Na tarde de ontem(27) um preso do regime semiaberto da P1 de Sorocaba, fugiu pulando o muro da unidade para a rua Nájila Amary Murad e empreendeu fuga pela rua Pedro Del Santoro. O fato foi filmado por um motorista que passava pelo local e seguiu o fugitivo.
Após percorrer pouco mais de 300 metros o fugitivo foi capturado por Policiais Penais da unidade em um córrego na altura da rua Anton Vargas.
No vídeo é possível ouvir o motorista questionando um dos Policiais Penais se o mesmo estava armado, preocupado ao saber que o policial se encontrava desarmado o motorista se oferece para ligar para a Polícia Militar e é informado que a mesma já tinha sido acionada.
Dois outros Policiais Penais conseguiram cercar o fugitivo no córrego que passa pelo local, sendo que um deles entra nas águas contaminadas com esgoto para capturar o indivíduo, enquanto outro lhe dá apoio na margem.
Nas imagens é possível notar que os Policiais Penais não portavam nenhum equipamento de defesa, contando apenas com sua dedicação e coragem para capturar o fugitivo.
Durante a ocorrência nenhuma viatura da Polícia Penal estava disponível para apoiar os policiais.
A P1 de Sorocaba tinha na data de ontem uma população de 865 presos, sendo 434 de regime fechado e 431 de regime semiaberto para um total de 572 vagas, a unidade inaugurada em 1976 tem uma área de mais de 5800 m2 e pouco mais de 100 policiais penais para os quatro turnos.
O Anexo de Regime Semiaberto (ARSA) de onde ocorreu a fuga, não conta com guarda armada.
O SIFUSPESP parabeniza os Policiais Penais envolvidos na recaptura do fugitivo, e espera que os mesmos recebam elogios em seus prontuários pela reação rápida e eficiente.
Mais uma vez os Policiais Penais demonstram que apesar da total falta de apoio do estado são capazes de colocar sua vida e saúde em risco para defender a sociedade.
Projeto de lei enviado pelo governo não garante o acautelamento de armas e restringe recapturas
Embora situações como essa façam parte da dura rotina dos Policiais Penais do estado,principalmente dos que atuam em unidades de regime semiaberto, o Governo do Estado não incluiu o acautelamento permanente de armas e coletes balísticos na lei que pretende regulamentar a Polícia Penal no estado.
Além de não garantir o acautelamento, o projeto não incluiu nenhum direito ou prerrogativa aos policiais além de limitar as capturas ao momento da evasão ou à perseguição imediata.
Dá forma que está o projeto será o único no Brasil que além de restringir a recaptura não garante os direitos e prerrogativas mais básicos de um policial.
O SIFUSPESP convida a todos a enviarem e-mails para os deputados pedindo que façam emendas que garantam estes e outros direitos básicos para os Policiais Penais, para enviar e-mail a todos os deputados vc pode acessar este link:
https://sifuspesp.org.br/Carta_aberta_deputados.html
Abaixo o vídeo com a fuga e a recaptura
É com profundo pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento do Policial Penal aposentado Valdir Bueno de 56 anos, na data de ontem (26).
Valdir foi aposentado a menos de um mês devido a um câncer, ao qual não resistiu.
Iniciou sua carreira em 2002 no CDP I de Osasco e trabalhou até a aposentadoria, motivada pela doença no CDP Capela do Alto.
Seu sepultamento ocorre hoje às 15h no Cemitério Municipal Cristo Rei em Tatuí.
Neste momento de luto o SIFUSPESP apresenta suas mais sinceras condolências a todos os familiares, amigos e colegas de trabalho de Valdir Bueno.
Em 27 de agosto, é comemorado o dia do psicólogo(a), profissão ratificada desde 1962 no Brasil por meio da Lei 4.119, promulgada pelo então presidente João Goulart.
Neste momento estes profissionais fundamentais para o processo de ressocialização vivem um processo de desvalorização dentro de nossa secretaria.
Ao contrário de outros estados, São Paulo optou por deixá-los de fora da instituição Polícia Penal, esta foi uma opção política, parte da tática do governo de “dividir para conquistar”, que além de enfraquecer a luta conjunta dos trabalhadores penitenciários, fragmenta o funcionamento de uma instituição que deveria funcionar como um sistema.
Se levarmos em conta que uma das definições de sistema é: “ um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função.” vemos que esse conceito é abandonado quando se trata do “Sistema Prisional”.
Em um momento em que a LEP (Lei de execuções penais) foi modificada pelo congresso passando a exigir o exame criminológico para a progressão de regime, manter os psicólogos apartados da instituição Polícia Penal, cria uma falha estrutural.
Um enfoque de sistema prisional que leve em conta os aspectos psicológicos da população carcerária pode e deve ser utilizado como forma de contenção da violência e redução de conflitos. Enquanto as polícias mais avançadas do mundo apostam nessa importante ferramenta, São Paulo simplesmente a deixa de lado no processo de criação da Polícia Penal.
Quando o sistema mais necessita de Psicólogo(a)s ,para realizar o exame criminológico o estado mais rico do país, cujo executivo trabalhou para a modificação da LEP que exige o dito exame mantém o sucateamento da carreira, a desvalorização destes profissionais e o menor número de Psicólogo(a)s da história da secretaria.
Como reter e formar quadros especializados se os profissionais de Psicologia recebem um dos menores salários da Secretaria? Faltam condições estruturais para o exercício da função e incentivo ao aprimoramento e educação continuada. Nem mesmo as progressões e promoções estabelecidas na lei 1157/2011, são seguidas pela SAP.
Por outro lado, devido a precarização, o estado torna cada vez mais difícil a alocação de Psicólogo(a)s,para o suporte aos Policiais Penais, mais uma vez demonstrando o abandono do estado a todos os seus servidores.
Neste dia do Psicólogo(a) e da Psicologia, o SIFUSPESP congratula estes profissionais que fazem seu trabalho APESAR do estado e mesmo desvalorizados dignificam o exercício da profissão.
O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!
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