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Por Redação SIFUSPESP*

Há 27 servidores infectados pelo novo coronavírus (COVID-19) no sistema prisional paulista, segundo a apuração realizada pelo  Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP) entre os dias 17 de março até a manhã desta sexta-feira (24). Destes, um morreu em 3 de abril, o policial penal Aparecido Cabrioto, da Penitenciária de Dracena, e há outros 27 casos suspeitos que estão sendo acompanhados pelo sindicato.  

Entre os casos confirmados mais recentes estão os três registrados na Penitenciária de Presidente Prudente, onde há ainda outros três servidores internados com suspeita do vírus e aguardando resultados do teste. 

Presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, contatou a direção da unidade e foi informado que não estão faltando equipamentos de proteção individual (EPIs), que foram compradas 4 mil máscaras de proteção e que nesta segunda-feira (27) haverá uma equipe médica na penitenciária para avaliar todos os servidores. Ainda segundo a direção, a compra de insumos está centralizada na Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado (Croeste). 

Tanto na Penitenciária de Presidente Prudente como em outras da região, há presos que precisam sair para realizar hemodiálise no Hospital Regional e, nestas situações de trânsito, "é necessário outro tipo de EPI, com máscara de proteção N95, além de óculos e avental. Além disso, no dia a dia, as máscaras de TNT têm que ser trocadas a cada duas horas para garantir a proteção" alertou Jabá ao diretor da unidade, reivindicando que estes EPIs sejam providenciados para os servidores. 

Situação crítica também na Penitenciária de Lucélia, onde um policial penal ficou internado por quatro dias em Andradina com diagnóstico de pneumonia. O resultado do teste, que chegou do Instituto Adolfo Lutz no último dia 22, veio após o período da internação e confirmou o contágio pelo coronavírus. Dois detentos morreram na unidade, um confirmado com o COVID-19, e outro o resultado do teste é aguardado, além de outros dois presos que estão internados com suspeita do vírus. 

Considerando o total de casos confirmados no período são: quatro servidores da capital (um do Centro de Detenção Provisória - CDP 3 e outro do CDP 2 de Pinheiros, outro do Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário e um da base de escolta do bairro de Santana). Os demais são dos municípios de Praia Grande, Americana, Mauá, uma servidora de Presidente Venceslau, dois de Dracena -  sendo que dos servidores deste município faleceu em 3 de abril -, e ainda dois do CDP de Diadema, um do CDP de Jundiaí, um do Centro de Progressão Provisória (CPP) de Franco da Rocha e outro do CPP de Campinas, os três na Penitenciária de Presidente Prudente (regime fechado), dois na Penitenciária de Andradina e dois na Penitenciária de Junqueirópolis e ainda nas de penitenciárias Sorocaba, Guarulhos, Parelheiros, Riolândia, Lucélia e Tupi Paulista. 

COVID-19 na população carcerária 

A partir das denúncias apuradas pelo SIFUSPESP, são cinco detentos confirmados com o coronavírus, dos quais três morreram, e ainda 24 casos suspeitos. 

Somadas, as mortes entre os detentos são quatro, das quais duas na Penitenciária 2 de Sorocaba, uma na Penitenciária de Mirandópolis e o quarto falecimento na Penitenciária de Lucélia. 

O mapeamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) confirma 4 detentos com o coronavírus, 3 óbitos e 34 casos suspeitos.

*Alterado em 25/04/2020, às 13h48 para atualização de informações

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