Aos 55 anos, oficial administrativo Deisi Bertoli foi internada na manhã desta segunda-feira(27) em hospital de Assis(foto) com sintomas da COVID-19, mas não resistiu. Resultado do exame para constatar infecção ainda não foi divulgado. Em caso positivo, será terceira morte de servidor paulista causada pela doença
por Giovanni Giocondo
A oficial administrativo Deisi Bertoli, de 55 anos, faleceu nesta segunda-feira(27) no Hospital Regional de Assis, com suspeita de contaminação pelo coronavírus.
Lotada na Penitenciária de Florínea, ela estava afastada do trabalho desde a última quinta-feira(23), quando apresentou diversos sintomas característicos de contaminação pela doença. De acordo com informações do site Abordagem Notícias, ela foi internada às pressas na manhã de hoje, mas infelizmente não resistiu.
Ainda conforme relato do veículo de comunicação, material foi colhido para realização de exame, com o objetivo de detectar a presença da COVID-19 e também do H1N1, também conhecido como vírus influenza. O diagnóstico preciso, no entanto, ainda depende do resultado ainda sem data para ser divulgado, pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. A servidora também fez exame de dengue e o resultado deu positivo para a doença.
Caso seja atestado o COVID-19, será o terceiro óbito envolvendo trabalhadores penitenciários de São Paulo com confirmação do coronavírus como a causa mortis. Os outros casos são dos policiais penais Moisés Marcos Rocha, do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Franco da Rocha, falecido neste domingo (26) aos 48 anos; e de Aparecido Cabrioti, que morreu no dia 3 de abril, aos 64 anos.
O SIFUSPESP lamenta profundamente o falecimento da servidora, e oferece os pêsames ao seu marido Valdir Pereira, também oficial administrativo, e que atuava na mesma função dentro da unidade prisional de Florínea. Ambos também já haviam trabalhado na Penitenciária de Paraguaçu Paulista.
Por outro lado, o sindicato reforça o entendimento de que a SAP precisa acelerar a testagem para o coronavírus, promover a entrega de equipamento de proteção individual(EPIs) e afastar todos os policiais penais com suspeita da doença a fim de impedir que mais mortes aconteçam.
Em seu levantamento feito com base em denúncias dos próprios servidores, o SIFUSPESP registra já 35 casos confirmados de COVID-19 e 37 suspeitos entre os trabalhadores do sistema.