Denúncia partiu de servidor de Mirandópolis que ficou entre a vida e a morte após quadro grave de COVID-19. Exames comprobatórios da doença, internações e laudos não foram suficientes para sensibilizar médica terceirizada pelo DPME, que dos 28 dias solicitados para afastamento, deu apenas 5. “Me senti humilhado, e se tivesse morrido, tinha sido esquecido”, relata trabalhador ao SIFUSPESP
por Giovanni Giocondo
Após se recuperar de um quadro grave de infecção pelo coronavírus, um policial penal lotado na Penitenciária II de Mirandópolis teve negados 23 dos 28 dias de licença médica solicitados junto ao Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME).
A negativa ocorreu no final de agosto, quase um mês após o início dos sintomas, sem que fossem levados em consideração laudos médicos, exames comprovando o contágio pela COVID-19 e mesmo uma internação de oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital de Mirandópolis.
O servidor - que não terá seu nome revelado para evitar represálias - começou a se sentir mal no dia 27 de julho. De imediato, foi até um posto de saúde na cidade de Guaraçaí, exclusivo para atendimento de casos suspeitos de COVID-19. Lá, recebeu medicamentos e orientação para se isolar por 14 dias.
Apenas dois dias depois, o trabalhador voltou a ter sintomas da doença, retornou ao mesmo atendimento e foi encaminhado para fazer uma tomografia em um hospital de Mirandópolis. O exame constatou com 90% de possibilidade de se tratar de COVID. Ele recebeu medicação mais forte e no dia 30 de julho fez o teste SWAP.
Em 2 de agosto, o resultado deu positivo para o coronavírus, o que determinou um pedido médico para 14 dias de afastamento do trabalho.
No dia 6, o policial penal teve nova indisposição, retornou ao posto de atendimento de Guaraçaí e então a situação piorou, incluindo comprometimento da capacidade pulmonar. Já com respirador, foi internado em Mirandópolis e duas horas depois estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde sofreu pioras, ficando entre a vida e a morte durante oito dias.
“Milagrosamente”, segundo o próprio servidor, houve quadro de melhora e em 14 de agosto ele finalmente foi para o quarto, onde passou apenas um dia e teve alta médica, indo para casa se recuperar, mas com novo pedido de afastamento do trabalho por 14 dias, contados a partir de 10 de agosto.
A perícia e a negativa
Ainda com os hematomas decorrentes dos procedimentos a que foi submetido, o policial penal compareceu à perícia em Andradina no dia 24 de agosto, data para a qual estava marcada, e se assustou com a postura da médica do DPME. “Ela nem olhou para mim, muito menos para os atestados médicos, os laudos, os exames, a tomografia”, relata.
O servidor prossegue, explicando que no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia seguinte, já estava publicada a negativa para a licença. Dos 28 dias solicitados, 23 foram negados. “Fiquei sem entender. Como é que pode não ser considerado todo esse processo? Como é que pode eu estar na UTI e ‘apto’ ao trabalho?”, questiona.
Denúncia para estimular outras sobre casos mais graves
Para o policial penal, que vai pedir a reconsideração do pedido de licença na Justiça, houve desrespeito total à sua condição precária de saúde. “Essa prática não pode continuar, e não é por mim que fiz a denúncia, é por todas as outras pessoas que procuram o afastamento de direito e não conseguem, mas ficam caladas devido a serem muito simples, não entenderem o que acontece ou não terem o conhecimento mínimo e são prejudicadas de forma absurda”, reitera.
“Se eu tivesse morrido, seria esquecido, mas não morri e estou aqui para que o povo possa saber. Quanto mais me batem, mais eu cresço. Essa terceirização da perícia em Andradina não pode continuar. Eu espero que a reconsideração do meu pedido seja aceita, mas independente disso, eu quero que seja feita justiça. Meus colegas de trabalho e amigos estão revoltados, mas eu acho que revolta gera ódio, e não é o que desejo”, pondera.
O trabalhador quer que que surjam mais denúncias a partir da que fez, porque sabe que há casos ainda mais graves, “de um amigo que perdeu a visão devido a diabetes e teve atrasado seu pedido de aposentadoria, de casos de câncer que não geram licenças, entre outros”, revela.
Para finalizar, o policial penal agradece profundamente a todos que oraram por ele, principalmente na pequena cidade de Guaraçaí. “Mesmo online, fizeram uma corrente, rezaram, foi algo que me comoveu muito, e eu não poderia deixar de lembrar dessas pessoas que me ajudaram a sair dessa situação”, reflete.
De acordo com dados colhidos pelo SIFUSPESP, 29 servidores penitenciários já morreram vítimas da COVID-19 no sistema prisional paulista. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) contabiliza até esta terça-feira (08), um total de 27 óbitos em razão da doença, com 576 casos positivos em teste rápido, 841 confirmados com exame PCR e 212 afastamentos por suspeita de contágio.
Com mensalidades a partir de R$149,90, espaço inclui musculação, esportes e clube de lazer na zona oeste de São Paulo, próximo a unidades prisionais de Pinheiros e Butantã
por Giovanni Giocondo
O SIFUSPESP fechou uma parceria para manter em dia a saúde dos seus associados, tão afetada em tempos de pandemia do coronavírus. O convênio com a Mega Fit, que além de academia de ginástica também fornece acesso a um clube de lazer e a uma série de modalidades esportivas, entre elas jiu-jitsu, judô, boxe e outras lutas, oferece descontos especiais aos sócios.
Localizada no bairro de Vila São Francisco, zona oeste de São Paulo, a Mega Fit tem como objetivo a qualidade de vida a partir da prática de atividades físicas para toda a família, em todas as faixas etárias, incluindo as crianças a partir dos 3 anos. Sócios do SIFUSPESP contam com quase 50% de desconto em relação aos demais frequentadores da Mega Fit.
O espaço é uma ótima opção para trabalhadores dos Centro de Detenção Provisória (CDPs) de Pinheiros e do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantã, que ficam a apenas 15 minutos de carro da academia.
Pelo plano que inclui musculação, um esporte e o clube, que tem à disposição área para lazer, ginásio e quadras poliesportivas, o valor mensal é de R$149,90, além de taxa de matrícula de R$ 99,99 e anuidade de R$ 250.
Enquanto durar a quarentena, para respeitar as regras de isolamento social, a Mega Fit está funcionando em horários e com regras diferenciados para preservar a saúde de todos. O tempo máximo de permanência é de uma hora e 10 minutos(1h10') por turma, com mais 10 minutos reservados entre as turmas para a higienização das salas. Veja no quadro abaixo:
Segunda a sexta-feira
Manhã
6:00 às 7:10
7:20 às 8:30
8:40 às 9:50
10:00 às 11:10
Tarde
15:30 às 16:40
16:50 às 18:00
18:10 às 19:20
19:30 às 20:40
Sábado
8:00 às 9:10
9:20 às 10:30
10:40 às 11:50
12:00 às 13:10
13:20 às 14:30
14:40 às 15:50
Para se inscrever, basta comparecer pessoalmente ao local e apresentar a carteira funcional. O endereço é a avenida Dr. Cândido Motta Filho, 731.
Para mais informações, acesse o site: https://www.clubmega.fit/
Apesar da flexibilização por parte do governo Doria em 95% do Estado, SIFUSPESP prossegue com atendimento à distância para evitar risco de contágio pelo coronavírus entre associados e funcionários da entidade. Afastamento de quem faz parte do grupo de risco deve continuar por pelo menos mais duas semanas
por Giovanni Giocondo
O governo de São Paulo prorrogou a quarentena em todo o Estado até o dia 19 de setembro. Em virtude da pandemia do coronavírus, 95% da população está agora sob a fase amarela do chamado “Plano São Paulo”, que prevê a flexibilização das atividades econômicas consideradas não essenciais. As exceções são as regiões de Ribeirão Preto e Franca, no interior do Estado. O decreto referente à prorrogação foi publicado no Diário Oficial do Estado do último sábado (5)
Apesar dessa medida, motivada pela queda do número de óbitos causados pela COVID-19 - menos 13,5% em relação à semana epidemiológica anterior, e de internações pelo mesmo motivo (6,5%) - de acordo com dados da secretaria Estadual de Saúde, o SIFUSPESP vai manter suas atividades à distância, com o objetivo de evitar que seus funcionários e associados possam estar sob o risco de contaminação.
No caso dos policiais penais e demais servidores penitenciários que fazem parte do grupo de risco para o coronavírus por terem comorbidades, a prorrogação do prazo para afastamento deve ser publicada em resolução interna da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) nesta quarta-feira (9), conforme procedimento semelhante que vem sendo adotado ao longo dos últimos meses.
O atendimento jurídico, psicológico, do departamento de convênios, da imprensa, administração e da diretoria do SIFUSPESP continua remoto, via Whatsapp, e-mail ou telefone.
Para qualquer solicitação, basta enviar uma mensagem pelo Whatsapp (11) 94054-8179. O associado que precisar de contato direto com os advogados também pode fazê-lo pelo Whatsapp, em qualquer um dos números abaixo, enviando mensagem para:
São Paulo: (11) 94054-8179
Araraquara: (16) 97400-7882
Avaré: (14) 97400-6790/ 16 99765-4345
Baixada Santista: (13) 98219-1139
Bauru: (14) 99777-7779
Campinas: (19) 99364-2105
Franco da Rocha: (11) 99869-4639
Itapetininga: (15) 99810-3303
Mirandópolis: (18) 99172-1592
Presidente Prudente: (18) 99794-0582
Presidente Venceslau: (18) 3272-3312
Ribeirão Preto: (16) 99393-9954
São José do Rio Preto: (17) 98172-0855
Sorocaba: (15) 3211-1838
Vale do Paraíba: (12) 99772-7036
Direção e Comunicação em plantão
A diretoria do SIFUSPESP segue de plantão e à disposição de toda a categoria, assim como o Departamento de Comunicação, principalmente para o envio de denúncias, como de falta de equipamentos de proteção individual (EPI) e dificuldades para afastamento do grupo de risco nas unidades. Nestes e em outros casos em que é preciso denunciar, envie sua mensagem para o Whatsapp (11) 99222-9118, ao e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou ainda na página do sindicato no Facebook: www.facebook.com/sifuspespsindicato.
Atendimento psicológico gratuito
Preocupado com o bem-estar e com a saúde mental dos servidores penitenciários, o sindicato também continua oferecendo o serviço gratuito de escuta enquanto durar crise do coronavírus, com sessões agendadas previamente e realizadas por Skype com a psicanalista e educadora social Veridiana Dirienzo.
Para agendamento, envie mensagem ao Whatsapp (11) 99223-9065, informando nome completo e telefone para contato. A psicanalista entrará em contato para marcar o dia e horário mais adequados à realização do atendimento.
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