Os últimos atos de ação e luta dos aprovados em concursos públicos geraram muita movimentação entre os grupos de aprovados organizados em redes sociais (processo que o SIFUSPESP tem acompanhado desde seu princípio, desde anos atrás). Essas ações por sua vez, geram movimentação de parlamentares, depois que o presidente Fábio Jabá, no dia 20/03, procurou o líder da bancada do PSDB na ALESP, Dep. Carlão Pignatari (PSDB/SP) e este se dispôs a abrir diálogo entre o governo e nosso sindicato para debater os temas de nossa pauta de reivindicações, entre estas, a questão de concursos.
Veja detalhes do caso: https://www.sifuspesp.org.br/noticias/6490-sifuspesp-busca-abrir-novo-canal-de-negociacao-e-dialogo-com-o-governo-do-estado-atraves-de-seu-lider-de-bancada-partidaria
Nossa luta tem sido objeto de disputas entre grupos políticos fora de nossa categoria,por isso temos que tomar cuidado de não sermos usados, ou estimulados ao divisionismo. O mais importante é estarmos juntos. O sindicato é uma casa para a organização de nossa categoria e estamos a disposição. O governo está nos monitorando todo o tempo, temos que estar atentos, e lutando.
No dia seguinte da reunião entre o Dep. Carlão Pignatari e o presidente do SIFUSPESP, a sociedade paulista pode acompanhar pela TV Alesp ou pela Plenário da Assembleia o resultado de anos de ação de um setor social importante: dos aprovados no concurso AEVP 2014, que se deu pela declaração conjunta dos Deputados Estaduais Carlão Pignatari (PSDB/SP) e do Deputado Estadual Sargento Neri (AVANTE/SP), que afirmaram na tribuna da ALESP terem recebido confirmação da chamada em junho de aprovados no concurso de AEVP 2014. Atitude que elogiamos com grande entusiasmo.
Veja o vídeo em: https://youtu.be/bQ7KRThSSHA
O que ocorreu logo após foi a declaração do Sargento Nery, que representa setores de patente inferior na polícia militar e tem por isso maior sensibilidade para nossas pautas (leia sobre em: Leia em: https://www.sifuspesp.org.br/noticias/6492-aevps-2014-exemplo-de-luta) foi que a deputada Adriana Borgo realizou reunião com aprovados em concurso público e o secretário da SAP na segunda feira, dia 25/03, e o resultado desta reunião gerou mis confusão do que confiança nos concursandos, que buscaram o sindicato após a realização deste encontro não divulgado publicamente e sem qualquer abertura para a presença do sindicato.
Confiança e confidência têm a mesma origem etimológica (estudo da origem do significado das palavras), significam estar ou agir com filiação (irmandade), com proximidade, com palavra que se possa respeitar. Nisso o SIFUSPESP aposta e tem agido conforme.
Após a reunião com o Secretário, fomos informados por representantes dos aprovados a respeito do resultado da reunião, mas os mesmos disseram que não havia nada conclusivo.
Fomos informados também que secretário afirmou que ocorrerão novas chamadas, de acordo com a necessidade da SAP, e que estariam em período de transição até 31 de março, e por isso nenhuma chamada seria feita até então.
O secretário teria afirmado, também, que as 171 unidades continuariam como estão, e não seriam privatizadas, o que indica uma vitória de nossa categoria. Mas devemos seguir pressionando porque os discursos mudam todo o tempo, e há pouca transparência.
Origem da crise entre secretaria x concursandos x deputados governistas
Notamos até o presente momento uma aliança entre setores de comando na SAP, com apoio de parlamentares que agem por meio de ameaças de mudanças de regras para oprimir a categoria, usando o discurso de privatização no mesmo sentido e sem buscar alternativas de melhor gestão combinada com bem estar dos servidores penitenciários.
O governador iniciou seu governo apoiando a Reforma da Previdência e fazendo propaganda da privatização do sistema sem visitar uma unidade paulista. Porque os banqueiros e estrangeiros querem, e ele os representa.
A SAP, por outro lado, está tentando gerar um processo de hierarquização próprio do sistema militar, mas não percebe que da forma proposta parece sinalizar opressão aos funcionários, que já passam por processos de exigência superior ao controle hierárquico do modelo militar por meio de um número exagerado de processos administrativos, mas que não contam com contrapartidas que os regimes militares apresentam aos subalternos, como por exemplo, ter como perspectiva obedecer as regras no sistema, e ter como garantia avançar na carreira, e não se perseguido e agora ameaçado por privatizações, já que o modelo da mesma nem existe em projeto ainda.
Tal comportamento parece demonstrar que nunca perceberam que nossa categoria sustenta materialmente o sistema e que nós apoiamos um ao outro por meio da cultura das equipes de trabalho para manter a segurança, e por meio do apoio material para os que estão em más condições, perseguidos, ou sem salário. Isso sempre ocorreu em nossa cultura de trabalho, tanto quanto conhecimentos de inteligência e estratégia fora da cultura de outros setores da administração pública. Todos os dias de nosso trabalho, o crime organizado nos provoca e medem "nossa febre". Estamos acostumados a pressão.
Agora querem apertar ainda mais as regras, ameaçar nossos empregos com a chantagem da privatização. Nós estamos unidos, e não queremos privatização, nenhuma. O político que tentar a Reforma da Previdência e a Privatização enterra sua carreira. O governo federal tem sentido isso, e o resultado tem sido maior disputa entre setores que antes estavam unidos.
Quanto a nós, não perdoaremos jamais a Privatização de um sistema público que é exemplo em todo o país, por nosso esforço e não pelo investimento que sempre faltou e agora querem entregar de mãos beijadas para empresários interessados em investimento em um setor que se demonstrou altamente lucrativo nos Estados Unidos, mas que ao mesmo tempo foi cenário de escândalos e abre brecha no Brasil para ampliar a influência e opressão que o crime organizado exerce aos apenados.
Sobre a manifestação e comportamento de nossa categoria e os aprovados em concursos, devemos entender que o processo atual tem sido observado pelo SIFUSPESP, como sempre o foi, uma de nossas bandeiras de luta, e que tratamos com cuidado e responsabilidade para não prejudicar nenhum dos concursandos, futuros servidores públicos. Temos uma preocupação grande nisso.
Está sendo estimulado dentro dos grupos de aprovados um divisionismo, de colocar um contra o outro. Esta técnica sempre combatemos, dentro de nossa categoria e agora com concursandos, que conseguimos pela primeira vez unir a categoria que já ingressou no sistema, e observar dela um apoio irrestrito.
Destacamos que isso que parece natural para aqueles que agora se aproximam do sistema, não foi sempre assim, mas é resultado que de uma luta de muitos anos, conquistada agora pela articulação do SIFUSPESP Lutar para Mudar, e isso deve ser comemorado, como fruto de nossa organização, que fez o governo recuar com a Privatização, e nos permitirá no futuro termos condições de apresentar um modelo de modernização do sistema através de uma Lei Orgânica, por exemplo.
Também devemos entender que nossa categoria é uma das únicas que tem setores divididos dentro do sistema, como carreiras distintas, produzido pelo próprio Estado, não pela modernização e profissionalização de nossa carreira, mas justamente para impedir nossa força de unidade. E esta condição, somada com processos administrativos e muitas outras formas de assédio, buscam nos colocar divididos gerando benefícios para uns e outros não. E gerando benefícios não por competência técnica somente, mas por vínculos políticos, que geram maior número de processos administrativos e atrasos de pagamentos para pessoas em condições de afastamento, quando as mesmas nem são afastadas, o que acaba gerando um número excessivo de óbitos. Um quadro lamentável, e que segue sendo pouco observado pela administração pública.
Por tudo isso, pedimos aos aprovados em concurso que estejam juntos ao SIFUSPESP, a carreira não termina no ingresso no sistema, e perseguições e divisionismos serão continuamente efetuados, gerando muitas injustiças. O SIFUSPESP é um dos únicos frutos da união de todos os setores da categoria em todo o Estado, de forma espontânea, em nossa categoria.
O SIFUSPESP é resultado histórico de diversas associações de funcionários do sistema que se fundiram-se em um sindicato estadual nos anos oitenta, após a Carta de Bauru. Outros sindicatos de nossa categoria são os que não aderiram ou surgiram depois do divisionismo apoiado por governos, também como técnica para gerar greves manipuladas ou para retirar força da unidade de nossa categoria. Este divisionismo está sendo estimulado novamente, por atores externos a nossa categoria. Precisamos estar atentos. Se temos críticas ao SIFUSPESP devemos ir ao sindicato e participar das atividades para melhorá-lo e não permitir que suas ações sejam atacadas, ou que nossa unidade que está sendo ampliada corra risco. É por isso que os outros sindicatos são regionais ou setoriais. É por isso que somos o sindicato combativo e também o mais atacado. E é por isso que não abrimos mão mais de um SINDICATO ÚNICO.
Apesar de sempre tentarem nos dividir, as dificuldades nos unem. Não temos dormitório, então desde o início nos ajudamos mutuamente distantes de nossas famílias, formando novas famílias em repúblicas e em casas com aluguel compartilhado. Muitos neste processo sofrem, perdem relacionamentos. Deixam filhos e amigos. Passam por dificuldades econômicas, doenças, depressão. Mas nós nos ajudamos.
O Estado não nos abraça. Passamos por uma formação insuficiente, perante a realidade posterior de trabalho. O gestores do Estado e os meios de comunicação, buscam nos esconder da sociedade ou nos tratam, muitas vezes como corruptos ou incompetentes. Lutaram para impedir a existência do GIR. Lutaram para impedir muitos outros avanços no sistema acontecessem, e tudo o que ocorreu de positivo foi com pressão de nossa categoria, não foi espontâneo, saibam todos.
Todos os gestores que se fizeram distantes da realidade dos trabalhadores não terminaram bem recordados na memória coletiva, ainda que com boas iniciativas. O sistema penitenciário passa e é mantido por seus servidores, mais que em outros setores da administração pública. Dividir nossa categoria ou atacar o sistema, com Privatização leva a sua piora ou destruição.
Dória e o compromisso com as vendas
O governo Dória tem compromisso com apoiadores externos de entregar ainda que em fases, passo a passo, a privatização do Sistema Penitenciário. Mesmo sem visitar o mesmo. Mesmo visitando mais unidades de outros Estados ou países, do que unidades do próprio Estado de São Paulo. Mesmo com o avanço internacional e a unificação do crime organizado no país. Nós não permitiremos isso, nós temos compromisso com a segurança pública real, e não com números e discursos de marketing.
Mas esse mesmo governo já sentiu nossa pressão e claramente recuou. O discurso de privatização do governo mudou semana após semana, e continua mudando. O resultado de posturas como essa está fora do que se espera daqueles que prometem transparência pública e capacidade de planejamento e gestão.
Outra forma de pressão sentida pela gestão da SAP se deu depois da ação de algumas remanescentes de concurso que buscaram pessoalmente ao governador para apelar para que o mesmo fizesse um chamado das mesmas. Fomos informados que o próprio secretário buscou contato de uma delas para demonstrar alguma consideração, diante do risco de desgaste de imagem do governo.
Nós não desistiremos, e nos preparamos para esta luta, antes dela ocorrer, por isso avisamos a categoria desta tendência, antes das eleições, mesmo sendo ridicularizados por outros sindicatos, ou por parte de nossa categoria que parecia não acreditar. Hoje já temos unidade de luta. Por isso pedimos confiança e união. Venham ao SIFUSPESP, organizem atividades e grupos dentro do sindicato para que possamos aproveitar a energia que o SIFUSPESP Lutar para Mudar provocou em nossa categoria, e assim proteger individualmente cada um de ações de perseguição futura.
O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Venha para dentro do sindicato, façamos um SINDICATO ÚNICO para evitar manipulações externas. Para agir contra aqueles que nos atacam.