ONG elaborou questionário aberto até o dia 28 de maio, e tenta colher com servidores evidências sobre rotina de possíveis dificuldades enfrentadas em diversas esferas do ambiente de trabalho. SIFUSPESP incentiva policiais penais a participar da pesquisa
por Giovanni Giocondo
Uma pesquisa elaborada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública busca entender a percepção dos policiais sobre diversos temas que impactam sua vivência na atualidade. No questionário, disponível neste link e aberto até a próxima sexta-feira(28), a organização tenta ouvir dos profissionais da segurança pública opiniões a respeito das reformas que vêm ocorrendo em suas carreiras e seu entendimento sobre como o coronavírus têm alterado a realidade do ambiente de trabalho e pessoal.
O formulário, que pode ser preenchido em cerca de 35 minutos, também tenta identificar possíveis violências e opressões sofridas pelos trabalhadores nas suas rotinas, entender conceitos sobre o racismo institucionalizado e também saber se há por parte dos policiais preocupação com a sua própria saúde mental, bem como se receberam cuidado por parte do Estado em prestar esse atendimento. Nenhum dado pessoal será compartilhado.
Para o SIFUSPESP, a participação da categoria respondendo ao questionário é muito importante pois poderá ajudar na coleta de fatos que demonstrem às autoridades penitenciárias as dificuldades pelas quais o corpo funcional vem passando ao longo dos últimos anos, potencializadas pela pandemia de COVID-19.
Organização Não Governamental(ONG) fundada em 2006, o Fórum Brasileiro “se dedica a construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área da segurança pública. A ONG é formada por pesquisadores, cientistas sociais, gestores públicos, policiais federais, civis e militares, operadores da justiça e profissionais de entidades da sociedade civil que juntos contribuem para dar transparência às informações sobre violência e políticas de segurança e encontrar soluções baseadas em evidências”.
Na opinião do presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, melhorar as condições de trabalho dos policiais penais, sua saúde, valorização profissional e o fim dos assédios e preconceitos de toda espécie dependem muito do empenho dos servidores em demonstrarem todos esses problemas de forma concreta à sociedade.
“O sindicato recebe muitas das demandas dos servidores penitenciários e consegue dar encaminhamento a elas administrativamente, na Justiça ou via imprensa, mas levar essas informações ao conhecimento da população, de especialistas em segurança, cientistas e do próprio Estado pode angariar reforço nas exigências por mais direitos e atenção ao seu sofrimento diário certamente poderá ter resultados positivos futuramente”, pondera Jabá.