Manifestações exigem abertura de negociação com o governo do Estado
Servidores prisionais fizeram na manhã desta quarta-feira, 30/11, um ato público na Assembleia Legislativa do Estado(Alesp) contra a política de não negociação do governador Geraldo Alckmin com a categoria e por melhores condições de trabalho dentro das unidades prisionais. Os funcionários estão sem reajuste salarial desde 2014 e sofrem com agressões, assédio moral e desvios de função no ambiente de trabalho.
A manifestação, aprovada em assembleias conjuntas do SIFUSPESP, do SINDCOP e do SINDESPE, dentro da Campanha Salarial Unificada 2016, envolveu cerca de 120 funcionários de unidades prisionais de todo o Estado.
Com cartazes e faixas onde expressavam o descontentamento da categoria com as péssimas condições trabalhistas a que estão submetidos, os servidores pressionaram deputados para uma audiência com autoridades do governo Alckmin.
Entre as principais demandas dos trabalhadores estão o fim do déficit de servidores e da superlotação das unidades; a adoção da Operação Legalidade, para combater os desvios de função; e pelo fim das agressões contra servidores por parte dos detentos.
O SIFUSPESP, o SINDCOP e o SINDESPE também reivindicam a reposição salarial com base na inflação dos últimos dois anos - o último reajuste aconteceu em 2014 - e por remuneração de acordo com os riscos do trabalho no sistema prisional.
Servidores vão à SAP cobrar posicionamento de Lourival Gomes
Na parte da tarde, os servidores se dirigiram à frente da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), em Santana, na zona norte de São Paulo, para exigir do secretário Lourival Gomes um posicionamento diante das reivindicações dos agentes de segurança penitenciária(ASPs), agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs) e demais funcionários do sistema prisional.
Para o diretor de formação do SIFUSPESP, Fábio Jabá, a falta de diálogo e as mentiras da SAP e do governo Alckmin para os sindicatos revoltaram a categoria, que, sem acesso a melhores condições de trabalho e salários mais dignos, vai se organizar para parar o sistema.
O secretário-geral do SINDESPE, William Nerin, destacou a postura dos servidores do sistema prisional no ato público, reivindicando sempre dentro da legalidade. “Essa legalidade nós exigimos que seja cumprida também por parte da SAP, que insiste em promover desvios de função e impor aos agentes serviços que não fazem parte do seu rol de atividades. Por isso, precisamos insistir que a operação legalidade seja adotada o quanto antes”, afirmou.
Já o presidente do SINDCOP, Gilson Barreto, destacou a importância da união dos servidores prisionais na manifestação, conclamando a categoria a reforçar os atos que estão por vir para mostrar ao governo do Estado que o movimento continua até a conquista de mais direitos.
O SIFUSPESP convoca todos os seus associados a participar nesta quarta-feira, 30/11, a partir das 14h, da Assembleia Geral Extraordinária, na qual será discutida a alteração do Estatuto Social do sindicato.
A Assembleia acontece na Sede Social do SIFUSPESP, que fica na rua Dr. Zuquim, 244, em Santana, na zona norte de São Paulo. A reunião será iniciada em 1ª convocação com ⅓ dos associados, às 14h, ou em segunda chamada, às 15h, com qualquer número de presentes.
Para participar, o associado ao SIFUFESP deve estar quite e no gozo de seus direitos estatutários. Qualquer outra dúvida pode ser esclarecida pelo telefone (11) 2976-4160.
Agentes de segurança penitenciária(ASPs), agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs), oficiais administrativos e operacionais farão na próxima quarta-feira, 30/11, às 7h, um ato público em São Paulo contra a falta de abertura de negociação do governo Geraldo Alckmin com os trabalhadores do sistema prisional
Os servidores estão sem reajuste salarial desde 2014 e exigem melhores condições de trabalho dentro das unidades. O SIFUSPESP, o SINDCOP e o SINDESPE convocam toda a categoria a participar desta manifestação, aprovada durante assembleias conjuntas dos três sindicatos, com participação maciça dos servidores, dentro da Campanha Salarial Unificada em 2016.
O ato terá concentração na sede do SIFUSPESP em São Paulo, que fica na rua Leite de Morais, 366, em Santana, na zona norte da capital paulista, a partir das 7h. Entre as principais bandeiras do ato está a Operação Legalidade, que pretende combater a política da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) de pressionar os servidores para que eles exerçam atividades que não fazem parte de suas atribuições legais.
Os servidores também denunciam o déficit de mais de 12 mil funcionários no sistema, a superlotação das unidades prisionais, que têm cerca de 100 mil detentos a mais que suas capacidades, e os mais de 40 casos de agressões contra agentes só em 2016, que intimidam a categoria e mostram omissão do Estado diante das ações dos criminosos.
Para o presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado, o ato será fundamental para demonstrar a união dos trabalhadores do sistema prisional. “Precisamos conquistar mais direitos para o conjunto dos servidores, que no dia a dia do trabalho sofrem com a deterioração da sua saúde física e psíquica e com uma série de ameaças à sua vida. Além de um salário digno e compatível com os riscos da função, temos de denunciar o descaso do Estado de São Paulo com a nossa categoria”, afirma Machado.
Outras informações sobre a manifestação serão publicadas no evento criado pelos sindicatos no Facebook, disponível no link: https://www.facebook.com/events/713360478816157/, ou pelo site www.sifuspesp.org.br
Servidores do sistema prisional interessados em participar do ato público já têm um canal de comunicação para dialogar com os colegas e ter acesso a outras informações sobre a manifestação.
Para isso, basta pedir acesso ao grupo criado pelo SIFUSPESP no Whattsapp, batizado de “Manifestação São Paulo”, que está disponível pelo link: https://chat.whatsapp.com/invite/9rJgzXV5NKA2uE1S3yOvAX
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