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Hospital tem ala para detentos com grades, mas está desativada por falta de servidores

O policial penal rendido no domingo (24) por um detento armado fazia escolta desarmado no hospital de Mirandópolis, no interior de São Paulo. O servidor é Agente de Segurança Penitenciária, função cujo trabalho é exclusivo dentro dos presídios, jamais na escolta. “Para escoltar presos temos os Agentes de Vigilância e Escolta Penitenciária (AEVP), que têm armas, treinamento e são destinados a essa função. Por falta de funcionários, o Governo de São Paulo destinou servidores que não têm direito a armas do Estado para fazer o trabalho, colocando em risco a vida desse servidor. Quase aconteceu uma tragédia”, alerta Fábio Jabá, presidente do Sindicato.

O detento foi ao banheiro sozinho e, ao voltar, estava armado. Ele rendeu o agente penitenciário, o algemou na maca e fugiu levando o celular dele. Jabá explica que o hospital de Mirandópolis, onde ocorreu o fato, tem uma ala específica para detentos, com grades e segurança, mas afirma que o espaço está desativado. “O hospital disponibilizou um espaço adequado para o tratamento de detentos, mas cobra que a Secretaria de Administração Penitenciária envie servidores para que a ala seja ativada. Enquanto a SAP não resolve o problema, os presos são atendidos nas alas comuns do hospital, aumentando o risco a todos. A ocorrência é resultado direto da falta de servidores tanto para a escolta, quanto para o atendimento de saúde do preso”, conclui.

O fugitivo foi localizado, preso e levado de volta à prisão. Na delegacia, foi registrada nova ocorrência contra ele, por roubo e fuga mediante violência.

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