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Ação individual beneficia trabalhador de São Bernardo do Campo. Em 2019, após repercussão de massacre entre presos na Penitenciária de Altamira, no Pará, a então âncora do SBT disse em seu canal no Youtube que “armas e drogas circulavam livremente”, e que “todo mundo sabe que cadeias são um antro de criminosos, e criminosos dos dois lados das celas, se é que vocês me entendem”. À época, representantes do SIFUSPESP foram pessoalmente à emissora para solicitar retratação, que jamais foi atendida

 

por Giovanni Giocondo

A jornalista Rachel Sheherazade foi condenada pela Justiça a pagar uma indenização de R$10 mil reais a um servidor do Centro de Detenção Provisória(CDP) de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A ação, que corre na 6a vara cível de Barueri, trata de danos morais sofridos pelo trabalhador, após Sherazade ter taxado os policiais penais como “criminosos” durante um pronunciamento em seu canal no Youtube, em julho de 2019, quando ela era âncora do SBT.

Ao emitir sua opinião sobre o massacre ocorrido entre os detentos da Penitenciária de Altamira, no Pará, quando mais de 60 presos foram executados por outros sentenciados, a jornalista disse que os servidores eram “monstros”, além de afirmar que ““armas e drogas circulavam livremente”, e que “todo mundo sabe que cadeias são um antro de criminosos, e criminosos dos dois lados das celas, se é que vocês me entendem”. 

Sheherazade também disse que agentes públicos nunca eram punidos nesses episódios, apesar de o Pará só ter começado a nomear aprovados em concursos do Estado depois da tragédia que acometeu o sistema prisional naquele ano. Antes de 2019, todos os funcionários que atuavam nas penitenciárias paraenses eram terceirizados.

Poucos dias após o incidente, representantes do SIFUSPESP estiveram pessoalmente na sede da emissora - confira neste link - para cobrar um posicionamento claro do SBT sobre não compactuar com as opiniões da apresentadora, mas o canal conduzido por Silvio Santos se limitou a tirá-la de uma das edições diárias do noticiário. 

O sindicato escreveu uma carta pública na ocasião, lembrando que Rachel Sheherazade desrespeitou os policiais penais de todo o país “ao generalizar a atuação de alguns como se representassem o todo. Os honestos são a maioria e, infelizmente, como em todo os segmentos profissionais, pagam pela desonestidade dos corruptos que são poucos e são exceção, não regra no sistema prisional”.

Para o SIFUSPESP, ela “deixou de lado tanto o respeito à categoria, como esqueceu do profissionalismo e de um dever básico de todo jornalista: a checagem de informação”. 

Ela acabou demitida do SBT em setembro de 2020, sem qualquer relação com o caso. A jornalista atua desde então no site de notícias Metrópoles.

Além da ação que teve sucesso em Barueri, existem outras semelhantes propostas por policiais penais correndo em diferentes Estados do país, inclusive do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Mato Grosso(SINDSPEN-MT). 

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