Prestes a ser libertado, detento ficou irritado com a conferência da documentação e agrediu o agente penitenciário com um soco no rosto
Um agente de segurança penitenciária (ASP) foi agredido por um detento com um soco no rosto na última quinta-feira (25), no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz, no interior paulista. O caso ocorreu quando o ASP fazia a conferência da documentação e dos dados do preso que estava prestes a ser colocado em liberdade, mas, irritado, o sentenciado começou a espancar o agente, sendo necessária a intervenção de outro agente contra as agressões.
Apesar dos hematomas, o agente penitenciário passa bem. A agressão foi registrada numa delegacia e o alvará de soltura do detento foi cassado, entre outras providências legais para que o sentenciado continue preso. Também foram adotados os procedimentos-padrão deste tipo de caso, além do registro da Notificação de Acidente de Trabalho (NAT).
A agressão ao ASP se soma a outras duas sofridas por agentes apenas em julho, situação que o SIFUSPESP lamenta e tem denunciado frequentemente. No começo do mês, um agente foi agredido em Iperó enquanto fazia a contagem dos presos e, em Presidente Venceslau, um detento jogou café quente no rosto de um ASP, provocando queimaduras de primeira grau.
Especificamente no caso do CPP de Porto Feliz, a direção do SIFUSPESP tem acompanhado a situação de perto e visitou a unidade no final de junho devido à precariedade nas condições de trabalho enfrentadas. A situação é ainda pior devido à superlotação, pois há 1.875 presos onde a capacidade é de apenas 1.080, segundo dados da própria SAP.
Como as unidades de progressão penitenciária não têm muros altos e nem serviços de agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs), é constante o assédio de criminosos ao CPP tentando repassar armas e drogas. Diante da situação, o sindicato está em diálogo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para cobrar medidas que aumentem a segurança e melhorem as condições de trabalho do servidores.