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Servidor sofreu ferimento no nariz após ser atacado por um detento quando estava retornando com outro sentenciado para o setor de Regime de Cela Disciplinar(RCD). De acordo com informações apuradas pelo SIFUSPESP, unidade foi inaugurada em dezembro com gigantesco déficit funcional

 

por Giovanni Giocondo

Um policial penal da recém-inaugurada Penitenciária de Registro, no Vale do Ribeira, sofreu ferimentos no nariz e precisou ser internado em um hospital após ser agredido por um detento na última segunda-feira(02). A ocorrência só chegou ao conhecimento do SIFUSPESP neste sábado.

De acordo com as informações apuradas pelo sindicato, o ataque aconteceu quando o servidor trazia um preso de volta do atendimento no parlatório para o setor do Regime de Cela Disciplinar(RCD), e acabou empurrado por outro sentenciado, com quem entrou em luta corporal. No chão, o policial penal conseguiu se desvencilhar, correr e chamar apoio pelo rádio, e somente assim foi possível conter o detento. O sindicato pedirá a transferência do criminoso para o Regime Disciplinar Diferenciado(RDD) de Presidente Bernardes.

As informações fornecidas ao SIFUSPESP também dão conta de que para esse tipo de procedimento de retorno dos presos às celas em Registro, os servidores têm atuado sozinhos e quase que “à própria sorte”, já que não há zelador no RCD, e portanto não existe contato visual de outros funcionários entre o que acontece durante essa movimentação interna. O policial só foi salvo porque estava com o rádio e teve astúcia para escapar.

Inaugurada em dezembro de 2020, a Penitenciária de Registro já está sob imenso déficit funcional, à semelhança do que tem ocorrido em quase todas as unidades do sistema prisional paulista. E também superlotada. Com capacidade para 823 sentenciados, já possui atualmente uma população de 1.079.

O SIFUSPESP insiste em pressionar a Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) quanto à irresponsabilidade que o Estado tem ao manter os servidores sob exaustão e diante de enormes riscos à sua segurança por trabalharem em condição de baixo efetivo nos estabelecimentos penais de São Paulo.

As agressões a policiais penais acontecem de forma comum em unidades onde há déficit, já que os detentos observam a falta de funcionários para tentarem promover tumultos, e seu primeiro alvo acaba por ser sempre o trabalhador, que mesmo que escape com ferimentos sem gravidade, levará para sua vida inteira o trauma de ter sofrido o atentado.

Dados oficiais da SAP divulgados em 30 de abril deste ano mostram que o buraco no quadro funcional na segurança e custódia das unidades disparou entre 2020 e 2021. No ano passado, faltavam 4.099 policiais penais da carreira de agente de segurança penitenciária no sistema, número que subiu para 4.869 neste ano.



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