O despreparo de alguns diretores para ocupar a função de chefia pode render péssimas ações contra a administração das unidades prisionais e contra os servidores. É isso que está acontecendo no Centro de Ressocialização de Birigui. Funcionários denunciam que a direção da unidade tem o costume de perseguir os servidores, mas é complacente com outros ao ponto de manter um cargo comissionado que responde a processo por ter deixado entrar numa unidade prisional um aparelho de celular.
A história precisa ser muito bem apurada. Segundo a denúncia, um diretor da unidade responde a processo administrativo por ter deixado, há três anos, um aparelho de celular entrar na unidade com um visitante. Agora ele passou a perseguir os funcionários que, chamados a depor no processo, falaram o que realmente ocorreu.
Assim, um servidor foi transferido de Birigui para Lavínia. Na época dessa transferência, o diretor geral alegou que o mesmo não tinha perfil para trabalhar no CR, pois questionava a administração da diretoria. É o caso de se perguntar: quem permite a inserção de objeto ilícito em unidade tem o perfil adequado para trabalhar com esse diretor geral?
O diretor que responde a processo administrativo foi afastado do cargo de chefia nesta semana, conforme foi pleiteado pelo SIFUSPESP através da sua regional de Mirandópolis. O pedido do sindicato foi feito ao coordenador da CROESTE, Roberto Medina, em reunião na semana passada.
Casos como este, que revelam despreparo de administradores de unidade, precisam ser denunciados pelos funcionários ao sindicato, para que este possa exigir providências.