O 7 de setembro marca o Dia da Independência brasileira e neste ano, em meio à pandemia de coronavírus e com uma nefasta proposta de reforma administrativa que destrói o funcionalismo, mais do que nunca o momento é de reflexão sobre o que é realmente ter independência, sobretudo quanto aos poderes.
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”, como deixa claro nossa Constituição já no 1º Artigo dos Princípios Fundamentais
Por isso, a hora é de reagir frente essa ganância de caçar o servidor público e fazer do funcionalismo bode expiatório da crise do país, seja pela iniciativa da reforma administrativa do Governo Federal de Jair Bolsonaro ou pelo governo estadual de João Doria (PSDB).
Na esfera Federal ou estadual, ambos foram eleitos para trabalhar em prol da população e não para acabar com serviços públicos que são essenciais ao povo. Também não foram eleitos para transformar cargo público em moeda de troca, com o fim da estabilidade do funcionalismo substituída pelo vai-e-vem, de uma gestão para outra, de pessoas sem qualquer compromisso em atender a população.
Ao mesmo tempo em que o Governo Federal faz do servidor o vilão da crise, concede benefícios fiscais a empresas privadas e está prestes a perdoar dívidas de igrejas, que já não pagam impostos, e que o pouco que deveriam pagar - de contribuição previdenciária e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - ainda ficam devendo, um montante que chega a R$ 1 bilhão.
O momento é de devolver a granada aqueles que tratam a nós servidores como inimigos, enquanto flertam com o setor financeiro e com empresas privadas para concessão de benesses à custa do dinheiro público.
É independência de fato ou a morte do funcionalismo e dos serviços públicos do povo.
Fábio César Ferreira
Presidente - SIFUSPESP