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Por Flaviana Serafim

As categorias das forças públicas de segurança do Estado de São Paulo realizaram protesto unificado por reajuste salarial digno com mobilização na manhã desta segunda-feira (11), em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo no bairro do Morumbi, zona sul da capital. A mobilização foi o segundo protesto unificado das categorias, que já reuniram 10 mil pessoas no primeiro ato público, no último dia 4. 

Centenas de servidores do sistema prisional, policiais militares, civis e científicos da ativa e aposentados, além de concursados, sindicalistas e parlamentares, se concentraram em frente ao Palácio desde às 7h para expressar sua revolta indignação com o reajuste de apenas 5% anunciado pelo governador João Doria (PSDB). Eles criticaram o gestor estadual por fazer marketing político com a segurança pública sem valorizar de fato os trabalhadores. 

O dia 11 de novembro foi escolhido para o novo ato público porque na mesma data, das 8h às 19h, especialistas nacionais e internacionais, de países como Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, participam do 1º Fórum Internacional Integrado de Segurança Pública e Digital, mas nenhum representante das forças públicas de São Paulo foi convidado nem os interessados no evento puderam se inscrever, denunciam os trabalhadores. 

Com faixas e cartazes no portão de acesso ao evento, os manifestantes esperavam pela presença de Doria, que abriria o Fórum no Palácio dos Bandeirantes, mas o governador mudou a agenda e participará apenas do encerramento. 

Sistema em colapso, servidores e população em risco

Representando o SIFUSPESP, o presidente Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, fez sua intervenção com um breve diagnóstico do cotidiano enfrentado pela categoria, alertando que o sistema prisional “está em colapso”, com um enorme déficit de funcionários que sobrecarrega os trabalhadores e coloca a população em risco. 

“São 235 mil presos para cerca de 25 mil agentes de segurança, 5 mil agentes de escolta e o pessoal da área meio. Estamos pedindo socorro porque faltam condições de trabalho. São muitos companheiros de licença médica, várias tentativas de suicídio e muitos suicídios, mortes precoces por diversos problemas de saúde causados pela falta de valorização da profissão”, denunciou o sindicalista, que também defendeu a convocação de concursados. Diversos representantes dos concursados para agente de segurança penitenciária (ASP) e agente de escolta e vigilância penitenciária (AEVP) de 2014, dos ASPs de 2017 e da área meio 2018 marcaram presença na manifestação. 

Jabá deixou claro que os protestos vão continuar e que será criada uma comissão para negociação com o governo estadual. 

“O diálogo não está fechado. Queremos ser ouvidos e queremos negociar o reajuste porque nada foi negociado. Se antes os 5% já não eram suficientes para cobrir as perdas, com o aumento do desconto da contribuição previdenciária - de 11% para 14%, anunciada por Doria na última sexta-feira - é que não vai sobrar nada mesmo”. 

Ainda de acordo com dirigente, a continuidade da luta será debatida em reunião na noite desta segunda-feira, para definir os próximos passos com os representantes de todas as categorias. 

Entre os parlamentares engajados na mobilização participaram os deputados estaduais Major Mecca (PSL) e Adriana Borgo (PROS), além do senador Major Olímpio (PSL).

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