O abuso de substâncias lícitas e ilícitas é reconhecido por especialistas como uma das consequências do adoecimento mental relacionado à alienação no trabalho, que ocorre quando as atividades de uma pessoa não são valorizadas, e ao estresse causado por condições de trabalho adversas, como instalações precárias, risco elevado,chefias abusivas, salários injustos, insegurança e conflitos com colegas. O afastamento do núcleo familiar situação comumente enfrentada pelos servidores é considerado um agravante.
Ao não conseguir lidar com situações difíceis ou fora de seu controle, muitos trabalhadores buscam no álcool uma forma de relaxamento ou se automedicam, usando antidepressivos ou ansiolíticos para conseguir algum alívio.
Contribuindo para mais de 300 mil mortes anuais nas Américas, o consumo excessivo de álcool é associado a mais de 200 problemas de saúde, entre doenças hepáticas, acidentes rodoviários, violência, câncer, doenças cardiovasculares e suicídios. Também é reconhecido o papel do álcool como porta de entrada para o abuso de outras substâncias psicoativas.
Nova lei é importante mas é apenas um pequeno passo
Em 2023 foi promulgada a Lei nº 14.531/23, que representa um avanço significativo na proteção da saúde mental e dos direitos humanos dos profissionais de segurança pública e defesa social no Brasil. Essa lei alterou a Lei nº 13.675/18, que criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), e a Lei nº 13.819/19, que instituiu a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, para dispor sobre a implementação de ações de assistência social, a promoção da saúde mental e a prevenção do suicídio entre profissionais de segurança pública e defesa social e para instituir as diretrizes nacionais de promoção e defesa dos direitos humanos dos profissionais de segurança pública e defesa social.
Embora no ano de 2023 o Governo Federal tenha celebrado convênios com cinco estados para o aparelhamento e contratação de equipes dos núcleos de saúde do servidor penitenciário estadual, com um desembolso de R$ 4.876.049,47 , São Paulo, com mais de um terço dos servidores penitenciários do Brasil infelizmente ainda não aderiu.
Sucateamento do atendimento ao servidor
Na contramão dessa tendência de um maior cuidado com a saúde mental do servidor penitenciário, São Paulo nos últimos anos tem reduzido o investimento no CQVidas em um contexto em que o déficit funcional e aumento das agressões e motins cobra um preço cada vez mais caro na saúde mental do servidor.
Falta de atendimento especializado
Muitos servidores que se recuperaram de problemas com abuso de substância indicam que a falta de clínicas de reabilitação especializadas em profissionais de segurança pública, visto que estes profissionais têm grande dificuldade de adaptação às clínicas comuns, devido a presença de pessoas que já tiveram envolvimento com o crime. A criação de clínicas especializadas para profissionais da segurança pública em que esses profissionais se sintam seguros para enfrentar esse momento difícil é uma das bandeiras do SIFUSPESP.
Procure ajuda
O primeiro passo para a superação da dependência é o reconhecimento da situação, essa consciência é fundamental para o sucesso do tratamento, e quanto mais cedo isso acontecer, melhor, já que os efeitos das drogas tendem a se agravar à medida que o consumo aumenta.
CQvidas - (11) 3206-4826
Alcoólicos anônimos https://www.aa.org.br/novo-em-a-a
Na noite deste domingo 18/02 policiais penais do CPP Mongaguá foram alvo de disparos efetuados por criminosos que tentaram invadir a unidade.
Segundo relatos colhidos pelo SIFUSPESP os Ninjas disparam contra os Policiais Penais que estavam no plantão, mas felizmente nenhum Policial se feriu.
Rotina de risco
O CPP Mongaguá é uma unidade de regime semiaberto próxima a apenas 35 metros de uma mata, o que aumenta o risco aos Policiais Penais. Em 2018 um policial penal foi baleado durante uma tentativa de resgate.
Ano passado um motim no mesmo CPP resultou em uma viatura danificada e policiais penais agredidos.
Em 2020 a unidade foi palco de uma evasão em massa após a suspensão da saidinha devido a pandemia.
Segurança insuficiente
Superlotado, com baixo efetivo, em área de risco e com apenas 3 Policiais Penais armados no apoio a segurança, o CPP Mongaguá se tornou uma das unidades mais arriscadas do sistema prisional paulista.Os Policiais Penais se queixam da falta de estrutura e pessoal para garantir a segurança do estabelecimento superlotado.
Inovação do crime
Como já divulgamos, os drones utilizados pelo crime passaram a arremessar ilícitos para dentro da unidade a partir de grande altitude, impossibilitando que os policiais penais vejam ou ouçam os aparelhos.
Os criminosos utilizam pacotes de espuma camuflados com grama para dificultar a detecção dos ilícitos arremessados.
Apesar de toda essa sofisticação na quinta-feira 15/02 os Policiais Penais interceptaram dois pacotes contendo um total de seis celulares.
CPP Mongaguá pede socorro
Os Policiais Penais do CPP Mongaguá são verdadeiros herois arriscando diariamente sua vida e integridade física para defender a sociedade.
A pergunta que fica é: Até quando esses herois ficarão desassistidos em um cenário de risco que os coloca em franca desvantagem perante o crime, será que a SAP vai esperar uma tragédia acontecer para tomar providências ?
Vamos pressionar os deputados a aprovarem a moção de repúdio à proibição da entrada do SIFUSPESP nas unidades prisionais.
Como é de conhecimento geral em uma atitude ilegal e abusiva o Sr. Marcelo Streifinger Secretário de Estado da Administração Penitenciária proibiu a entrada dos sindicatos nas carceragens das unidades prisionais violando um direito assegurado por lei e tratados internacionais.
Frente a esta atitude a Deputada Márcia Lia encaminhou uma moção de repúdio à assembleia.
A moção deverá ser apreciada na Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho da ALESP.
Texto a ser enviado aos deputados:
Venho por meio deste, solicitar ao ilustre Deputado(a) que apoie a Moção 250 de 2023 de autoria da Deputada Márcia Lia em repúdio à proibição de entrada do sindicato nas unidades prisionais paulistas por parte do Sr. Secretário de Estado da Administração Penitenciária.
A fiscalização e as denúncias do Sifuspesp sempre foram um instrumento de defesa dos trabalhadores do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, denunciando arbitrariedades, falta de pessoal e precariedade das condições de trabalho.
Sem a fiscalização do sindicato somos tornados invisíveis e a sociedade não é informada das precárias condições de trabalho que enfrentamos e dos riscos que isso apresenta a todo o povo de nosso estado.
Para enviar um email pedindo que votem favoravelmente à moção clique aqui.
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