Risco é contaminação pelo coronavírus. SIFUSPESP exige que SAP forneça equipamentos de proteção individual a policiais penais
por Giovanni Giocondo
Policiais penais que estão de plantão na base de escolta da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) em São Paulo estão se aglomerando de forma muito temerária neste sábado(04). Sem o uso de equipamentos de proteção individual(EPIs), os servidores correm risco de serem contaminados pelo coronavírus. A situação é mais grave porque já existe um membro da base de escolta internado com suspeita de ter contraído o COVID-19.
Na última terça-feira(31), venceu o prazo legal para que a SAP passasse a disponibilizar máscaras, luvas e álcool gel, entre outros materiais, para todos os trabalhadores penitenciários, sejam eles do setor de segurança e vigilância ou das áreas técnicas, tanto administrativos quanto de saúde e assistência social.
O pedido havia sido feito pelo SIFUSPESP com o objetivo de evitar que os servidores fiquem sob risco de infecção pelo COVID-19. Uma vez espalhada pelo sistema prisional, a doença pode causar um grande número de mortes diante do ambiente insalubre, da superlotação das unidades e do contato muito próximo entre detentos e policiais penais.
A recomendação do sindicato para os servidores da base de escolta utilizem da prerrogativa da Operação Legalidade e que nessa conjuntura não se aglomerem não permaneçam no local sem que existam EPIs para todos. “Os riscos são muito grandes e não podemos nos submeter a trabalhar nessas condições, em que o coronavírus já chegou ao sistema e está adoecendo a categoria”, alerta o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá.
Nesta sexta-feira(03), faleceu o primeiro policial penal contaminado pelo COVID-19 em Dracena, no interior de São Paulo. Aparecido Cabrioti tinha 64 anos. O sindicato contabiliza ao menos outros quatro servidores com a infecção, enquanto pelo menos 11 detentos estão com suspeita de terem contraído a doença.