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Governo estadual reduziu em 20% os recursos do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo para o próximo ano, gerando revolta nos servidores durante audiência pública do orçamento na Assembleia Legislativa

Por Flaviana Serafim

A última audiência pública para debater a proposta orçamentária estadual (Projeto de Lei 1112/2019) para o ano de 2020  ocorreu na quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com a participação da população, de movimentos sociais e também do SIFUSPESP, representado pelo diretor Luiz da Silva Filho, o Danone. 

A redução de 20% no orçamento do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) foi duramente critica pelo sindicato e pelos demais participantes, que se revoltaram com o aprofundamento no corte de recursos pelo governo João Doria. 

> Acesse os detalhes do orçamento no site da Alesp

Os debates foram acalorados porque os deputados da base governista na Alesp tentaram limitar as falas da população e dos representantes de diversas entidades, mas os parlamentares dos partidos de oposição cederam suas falas para que os participantes pudessem expressar sua insatisfação com a proposta orçamentária. 

Desde o início de 2019, Doria deixou de repassar cerca de R$ 400 milhões ao Iamspe, além de um corte de outros R$ 70 milhões, apesar dos recursos terem sidos foram aprovados pela Alesp no ano passado, explica o sindicalista. 

A medida tem levado ao caos o atendimento dos servidores e a situação será ainda pior, critica Danone, que defendeu no plenário o repasse dos 2% de contribuição pagos mensalmente pelos servidores públicos para financiar o instituto. 

Em sua intervenção, o diretor do SIFUSPESP também criticou a sanha privatista do governador: 

“Esse governo quer terceirizar tudo, inclusive o sistema prisional para entregar aos empresários e para o crime organizado, não podemos deixar isso acontecer. Também precisamos urgentemente do repasse dos 2% ao Iamspe. Considerando só a região oeste paulista, são 18 mil consultas e cirurgias atrasadas desde 2017”, afirmou. 

Danone defendeu ainda a instalação de hospitais regionais para atender os servidores de forma descentralizada nas regiões de Assis, Araçatuba, Marília e Presidente Prudente.  

“Se o governo estadual pode comprar hospital de empresário que tem dívida com o Estado, esse governo também pode comprar outro hospital, arrendar ou pagar serviços para dar atendimento nessas regiões. Seria uma contrapartida  para a região oeste paulista, para onde o governo estadual só levou unidades prisionais e pedágios”, concluiu. 

 

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