Manifestação organizada por sindicatos de policiais penais, civis, técnico-científicos e associações de policiais militares - com apoio do mandato do deputado estadual Major Mecca(PSL) - denuncia péssimas condições de trabalho no setor, adoecimento dos profissionais e desvalorização profunda dos vencimentos, com 50% de perdas inflacionárias em sete anos. Protesto contará com participação do SIFUSPESP, e acontecerá a partir das 15h em frente ao estádio do Morumbi, de onde seguirá para o Palácio dos Bandeirantes
por Giovanni Giocondo
Acontece nesta quarta-feira(27) em São Paulo, às 15h, o segundo ato da campanha unificada de policiais penais, civis, técnico-científicos e representantes de policiais militares em defesa de reajuste salarial digno e melhores condições de trabalho e de saúde para os profissionais que atuam na segurança pública do Estado.
A manifestação sairá da Praça Roberto Gomes Pedrosa, em frente ao estádio do Morumbi, na zona sul da capital, e seguirá em direção ao Palácio dos Bandeirantes. O primeiro protesto do grupo e servidores, realizado no dia 15 de outubro, no centro da capital, já havia chamado a atenção para as mazelas que atingem as forças de segurança nos últimos 26 anos de gestão do PSDB - para as polícias, sinônimo de “Pior Salário do Brasil”. Agora, a ordem é reforçar a pressão diretamente na sede do governo paulista.
Os policiais denunciam mais de sete anos de arrocho salarial no Estado, com perdas inflacionárias de 50,17% - de acordo com dados atualizados pelo Índice de Preços do Consumidor Amplo(IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) desde o último reajuste real, em julho de 2014. Os aumentos recentes registrados em 2020(5%) e 2018(3,5%) foram insuficientes para cobrir a drástica defasagem dos vencimentos dessas categorias nos últimos anos.
Os profissionais do setor também fazem duras críticas à condução desastrosa do governo paulista na blindagem da saúde física e psíquica desses trabalhadores, muitos dos quais têm enfrentado duras batalhas não apenas em defesa da segurança da população, como também para conseguirem manter corpo e mente sãos em meio a um cenário de vivência constante com a violência, que reflete diretamente no adoecimento das polícias e na perda de qualidade de vida para esses servidores e suas famílias.
Além de cobrarem pela valorização financeira imediata das carreiras - uma das principais promessas de campanha do governador João Doria(PSDB), que jamais saiu do papel, os policiais também exigem da gestão do tucano políticas públicas efetivas que visem a melhorar urgentemente as condições de trabalho desses servidores, tanto no que se refere à estrutura para atendimento nas delegacias, unidades prisionais e batalhões, quanto à aquisição de armas, viaturas e uniformes, entre outros equipamentos
O SIFUSPESP representará os policiais penais e demais servidores penitenciários no protesto, que também terá apoio total e irrestrito do mandato do deputado estadual Major Mecca(PSL) - que é um dos organizadores da campanha - além da Associação de Cabos e Soldados(ACS) da Polícia Militar, do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo(SINCRESP) e do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo(SINDPESP).