O secretário da Casa Civil, Edson Aparecido dos Santos, informou que em breve (nos próximos dias) o governo irá anunciar a redução nos níveis de classe. “Não é uma notícia para se comemorar ainda, pois não conhecemos nada desse projeto. Não sabemos se vai beneficiar ASPs e AEVPs, por exemplo. Não sabemos se o governo vai colocar alguma ‘pegadinha’, como aumento do tempo de passagem entre níveis. Não conhecemos o projeto, não temos como avaliar se é mesmo positivo para os servidores. É melhor aguardar para analisarmos com calma”, ponderou o Tesoureiro do SIFUSPESP Gilberto Machado.
NADA SOBRE AUMENTO
A primeira pergunta dos sindicalistas na reunião foi: o governo pretende reajustar o salário dos servidores do sistema ainda neste ano? Recebeu como resposta a informação de que “até o momento” não havia feito “um estudo quando ao índice de reposição salarial”. Em outras palavras... o governo não está pensando em reajustar salário.
O Presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado, cobrou do secretário uma valorização profissional para a categoria: “apesar da falta de condições de trabalho, falta de pessoal, estamos cumprindo nosso papel. As fugas são zero. Precisamos ter o nosso trabalho reconhecido e valorizado”. O secretário Lourival Gomes, da Administração Penitenciária, concordou com essa avaliação positiva do trabalho dos servidores do sistema. Já o secretário da Casa Civil disse que o governador tem o conhecimento dos relevantes serviços prestados pela categoria, reconhece as dificuldades que temos, e que “isso será levado em conta nas reuniões da comissão que discute reajustes salariais”.
REDUÇÃO DE CLASSES
O fato de o governo resolver atender a reivindicação dos agentes quanto à redução de níveis de classe, ainda não pode ser comemorado. Gilberto Machado lembrou aos secretários que essa redução precisa abranger ASPs e AEVPs, “e não sabemos se o projeto atende a isso”. Lourival Gomes ressaltou que essa é uma reivindicação antiga do SIFUSPESP, lembrando que quando era secretário adjunto na SAP o sindicato já lutava pela redução.
GRATIFICAÇÃO ESPECIAL POR SUPERLOTAÇÃO
Foi esclarecido ao secretário Edson Aparecido que o GES seria uma forma de compensar os servidores que trabalham com esse grave problema que é a superlotação carcerária. “Não enxergamos uma luz no fim do túnel quanto ao fim da superlotação no sistema prisional. E o servidor não pode continuar arcando sozinho com esse problema”, defendeu o Secretário Geral João Alfredo de Oliveira.
O secretário Edson Aparecido afirmou que são grandes as dificuldades para se construir novas unidades prisionais e que o índice de pessoas presas continua alto - ou seja, nem o próprio governo crê que consiga sanar esse problema.