmaios, convulsões e gritos de dor por horas a fio", lamenta.
Apesar das persistentes reclamações de pacientes e seus acompanhantes, funcionários terceirizados pelo IAMSPE tratavam muitos com "desfaçatez", afirma a servidora, enquanto inúmeros pacientes com determinação médica para serem internados em caráter preventivo ou devido à gravidade de sua saúde, aguardavam o atendimento nas cadeiras.
Vítima de câncer, idoso de 83 anos fica cinco horas na fila para tirar sangue. “Situação cruel”, diz filha
Um desses outros pacientes é Mauro, de 83 anos, que tem câncer e é pai de uma professora da rede pública estadual. Ela o acompanhava para o tratamento oncológico, e ficou espantada com o tempo de espera para que ele fizesse a coleta de exames de rotina - nada menos que cinco horas. “Para uma pessoa dessa faixa etária e que possui uma doença grave, foi uma eternidade. Muita dor, beirando o insuportável”, explica a servidora.
Além do tempo despendido pela equipe de atendimento até a medicação do homem, a forma como o idoso teve de permanecer no hospital não poderia ser menos trágico. “Amontoado junto de outros pacientes, cada um com um problema diferente. Chega a ser cruel. Eu temo por complicações no quadro de saúde dele devido a essa desorganização. É tanta maca que nem as janelas conseguimos ver mais”, prossegue a mulher
“Está um caos e faltam funcionários da enfermagem. O paciente não resolve seu problema é no outro dia está mais grave. Então ele volta para o hospital e novamente enfrenta o descaso, implorando atendimento. Meu diagnóstico particular é que jogam todos os problemas que chegam em um atendimento que deveria ser organizado por gravidade, e não é. Daí vira essa bagunça, e a saúde de todos fica comprometida”, finaliza.
Terceirização pode ser origem de velhos problemas
A administração do Hospital do Servidor é de responsabilidade do IAMSPE, mas o instituto terceirizou o atendimento no pronto-socorro, e a avaliação do Departamento de Saúde do SIFUSPESP é que a empresa que assumiu o serviço não dá conta da alta demanda concentrada em São Paulo, onde são recebidos pacientes de todo o Estado.
Desde outubro do ano passado, após a aprovação do Projeto de Lei 529/2020 pela Assembleia Legislativa, o governo de São Paulo elevou de 2% para 3% a contribuição obrigatória dos servidores públicos paulistas para o IAMSPE, além de também elevar o índice cobrado por cada agregado, beneficiário ou dependente.
Na avaliação do diretor de Saúde do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, não há justificativa para esse despreparo das equipes médicas no atendimento dos pacientes, tampouco o desrespeito à saúde e às vidas dos servidores e de seus familiares por parte do instituto, “quando o mínimo esperado era um tratamento digno que não colocasse ainda mais em risco” a já fragilizada saúde de quem depende de tratamento médico de urgência.
“O funcionário tira do seu bolso todos os meses cada centavo que serve para bancar os procedimentos e o atendimento, que precisa ser de qualidade. Depois que aumentou o valor da contribuição, o IAMSPE se comprometeu a melhorar os serviços, mas de forma que soa inacreditável, estamos vendo que conseguiram piorar. Essas pessoas não podem ser humilhadas desse jeito, e o sindicato está atento para defendê-los desse verdadeiro disparate que é a situação registrada no hospital do servidor”, criticou.
IAMSPE justifica atrasos e superlotação devido a "casos críticos represados pela pandemia"
Em nota encaminhada à assessoria de imprensa do SIFUSPESP, o IAMSPE informou que o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) atende aproximadamente 500 pacientes por dia, sendo que em dias de grande movimento chega a ultrapassar a 600 pacientes nas unidades de pronto atendimento.
Ressaltou ainda que "nas últimas semanas, em decorrência dos casos críticos represados pela pandemia da Covid-19, houve picos de atendimento em alguns horários, que eventualmente podem ter causado lentidão".
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