Competição aconteceu em Curitiba, com a presença de atletas de 30 países
por Giovanni Giocondo
O agente de segurança penitenciária (ASP) César Cabral conquistou as medalhas de prata e de bronze na 20ª edição do Mundial de Karatê. A competição aconteceu entre os dias 6 e 8 de dezembro, reunindo atletas de pelo menos 30 países.
Cabral, que é também integrante do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e está lotado atualmente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto, conquistou o terceiro lugar na modalidade kumitê individual, e o vice-campeonato no Kumitê kogo.
Convocado pela seleção brasileira de Karatê, o ASP treinou durante dez dias seguidos antes do início do mundial, e sem saber exatamente que categoria disputaria. Ele explica que a escolha acontece durante os treinamentos.
“Foram dias muito duros, de uma rotina pesada com três treinos diários. Houve muito sangue, suor e lágrimas dentro daquela tatame, os técnicos tiraram tudo o que podiam dos atletas”, esclarece Cabral, que afirma que a demonstração técnica da seleção brasileira foi ímpar. “Felizmente, pude ser um dos grandes destaques da equipe”, celebrou.
Cabral divide suas horas de folga em rotinas de treinos e ainda ministra aulas de defesa pessoal tonfa, algemação e escolta armada dentro da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O carateca também faz parte do 8º e 10º grupamentos do GIR, todas funções das quais diz se orgulhar muito. “Sempre que estiver no pódio levando nossa bandeira, a satisfação será imensa”, reitera.
Além de Rio Preto, o agente já trabalhou nos CDPs de São Bernardo do Campo, Taiúva e Icém.
Atleta percorreu 100 km em pouco mais de duas horas e ficou em primeiro lugar na categoria “Open”
por Giovanni Giocondo
Em uma disputa acirrada com cerca de 400 atletas realizada no último domingo (15), o ciclista e agente de segurança penitenciária (ASP) Tiago Ferraz(centro da foto) sagrou-se campeão da Taça Cidade de São Paulo.
A competição realizada nas ruas da capital paulista, também conhecida como “Rachão do Milão”, é considerada uma das que mais atrai amadores e profissionais de todo o país.
Ferraz conseguiu a primeira colocação na categoria “Open” ao percorrer o trajeto de 100 km em apenas duas horas e quatro minutos.
Multicampeão em disputas regionais, nacionais e internacionais ao longo dos últimos 25 anos, o ASP teve no último domingo pela primeira vez estampada em sua camiseta a logomarca do SIFUSPESP e já a primeira conquista.
O sindicato acredita que é essencial o incentivo a trabalhadores penitenciários que escolheram a dedicação ao esporte como forma de busca de mais saúde e qualidade de vida.
“Esse apoio tem como principal objetivo valorizar e reconhecer os destaques dentro do sistema e usar seus exemplos, divulgando-os constantemente, para que os demais servidores possam compreender que existem caminhos para o esporte que levam a um maior equilíbrio físico e mental do organismo. Dentro de um sistema que tanto nos maltrata enquanto trabalhadores, é preciso estar atento para atividades que nos auxiliem a enfrentar a difícil realidade do ambiente prisional”, ressalta Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP
Além do sindicato, Ferraz conta com o apoio da Paraguay Bikes de Pedro Juan Caballero, do Paraguai, da Academia Power Gym de Presidente Epitácio (SP); DENEA Cosméticos de São Paulo (SP); SUDRACT Suplementação para Atletas de Assis (SP); Avion Sports Uniformes esportivos de Campinas (SP) e da Prefeitura Municipal de Araçatuba (SP), cidade que o atleta defendeu oficialmente nas competições de 2019.
Por Flaviana Serafim
O Departamento Jurídico do SIFUSPESP fez nesta terça-feira (17) uma nova representação, junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), para suspender o edital de cogestão dos presídios de Aguaí, Registro, Gália 1 e 2, desta vez com base na recém promulgada Polícia Penal, para reforçar a ilegalidade de se transferir a terceiros um poder policial que é exclusivo do Estado.
No documento, o SIFUSPESP ressalta que, com a promulgação da Emenda Constitucional (EC) 104/2019, que instituiu a polícia penal, “qualquer discussão acerca da natureza policial das atribuições e atividades desempenhadas pelos agentes penitenciários, principalmente no âmbito das carceragens (...) não mais prospera”.
Em seu Artigo 3º, a EC 104/2019 é taxativa ao estabelecer que a segurança dos estabelecimentos penais cabe às polícias penais. O Artigo 4º deixa claro que o concurso público é o meio exclusivo para preenchimento do quadro de servidores “e por meio da transformação dos cargos isolados, dos cargos de carreira dos atuais agentes penitenciários e dos cargos públicos equivalentes”.
A emenda à Constituição definiu ainda que cabe à União organizar e manter a polícia penal, e por essas razões o edital fere o preceito legal de que o exercício do poder de polícia é exclusivo do Estado e indelegável, destaca o sindicato na denúncia. Seja como prestação de serviço ou na forma de cogestão, essa transferência à iniciativa privada é vedada pela Lei 11.079/2004, que normatiza licitações e as parcerias público-privadas na administração pública.
> Acesse a íntegra da representação
Da mesma forma, a Lei de Execução Penal nº 7.210/1984 – LEP proíbe que o Estado delegue a terceiros “as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia”, entre as quais estão a classificação de condenados, aplicação de sanções disciplinares e controle de rebeliões.
Por isso, o edital é ilegal “ao descrever e impor aos agentes da futura cogestora (monitores de ressocialização), serviços de operacionalização na aplicação de penas restritivas de liberdade, e o dever de controle, e todas as competências, intramuros, que demandam a investidura no poder de polícia”, aponta a representação.
Presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, chama atenção para uma pergunta que a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) até agora não respondeu na proposta de privatização defendida pelo governo Doria: quem vai fazer a custódia e a segurança dos detentos.
“Essa tentativa de privatização é claramente ilegal em todos os sentidos. Tanto a SAP quanto o Doria se esquivam e não explicam quem vai cuidar da segurança e custódia, mas com a polícia penal temos mais um reforço em todo o arcabouço legal que impede a terceirização do poder de polícia”, afirma o sindicalista.
Preço aos cofres públicos
Por fim, a representação insistiu nos altos custos aos cofres públicos, de mais de R$ 205 milhões considerando os quatro novos presídios, valor muito superior ao gasto em unidades semelhantes administradas pelo Estado paulista, denuncia o sindicato.
Os altos custos são o centro de outra petição para suspender o edital, impetrada pelo sindicato junto ao TCE-SP no último dia 4 de dezembro. No documento, o SIFUSPESP reivindica que o governo Doria prove ao Tribunal de Contas que a cogestão das unidades é vantajosa ao Estado quanto aos aspectos econômico, legal, constitucional e operacional (leia mais). O agravo aguarda a manifestação do governo, prevista para depois do fim do recesso do judiciário, no próximo dia 20 de janeiro.
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