Ao menos quatro diretores técnicos e o coordenador de reintegração social tiveram confirmado diagnóstico para o coronavírus, enquanto caso de outro diretor está sob suspeita. SIFUSPESP quer imunização e testagem de todo o corpo funcional
por Giovanni Giocondo
Pelo menos quatro diretores técnicos e o coordenador de reintegração social da Sede II da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) em São Paulo testaram positivo para o coronavírus. O surto da doença no local também pode ter atingido outro diretor, que está com sintomas da COVID-19, e aguarda o resultado do diagnóstico para a confirmação.
Por conta do risco de novas contaminações, todos esses servidores foram afastados preventivamente do trabalho presencial. Felizmente, por enquanto nenhum deles apresentou sintomas graves nem precisou ser hospitalizado. No entanto, há temor de que mais funcionários tenham sido alvo do contágio.
Com o objetivo de resguardar a saúde de todos os trabalhadores, o SIFUSPESP vai encaminhar na tarde desta terça-feira(08) um ofício ao gabinete do secretário de Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo, solicitando a testagem de todos os servidores lotados na sede e nas demais unidades do Estado.
Apesar de a vacinação dos policiais penais e demais funcionários do sistema prisional paulista ter sido iniciada em 5 de abril - e boa parte deles começa a receber a segunda dose da imunização - ainda existe muita preocupação quanto à existência de novos surtos, que colocam em xeque os protocolos adotados pela pasta para evitar a disseminação do vírus.
Desde março de 2020, 110 servidores da SAP que estavam na ativa morreram vítimas da COVID-19, com mais de 4 mil casos confirmados de contaminação, de acordo com boletim oficial da secretaria.
O SIFUSPESP defende que deter o avanço do coronavírus sobre o sistema só será possível com o uso permanente de máscara, álcool gel e a adoção de protocolos rígidos de isolamento social, assim como com a vacinação e a testagem em massa dos servidores.
Aqueles trabalhadores que se sentirem inseguros pela falta de adoção de procedimentos sanitários seguros nas unidades em que estão lotados devem encaminhar as denúncias para que o sindicato possa exigir providências por parte da SAP.
“A pandemia não acabou, muitas pessoas ainda estão ficando doentes e morrendo, e é inadmissível a inexistência de cuidados por parte da direção e do uso de material de assepsia e proteção individual em todo o Estado para impedir que mais contaminações e óbitos aconteçam. A vacina precisa ser para todos, mas nem com ela podemos deixar de nos proteger contra o vírus”, pondera o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá.
Confira neste link o ofício encaminhado pelo sindicato à SAP.
Por Flaviana Serafim
Um policial penal de escolta e vigilância reagiu a tentativa de assalto a seu veículo na noite desta segunda-feira, no Tucuruvi, zona norte da capital paulista.
O policial penal estava dirigindo uma Tucson preta quando foi surpreendido pela tentativa de assalto do veículo e reagiu de imediato atirando contra o assaltante, que tentou fugir correndo por alguns metros, mas acabou morrendo no local. A arma usada pelo assaltante era falsa.
A ocorrência foi registrada no 73º Distrito Policial, no Jaçanã, como “roubo tentado seguido de homicídio em razão de intervenção policial”. A arma do policial penal, uma pistola calibre 380, foi apreendida e o caso será investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A direção do SIFUSPESP se coloca à disposição do policial penal para prestar o apoio necessário, tanto jurídico quanto psicológico.
Confira a reportagem sobre a ocorrência:
Pela regulamentação da Polícia Penal, contratações já!
A morte do Policial Penal Clóvis Antônio Roman de 54 anos, em Caxias do Sul, escancara uma mazela do sistema Penitenciário Brasileiro que é pouco divulgada pela mídia: a falta crônica de efetivo e o sucateamento do sistema penitenciário.
A declaração do superintendente dos Serviços Penitenciários (Susepe), José Giovani Rodrigues, de que "a escolta saiu da forma que podia naquele momento" reforça o sentimento de que as autoridades do Rio Grande do Sul, assim como as de São Paulo, não se importam com a segurança ou a vida dos Policiais Penais e da população em geral.
Além da falta de estrutura médica na unidade, a morte de Clóvis escancara a precariedade da segurança provocada pela postura irresponsável de governos que sob a desculpa de "responsabilidade fiscal" brincam o tempo todo com a segurança da população e põem em risco a vida dos profissionais de segurança pública.
O que o superintendente da Susepe e o governo do Rio Grande do Sul deveriam saber é que segurança penitenciária é um assunto sério, não deve ser feito "da forma que podia"; existem procedimentos, normas e leis a serem cumpridas.
A negligência do governo Eduardo Leite em prover quadro de pessoal e equipamentos adequados e a pressão para que os Policiais Penais se arrisquem além do dever para suprir a falta de efetivo ceifaram a vida do guerreiro Clóvis Antônio Roman.
Além da morte de Clóvis, o resgate do preso resultou em ferimentos graves em outro Policial Penal, dois funcionários feridos, um sequestro e na perturbação da operação da unidade de saúde.
Todo este risco é levado à população trabalhadora devido ao descaso do governo em prover as condições mínimas necessárias para o adequado funcionamento do sistema prisional.
Eduardo Leite (PSDB), assim como João Dória (PSDB) aqui em São Paulo, tenta desmontar o estado e destruir o funcionalismo público como forma de se alavancar como candidato a presidente. Nesta corrida suicida para ver quem destrói mais, estão brincando com a vida e a segurança dos trabalhadores da segurança pública.
A regulamentação da Polícia Penal é um dos caminhos para a melhoria do sistema prisional.
Os Policiais Penais do Rio Grande do Sul também estão na luta pela regulamentação da Polícia Penal, pois entendem que parte dos problemas do sistema prisional só será resolvida com o reconhecimento e regulamentação da carreira de Policial Penal. É impossível um sistema eficiente, humanizado e funcional sem a valorização do quadro de pessoal.
Neste momento de dor, o Sifuspesp e os Policiais Penais de São Paulo se solidarizam com a família de Clóvis e com a luta de todos os Policiais Penais do Rio Grande do Sul, através do seu sindicato AMAPERG .
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