Policiais penais já podem solicitar subsídios a imóveis através do programa “Habite Seguro”, do governo federal, que utilizará recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para financiar até 100% de imóveis com valor limite de R$300 mil
por Giovanni Giocondo
Policiais penais e outros profissionais da segurança pública poderão pedir a partir desta quarta-feira(03) acesso ao financiamento da Caixa Econômica Federal exclusivo a profissionais do setor para aquisição de imóveis.
O programa Habite Seguro, do governo federal, permitirá que esses trabalhadores possam subsidiar, com juros abaixo do mercado, a compra de apartamentos e casas novos e usados, além de adquirir material para construção de imóvel próprio.
Podem ser beneficiados servidores que recebem até R$7 mil mensais. Eles contarão com parcelamento de até 100% do valor da residência, que não pode ultrapassar o custo total de R$300 mil, com limite de R$13 mil para os subsídios, que vai variar conforme a renda do policial. Quem recebe acima do teto também poderá ter acesso ao financiamento, porém os juros e as condições para fazer parte do programa serão diferentes.
O servidor deverá comprovar seu vínculo através de um formulário disponível no site do programa Habite Seguro, que será emitido pela secretaria ou autarquia em que o profissional atua. Neste link estão disponíveis as normas complementares para elegibilidade de cada trabalhador no programa, as tarifas e os documentos exigidos para a participação no financiamento. Outras informações podem ser acessadas no site da Caixa.
Os recursos disponíveis vêm do Fundo Nacional de Segurança Pública, e foram disponibilizados a partir do Programa Nacional de Apoio à Aquisição de Habitação para profissionais da Segurança Pública. Além dos policiais penais, serão contemplados policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, papiloscopistas, peritos, guardas municipais e bombeiros militares. Tanto servidores da ativa quanto aposentados podem ser beneficiados.
Em São Paulo, manifestação de repúdio ao Projeto de Lei Complementar 26/2021 e contra a Reforma Administrativa acontecerá na Praça da República, centro da capital, a partir das 16h desta quinta-feira(28). Em defesa dos policiais penais e demais trabalhadores do sistema prisional, SIFUSPESP volta suas atenções para as ruas em defesa dos direitos afetados diretamente pelas medidas em trâmite e já em vigor no país, que podem impactar na qualidade dos serviços prestados à população
por Giovanni Giocondo
Servidores públicos participam nesta quinta-feira(28) de um protesto nacional contra os recentes projetos de lei elaborados pelos governos federal, dos Estados e municípios para atacar direitos históricos do funcionalismo, e que prejudicam diretamente a qualidade do atendimento feito à população. O ato em São Paulo vai contar com a participação de policiais penais e de diretores do SIFUSPESP, e acontece a partir das 16h na Praça da República, centro da capital paulista.
Já aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) no dia 19 de outubro, e com entrada em vigor prevista para o dia 1o de novembro - com algumas exceções, já vigentes ou previstas para serem iniciadas no primeiro dia de janeiro de 2021, o Projeto de Lei Complementar(PLC) 26/2021, é um dos alvos da manifestação.
O texto, de autoria do governador João Doria(PSDB), reduz a correção anual do adicional de insalubridade, retirando também a incidência deste valor extra da licença-prêmio, cria a Controladoria-Geral do Estado com o objetivo claro de punir trabalhadores em processos de avaliação por desempenho, além de restringir o acesso ao abono de permanência e por fim ao benefício das faltas abonadas, bem como o de reduzir o número de faltas justificadas.
Paralelamente, continua em trâmite na Câmara dos Deputados outra mudança que pode aprofundar as medidas drásticas já previstas no PLC 26. Trata-se da Proposta de Emenda Constitucional(PEC) 32/2020, que cria a Reforma Administrativa, e que conta com apoio do governo Jair Bolsonaro(sem partido).
A terceirização das atividades técnicas, operacionais, administrativas e de saúde das unidades prisionais é apenas uma das alterações previstas no texto, que também afeta todas as categorias da segurança pública com a aplicação de avaliações de desempenho “por critérios pouco objetivos”, além de aventar a possibilidade de declaração unilateral de desnecessidade de cargos e redutibilidade salarial com redução da jornada.
Os policiais penais também temem que a aprovação da alteração na Carta Magna pelo Congresso Nacional se torne um cheque em branco para que o governo do Estado adote novos ataques contra os servidores paulistas.
Em Brasília, a matéria teve parecer do relator Arthur Maia(DEM-BA) aprovado pela Comissão Especial da Câmara em setembro, e aguarda para ser pautada em plenário, onde depende do apoio de 308 de 513 deputados antes de ir a análise do Senado
Luta por sobrevivência e preservação dos serviços públicos prestados à sociedade
Presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, entende que este é um momento de união do funcionalismo de todo o Brasil por uma única pauta, que é a sobrevivência dos trabalhadores e dos serviços públicos diante de tantos ataques.
“Os governos federal e do Estado escolheram os trabalhadores como inimigos das famigeradas propostas de “saneamento” das contas públicas, como se fôssemos nós os responsáveis pelos prejuízos gerados pela crise econômica que se arrasta pelo país. Na verdade, somos essenciais, atuamos sem descanso, e estamos sem reajuste real dos salários há sete anos, entre outras perdas geradas nas nossas vidas funcionais e familiares sem que deixássemos de manter um atendimento de qualidade à população”, frisou.
Para o sindicalista, quando o servidor perde acesso a direitos, a maioria das pessoas é quem sofre. “Essas reformas impactam diretamente na qualidade dos serviços prestados à sociedade, que depende dos serviços públicos, em todos os setores. Por esse motivo, vamos às ruas para demonstrar aos brasileiros que precisamos ser valorizados, lutando para que segurança, saúde, justiça e educação públicas permaneçam intactas e não desapareçam”, frisou Jabá.
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