Nos últimos anos acompanhamos vários casos relevantes e de grande repercussão nacional no tocante a ação do serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública através de escutas telefônicas de dentro dos presídios e investigações que culminaram com ações exitosas.
Em todas elas, apesar de sabermos do papel preponderante de funcionários do setor de inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária, o que vemos é a valorização da SSP em detrimento, em alguns casos diríamos mesmo achincalhamento, da SAP.
Certamente se existe uma "complacência do bem", diríamos assim, em "permitir" que celulares sejam produtos de uso e consumo de determinados presos. É claro, objetivando um poder maior nas investigações.
Certamente também para a grande mídia e a sociedade a reboque isto escancara uma fragilidade e inoperância da SAP em toda a sua estrutura organizacional, incluindo nós, trabalhadores.
No episódio mais recente do "Grande plano de fuga do Marcola e cia" somos obrigados a assistir no jornal Bom Dia Brasil da toda poderosa rede Globo de televisão mencionarem na reportagem o grande mérito da SSP, mas que a SAP não cumpre o seu papel, pois permite que entrem celulares, serras para serrar grades e tintas para esconder grades serradas.
Lamentável que o governo do Estado com grande pompa e alarde monte todo um circo midiático para valorizar o trabalho e eficiência da SSP, virando as costas mais uma vez para o hiperlotado e abandonado sistema penitenciário paulista.