Presidente do sindicato e diretor de base estiveram no CDP de Jundiaí e CPP de Campinas nesta quarta-feira
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP), representado por seu presidente, Fábio Cesar Ferreira, o Jabá, e o diretor de base Alancarlo Fernet, esteve presente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí e no Centro de Progressão Penitenciária "Professor Ataliba Nogueira" de Campinas, nesta quarta-feira (31/01).
A visita faz parte do projeto do sindicato de aproximação da base para a construção e organização conjunta de lutas em prol das necessidades dos funcionários do sistema penitenciário paulista. A campanha salarial de 2018 é um dos pontos que vem sendo abordados, já que o SIFUSPESP levantou esta bandeira: melhoria salarial.
“Falamos do nosso projeto de organização para o trabalho e escutamos os servidores que nos receberam, aceitando a aproximação, tirando dúvidas e fazendo sugestões para que consigamos alcançar positivamente nossos objetivos, principalmente este do aumento salarial, já que estamos em campanha”, afirmou o presidente.
Segundo Jabá, o sindicato convocou também a categoria a comparecer na Assembleia Geral sobre a campanha salarial que será realizada em março.
“Este mês pretendemos falar com o máximo de funcionários possíveis, indo até eles, percebendo suas dificuldades, vendo as qualidades e forças e principalmente ouvindo. Não existe um sindicato sem base. São os funcionários que fazem a luta. E queremos que eles nos deem indicativos para nos organizarmos nesta batalha por melhores salários”, disse Jabá.
Além da conversa com os servidores, os sindicalistas percorreram o interior das unidades e reuniram-se com a diretoria de cada uma delas. Para Jabá, a união de forças é muito importante: “Precisamos estabelecer laços, exaltar o lado positivo de cada um deles, criar o hábito do diálogo, até para futuras negociações em prol dos trabalhadores. Quem ganha com isso são os servidores e esse é nosso objetivo”, finalizou.
Nesta quarta-feira, secretário-geral do sindicato esteve em São Manuel para falar sobre apoio de Milton Monti(PR) à PEC 372/2017
O secretário-geral do SIFUSPESP, José Ricardo Mesiano, esteve nesta quarta-feira, 31/01 na Câmara Municipal de São Manuel, interior de São Paulo, para dialogar com o deputado federal Milton Monti(PR) sobre o apoio do parlamentar à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional(PEC) 372/2017, que cria a Polícia Penal. O convite para o SIFUSPESP participar do encontro partiu do vereador Dr. Marco Aurélio Michelletto(PDT).
A aprovação da PEC pela Câmara dos Deputados é fundamental para garantir aos trabalhadores penitenciários a equiparação de suas carreiras às dos demais policiais, permitindo assim que os direitos dos servidores sejam preservados, melhorem suas condições de trabalho e aumentem suas responsabilidades no atendimento das demandas das unidades prisionais.
Como o apoio de cada um dos parlamentares brasileiros significará a união dos propósitos construídos em prol da categoria e proporcionará esta importante vitória no Congresso Nacional - a PEC já foi aprovada pelo Senado - o SIFUSPESP considera importante estar próximo dos deputados nas ocasiões em que visitam o Estado e manter abertos esses canais de diálogo para fazer com que a Polícia Penal seja o quanto antes uma realidade.
“Reação em cadeia” promove produção de alimentos, sustentabilidade e outras ações voltadas à ressocialização dos presos e ao bem estar da sociedade
Um projeto pensado e executado por servidores do do Centro de Detenção Provisória(CDP) de Caraguatatuba, no litoral do Estado, tem promovido atividades que beneficiam funcionários , garantem a ressocialização dos detentos e fazem com que a unidade prisional seja uma referência no oferecimento de produtos e serviços para o município e para moradores de toda a região.
Com o objetivo de mobilizar os funcionários para ações que visem melhorias no cotidiano da unidade e verdadeiramente “reagir” aos problemas observados no dia a dia do local, o “Reação em Cadeia” vem construindo de forma sólida um novo modelo de organização do local de trabalho, no qual a intersetorialidade faz a diferença.
Segundo Rogério Grossi, agente de segurança penitenciária, diretor de base do SIFUSPESP e um dos idealizadores do projeto, a iniciativa “colabora para quebrar tabus antes intransponíveis, com estímulo à participação coletiva e de práticas que favorecem a eficiência e a produtividade do espaço”.
O projeto engloba diferentes frentes de atuação, sendo a “Cadeia Alimentar” o carro-chefe do trabalho que ainda possui “Cadeia do conhecimento”, “Cadeia da transformação”, “Cadeia da Sustentabilidade” e outras iniciativas que ainda serão
Cadeia alimentar - Plantar e produzir para fornecer a quem precisa
O carro-chefe do trabalho é a “Cadeia Alimentar”, uma horta para produção de legumes, verduras e temperos orgânicos. A horta fica próxima à muralha da unidade, onde fica a chamada “linha de tiro” dos agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs).
Os alimentos produzidos ali são fornecidos para a consumo dos funcionários, dos presos e também de famílias carentes e instituições filantrópicas de Caraguatatuba, que recebem as doações via Banco Municipal de Alimentos.
Mas antes de as hortaliças nascerem sob o cultivo dos servidores e dos detentos, foi preciso buscar todos os elementos que as fariam florescer. Por esse motivo, foi necessário em primeiro lugar a busca pelo mais básico deles: A terra que serviria para o plantio.
Assim, a equipe foi buscar em terrenos vizinhos, com a permissão dos proprietários, terra que precisou passar por tratamento para retirada de pragas e que depois ganhou vida por meio da utilização de adubos naturais, feitos inclusive com as sobras de alimentos consumidos na própria unidade, como cascas de ovos e de frutas, por exemplo.
Clique na foto e conheça o projeto
Quem trabalha a terra para torná-la produtiva são detentos que possuem autorização judicial para essas atividades laborais, sempre ao lado dos funcionários. Eles também produzem as mudas, feitas a partir de doações de sementes de hortaliças.
São cerca de 2.500 pés de hortaliças que devem começar a ser colhidas a partir do dia 10 de fevereiro. Mas o espaço sempre está aberto a doações, tanto vindas dos funcionários, quanto das famílias dos detentos, empresas e de entidades da sociedade civil.
Enquanto o SIFUSPESP colaborou com um conjunto moto-bomba, a Prefeitura de Caraguatatuba forneceu um técnico agrícola que ministrou um curso a todos os funcionários envolvidos no trabalho.
Plantas frutíferas variadas cujas mudas também foram doadas já começaram a produzir, em um pomar formado também pela equipe da “Cadeia Alimentar”. O suco dessas frutas já está sendo servido aos servidores no dia a dia.
Mudança de perspectivas para o servidor e a sociedade
“Essa dinâmica sustentável promovida pelo projeto, tanto do ponto de vista da utilização da agricultura orgânica como da ampliação das atividades da unidade prisional - que passa a fornecer alimentos à população de baixa renda e a ressocializar os presos por meio de um trabalho - em vez de apenas se manter como um depósito de gente, mostra que estamos no caminho certo e que essa iniciativa tem tudo para servir de exemplo para outras unidades”, explica Rogério Grossi.
Para o diretor de base do SIFUSPESP e criador do projeto, “a mudança na finalidade do que é o sistema prisional, as melhorias no ambiente de trabalho e na qualidade de vida do servidor passam, necessariamente, por uma mudança na atitude daqueles que atuam nesse sistema e desejam, para si e para a sociedade como um todo, perspectivas mais positivas diante de um cenário tão difícil que atravessamos neste momento”, finaliza.
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